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Deflação: saiba o que é e quais são seus efeitos

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Certamente você tem visto nos noticiários que os preços de algumas coisas estão sempre subindo, certo? Essa sensação está ligada à inflação. Mas, o que acontece se o cenário se inverter? E se os preços caírem? Nesse caso, então, acontecerá a deflação.

De uma forma bem resumida, a deflação é o oposto da inflação. Ou seja, ela acontece com a descida generalizada dos preços de uma economia em um tempo.

Mas você sabe como a deflação pode impactar a economia brasileira e a sua vida? Neste texto, vamos falar um pouco sobre isso e apresentar para você os principais pontos desse movimento para a economia. Vamos lá?

O que é a deflação e como ela é causada

Como falamos acima, a deflação é o processo contrário à inflação. Isso quer dizer que os preços entram em queda dos produtos e serviços oferecidos aos consumidores.

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Se pensarmos somente na explicação do que é a deflação, parece um processo muito bom já que “as coisas ficam mais baratas”, certo? No entanto, a deflação por longos períodos pode representar um perigo para a economia de um país.

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De uma forma bem resumida, a deflação é o oposto da inflação. Ou seja, acontece com a descida generalizada dos preços de uma economia

Você pode perceber um exemplo histórico deste fato, ao analisar os efeitos da queda da Bolsa de Valores de Nova York em 1929. Com a crise de 29, muitas empresas foram obrigadas a alterarem os preços dos produtos e serviços, e o mercado entrou em recessão.

Com a queda dos preços, no entanto, muitos empregos foram perdidos, além da diminuição na renda das pessoas. Essa foi uma das maiores crises econômicas da história da humanidade.

Ou seja, quando acontecesse esse movimento dos preços caírem por muito tempo, pode indicar que há algum problema na economia. Em uma economia “ideal”, o esperado é que aconteça uma elevação controlada a cada espaço de tempo.

Entender o que é a deflação é importante para que você consiga planejar melhor o seu orçamento. A seguir, você verá quais são as causas da deflação. Boa leitura!

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Causas da deflação

Uma das principais causas da deflação é o excesso de oferta se comparado à demanda. Isto é: a velha lei da oferta x procura. Ou seja, quando há mais produtos sendo vendidos do que pessoas querendo comprar, a consequência é a queda dos preços.

Vamos para um exemplo prático:

Supondo que houve uma alta na produção de tomates. No entanto, as vendas estão abaixo do esperado porque as pessoas não estão interessadas em comprar tomates. Sendo assim, para estimular o consumo, os preços dos tomates abaixarão. E é isto que causa a deflação.

Além disso, outro fator que pode causar a deflação é a quantidade de moeda que está em circulação no país. Pouco dinheiro em circulação, por exemplo, pode significar que as pessoas estão comprando menos.

Com menor poder de compra, a tendência é que os preços dos produtos ou serviços abaixem para que o consumo seja estimulado.

Qual a diferença entre inflação, deflação e desinflação?

Você deve estar se perguntando: “não podemos torcer para uma alta nos preços dos produtos e serviços, mas também não podemos torcer para abaixar tanto os preços. Então o que deve ser feito?”

A resposta é que o ideal em uma economia é que aconteça a desinflação. Ou seja, quando ocorre uma subida nos preços, mas menor do que é esperado.

Confira um resumo do que é inflação, deflação e desinflação:

MOVIMENTO DA ECONOMIACONCEITO
InflaçãoAumento contínuo e generalizado dos preços dos produtos e serviços
DeflaçãoQueda dos preços de produtos e serviços do mercado
DesinflaçãoRedução da inflação, quando os preços sobem, mas de forma reduzida
Diferenças entre deflação, inflação e desinflação

Conseguir identificar a distinção desses três conceitos é fundamental e faz toda a diferença para você entender como a economia de um país funciona e como ela pode impactar a sua vida financeira. Assim, você consegue pensar qual é a melhor forma para usar seu dinheiro.

O que ocasionou a deflação em julho deste ano?

E pela primeira vez em quase 44 anos, o Brasil viu uma deflação acontecer na economia. Essa também foi a primeira deflação mensal em mais de dois anos em 0,68%. Mas o que levou esse fato a acontecer?

O principal motivo foi a forte queda do preço dos combustíveis no mês de julho, que contribuiu para a deflação.

Para se ter uma ideia, a gasolina teve uma redução de 15,48% enquanto o etanol caiu em 11,38%. Outro combustível que também sofreu uma queda foi o GNV.

O único que não teve alteração no valor dos postos de gasolina foi o etanol, que se manteve caro no último mês.

É válido ressaltar que essa queda nos preços dos combustíveis se deu por conta do corte do ICMS nos estados que foi aprovado pelo Congresso. Além disso, a Petrobras também reduziu os preços praticados nas refinarias.

Mas engana-se quem pensa que com isso a inflação vai começar a cair constantemente. Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, o economista da FGV, André Braz, falou sobre o assunto.

“Eu acho que deflação é um processo mais longo e generalizado de queda de preços. Eu diria que isso é um número negativo importante, porque ajuda a desacelerar a inflação esperada para 2022, mas não chega a ser um fenômeno duradouro”, 

Gostou desse conteúdo? Continue lendo sobre o assunto e veja como a alta da inflação influencia no dia a dia.

*Colaboração: Juliana Favorito

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