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Saiba se fundos de agronegócio valem a pena

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O agronegócio representa 24% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Ou seja, investir em fundos de agronegócio é uma aposta para quem busca rentabilidade.

Afinal, o setor cada vez mais amplia sua fatia no PIB e mantém a tendência de crescimento para os próximos anos. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), todos os segmentos da cadeia produtiva tiveram alta em 2020:

  • Setor primário – atividade dentro das fazendas (+56,59%);
  • Agrosserviços – (+20,93%);
  • Agroindústria – (+8,72%);
  • Insumos – (6,72%).

Entretanto, CNA ressalta que, apesar do resultado recorde do PIB no ano passado, a cadeia produtiva agrícola ainda se recupera de um cenário adverso de anos anteriores. O que faz com que as possibilidades sejam ainda maiores.

Para se ter ideia, o indicador para o PIB dentro da porteira, do IBGE, deverá voltar a crescer este ano, com a CNA projetando aumento de 2,5% sobre 2020.

Fiagro, os novos fundos do agronegócio

O Plano Safra 2021-2022, lançado pelo governo federal em junho, prevê mais R$251,22 bilhões para financiar a produção agropecuária nacional.

A efeito de comparação, o patrimônio líquido de toda a indústria de fundos imobiliários (FIIs), que se popularizou no país, com mais de 1,3 milhão de investidores pessoa física na bolsa, não chega a R$200 bilhões, conforme últimos dados divulgados pela B3.

Nesse contexto, surgem os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro). Eles prometem fazer a ponte entre o mercado de capitais e o agronegócio brasileiro, promovendo o financiamento privado do setor.

O Fiagro abriga uma série de opções de investimentos em fundos de agronegócio. As opções vão de aportes em terras agrícolas, que devem gerar renda através da exploração dos imóveis e de operações de venda.

Além de arrendamento e parcerias agrícolas aos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA).

LCA e CRAs

Além do Fiagro, outra possibilidade de investimento no setor é a LCA, Letras de Crédito do Agronegócio. Essa é uma modalidade de investimento em renda fixa isenta de Imposto de Renda (para Pessoa Física) que funciona de forma muito semelhante aos CDBs e às LCIs.

Quando uma pessoa investe em uma LCA, está fornecendo recursos para que o banco forneça crédito para produtores agrícolas.

A instituição, então, usa o dinheiro para oferecer linhas de crédito para o agronegócio e o investidor recebe o valor da aplicação com correção de juros após um determinado tempo.

Outra possibidade de investimento no setor são os CRAs – ou Certificados de Recebíveis Agrícolas. Eles também são títulos de renda fixa que financiam projetos no agronegócio.

Neste caso, a aplicação inicial costuma ser acima de R$100, e eles não contam com o FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Por isso, apresentam mais risco que as LCAs – que contam com o recurso.

Em contrapartida, os recebíveis agrícolas têm taxas de retorno mais elevadas além de serem isentos de imposto de renda.

moedas empilhadas em ordem crescente com plantas em cima de cada pilha
Um dos pontos positivos de investir em fundos de agronegócio é a força do agronegócio brasileiro

Vale a pena investir no setor?

Após conhecer as principais características e o funcionamento dos fundos de agronegócio, é hora de saber se ele vale a pena. Antes de cogitar qualquer escolha é preciso pensar no seu perfil de investidor e nos objetivos.

Quanto ao perfil, deve-se ter apetite moderado ou elevado ao risco, já que é uma alternativa de renda variável e negociada na bolsa de valores. Porém, pode servir para diversificar uma carteira de investimento mais conservadora, se for do seu desejo.

Em relação aos objetivos, o ideal é que eles estejam alinhados com o médio e longo prazo. Embora tenha havido crescimento recente, é preciso pensar em manter o investimento por um período, para poder consolidar os resultados e diminuir os riscos.

Se o seu perfil e os seus objetivos forem compatíveis, pode valer a pena pensar nesse fundo. O principal motivo é o crescimento do setor do agronegócio, que se consolida como um dos mais importantes do mercado brasileiro.

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