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Renda comprometida com dívidas diminui e é a menor desde antes da pandemia

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Mão masculina anota cálculos na agenda
Reserva de emergência é o principal aliado para momentos de imprevistos financeiros. (Fonte: Divulgação)
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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, também conhecida como Peic, apontou a estabilidade nas dívidas das famílias brasileiras no primeiro trimestre do ano. O mês de março terminou com 78,3% das famílias endividadas, mesmo índice de fevereiro.

O levantamento foi divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). As informações são da Agência Brasil.

Um dos destaques da pesquisa é o percentual de renda comprometida com dívidas, que se estabeleceu em 29,9% do rendimento das famílias e é o menor patamar desde fevereiro de 2020.

O nível de inadimplência também caiu pela quarta vez consecutiva e atingiu 29,4% das famílias, queda de 0,4 ponto percentual em março.

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O superendividamento das famílias brasileiras

Do total de famílias que relataram ter dívidas a vencer como cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado etc , 17,1% consideravam-se muito endividadas, indicador que também se manteve inalterado na passagem mensal, após duas altas consecutivas.

“O endividamento dos consumidores vem apontando moderação desde outubro, cresceu entre janeiro e fevereiro, com orçamentos apertados pelas despesas típicas do início do ano, e encerrou o trimestre em estabilidade”, explicou, em nota, Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela Peic.

“Apesar disso, quem tem dívidas atrasadas há mais tempo continua com dificuldades de sair da inadimplência por causa dos juros elevados”, disse Izis.

A Peic mostrou que a proporção de consumidores sem condições de pagar dívidas atrasadas de meses anteriores chegou a 11,5% do total em março, com ligeira queda de 0,1 pp em relação a fevereiro, mas apresentou o maior nível desde novembro de 2020, no comparativo entre as médias trimestrais.

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Dívidas entre os brasileiros: número de endividados cresceu entre pessoas com cinco a dez salários mínimos

A redução da contratação de dívidas em março se deu entre os consumidores nas duas primeiras faixas de renda, de até três salários mínimos e de três a cinco salários mínimos.

Em contrapartida, nas faixas de maior renda, entre cinco e dez salários e acima de dez salários mínimos, a proporção de endividados cresceu. De acordo com Izis Ferreira, isso é reflexo de maior consumo de serviços pelos mais ricos.

O indicador de dívidas atrasadas também diminuiu na margem para os dois grupos considerados mais pobres, enquanto avançou entre os com renda entre cinco e dez salários mínimos.

“O Bolsa Família com valores maiores e as contratações formais de pessoas com menor nível de escolaridade têm auxiliado as famílias de menor renda no pagamento de dívidas”, disse a economista.

Apesar disso, na comparação anual, a Peic demonstrou que o volume de famílias com dívidas atrasadas aumentou em todas as faixas de rendimento.

O percentual de consumidores com dívidas atrasadas de meses anteriores também encerrou o trimestre em queda entre os mais pobres, mas avançou 1,1 pp no ano. O índice cresceu na comparação anual apenas nas duas primeiras faixas de renda, de até cinco salários mínimos.

Dívidas têm atraso por mais de 90 dias

Mesmo com renegociações, a cada 100 consumidores com dívidas atrasadas, 45 chegaram a março com atrasos por mais de 90 dias.

“Ou seja, quem tem dívidas atrasadas, acumuladas de meses anteriores, acaba com maior dificuldade de pagá-las, pois, com os juros mais altos, o valor da dívida aumenta mais ao longo do tempo”, explicou Izis Ferreira.

A economista aponta que a alta da proporção de consumidores com dívidas atrasadas por mais de três meses mantém aceso o alerta para a necessidade de renegociações e monitoramento do sucesso das dívidas renegociadas pelas instituições financeiras.

Por isso, quanto antes as dívidas forem negociadas, melhor! Isso porque existem algumas consequências para quem mantém as cobranças em aberto. Veja aqui o que fazer se o credor não quiser renegociar a dívida.

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