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O que é FGC, o Fundo Garantidor de Crédito e como funciona

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Você sabia que a maioria dos investimentos de renda fixa são 100% seguros? Não? Então, agora você deve estar se perguntando como isso é possível, certo? Isso é permitido devido ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que permite aplicar em diversos investimentos sem correr o risco de você não receber o dinheiro e os juros.

Muitos brasileiros investem na poupança por considerar o investimento seguro e por terem medo de tirar o dinheiro e investir em outras aplicações. Porém, o FGC é um mecanismo de proteção ao investidor.

Se você tem interesse em ter uma rentabilidade maior sem perder de vista a segurança em caso de quebra da corretora ou do banco, sabe o que é o Fundo Garantidor de Crédito? Sabe como funciona e para que serve? 

O que é o FGC?

FGC é a sigla que designa o Fundo Garantidor de Créditos. É uma entidade que administra uma proteção aos correntistas e investidores.

Além de permitir recuperar até R$250 mil em depósitos ou créditos em instituições financeiras em caso de falência, intervenção ou liquidação.

Vale lembrar que o FGC é uma instituição privada, sem fins lucrativos.

As empresas que são associadas ao Fundo Garantidor de Crédito são a Caixa Econômica, os bancos, financiamento e sociedades de crédito. Além do crédito imobiliário, investimentos, companhias hipotecárias e associações de poupança.

Dessa forma, o FGC representa para o investidor a segurança de que as aplicações estão seguras mesmo em eventos extremos. Um exemplo é a falência de uma instituição financeira.

Porém, o que poucas pessoas sabem é que essa é uma associação civil. Sendo assim, ela depende dos aportes mensais dos associados.

E eles participam com essas contribuições para garantir um sistema financeiro mais saudável para o país e para todos os investidores.

É importante frisar que existem regras que limitam a atuação do FGC e você vai conhecê-las mais abaixo. Além disso, antes de sair aplicando o dinheiro é necessário saber quais são os que se beneficiam do fundo.

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Descubra quem paga o FGC

Uma dúvida que muitos investidores possuem é quem paga o Fundo Garantidor de Crédito, e a resposta é: os próprios bancos. O que permite que o FGC proteja os investidores.

E como isso acontece? Os bancos e as instituições que estão associadas ao FGC depositam mensalmente no fundo o equivalente a 0,01% do total de depósitos feitos nos investimentos. Portanto, o patrimônio do FGC vem dos próprios bancos.

Mas para que serve esse fundo? Para proteger tanto os clientes das instituições financeiras quanto os próprios bancos. Além disso, é ele que assegura a proteção do patrimônio depositado ou investido pelos clientes de até R$250 mil.

O FGC também empresta o dinheiro às instituições financeiras, o que acaba evitando a quebra por falta de liquidez (velocidade em que um ativo é convertido em dinheiro novamente), prevenindo assim possíveis crises.

Mas vale ressaltar que a principal função do fundo é proteger o capital e a rentabilidade do investidor contra possíveis problemas que possam acontecer nas instituições financeiras. Isso caso elas não consigam honrar com os pagamentos aos quais os clientes têm direito.

O FGC dá maior segurança para os investidores

Como funciona o Fundo Garantidor de Crédito?

Você deve estar se perguntando como funciona o FGC e quais benefícios ele pode te trazer, certo?  Ele atua da seguinte forma: os associados repassam mensalmente um percentual das contas para o FGC.

Em caso de falência ou intervenção em uma instituição financeira, esse valor é utilizado para quitar o valor devido a correntistas e investidores. 

Agora se você investiu o seu dinheiro e ele faliu, são necessárias tomar algumas atitudes. Confira o passo a passo abaixo:

1º passo:

A instituição financeira que faliu deve construir uma lista de todos os credores, especificando o CPF dos beneficiários e o valor que cada um tem a receber do FGC.

Além disso, a instituição ainda deve providenciar os documentos de pagamento, chamado de termo de cessão.

2º passo:

Um banco será escolhido pelo FGC para cobrir as perdas, realizando dessa forma os pagamentos das garantias. É importante lembrar que o banco pagador atualmente é o Bradesco.

Esse pagamento deve ser feito em no máximo seis meses pelo banco pagador. A duração da distribuição dos benefícios pode variar caso a caso.

Porém, caso você queira, é possível acompanhar os pagamentos por meio do site do FGC.

Outra informação importante é que existe um intervalo entre a falência do banco e o tempo que o FGC leva para ressarcir o investidor. Durante esse período o dinheiro da aplicação não rende.

3º passo:

Essa etapa deve ser realizada pelo FGC, que é a escolha de uma agência para sacar o valor a ser retirado.

Caso a sua cidade não tenha uma agência, você poderá sacar na mais próxima.

4º passo:

Depois que o investidor recebe o dinheiro da garantia, é necessário que ele assine o termo de cessão para comprovar o recebimento.

O saque deve ser realizado pelo beneficiário e o mesmo deve apresentar documentos pessoais na hora do pagamento.

Investimentos que são garantidos pelo FGC

O FGC não tem garantia que abrange todos os investimentos. Dessa forma, acaba se restringindo aos seguintes, de acordo com o Banco Central:

-> Depósitos de poupança;

-> Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio;

-> Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado (CDB / RDB);

-> Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;

-> Letras de câmbio;

-> Letras de hipotecárias;

-> Letras de crédito imobiliário;

-> Letras de crédito do agronegócio;

-> Operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após o dia 8 de março de 2012 por empresa ligada.

Mas e o que não é coberto pelo FGC?

Como você já sabe, o FGC atua somente nas operações das instituições financeiras. Sendo assim, os produtos e serviços que não são emitidos e nem são de responsabilidade dos bancos e corretoras não possuem a garantia deste fundo.

 E quais seriam esses produtos? Veja a lista abaixo!

-> Títulos do Tesouro Direto;

-> Debêntures;

-> Ações;

-> Fundos de Investimentos;

-> Fundos Imobiliários;

-> Fundos de Previdência Privada;

-> CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários);

-> CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio);

-> LF (Letras Financeiras);

-> COE (Certificado de Operações Estruturadas).

Valor máximo garantido pelo FGC

O valor máximo que é garantido pelo FGC é de R$250 mil por CPF por cada instituição financeira.

Já uma conta conjunta em uma banco tem como limite máximo de R$250 mil que serão divididos pelo número de titulares.

Sendo assim, se o saldo investido em títulos garantidos pelo FGC em uma conta conjunta com dois titulares é de R$300 mil o valor garantido será de R$250 mil. O que representa R$125 mil para cada titular.

Vale ressaltar que esse limite não impede que um investidor com fundos superiores a essa quantia invista em diferentes instituições financeiras.

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*Colaboração: Juliana Favorito

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