
Como saber se um NFT vai valorizar? O grande boom dos tokens não fungíveis nos últimos meses fez muita gente cair em ciladas e apostar em ativos pouco promissores, então é fundamental se informar para não ser uma vítima.
E não pense que apenas os menos experientes podem errar na hora de comprar um token. Recentemente, por exemplo, um colecionador viu seu NFT do primeiro tweet despencar 99% em um leilão online.
Mas por que será que isso aconteceu? O que fazer para não passar pela mesma situação? FinenceOne te conta!
Onde está o valor de um NFT?
Se você está aqui, é porque já sabe o que é um NFT, certo? Se ainda não sabe, de forma resumida é um ativo digital, muitas vezes colecionável, cujo valor está atrelado à sua raridade, valor artístico, cultural etc.
Em outras palavras, podemos dizer que são tokens que representam coisas do mundo real (arte, música, itens de games etc) e são negociados online. Mas a maioria desses tokens é representada por uma obra artística.
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Tendo isso em mente, não é difícil entender como um NFT se valoriza. Porque, na verdade, a lógica é bem semelhante a de uma Mona Lisa, por exemplo, e outras obras de arte.
Ou seja, o valor do token não fungível está diretamente ligado à relação: escassez versus demanda. Quanto mais raro é, mais valioso é o NFT.
E o que determina a raridade de um token desse tipo, se ele pode ser reproduzido (copiado) por qualquer pessoa?
Acontece que, assim como uma cópia da Mona Lisa não tem o mesmo valor que a original, um print de um NFT também não terá o mesmo preço que o verdadeiro.
A diferença é que no mundo físico, a Mona Lisa se diferencia pelas pinceladas únicas de Leonardo da Vinci. Um especialista saberá identificar se a obra é verdadeira ou não. Uma cópia nunca será 100% igual.
Já o NFT, se diferenciará pelo seu registro no blockchain. Podemos até tirar prints e mais prints da NFT do macaco do Neymar, por exemplo, mas apenas o jogador tem o código emitido pela pessoa que “mintou” (cunhou) aquele token.
Assim como a Mona Lisa, o NFT do macaco não necessariamente representa uma vantagem latente ou um recurso fundamental. Assim como várias outras coisas do mercado, seu valor está atrelado a sua raridade e não à sua funcionalidade.

Como saber se um NFT vai valorizar?
Essa é a pergunta fundamental para quem deseja investir em um NFT. Assim como uma obra de arte, um token não fungível pode ser adquirido com diferentes objetivos: para colecionar, por status, para investir.
Mas neste último caso, para realmente ser um investimento, é necessário que esse token se valorize em algum momento. Ou seja, que ele se torne ainda mais raro ou culturalmente relevante, para que seja vendido a um preço superior ao da compra.
Alguns pontos a se considerar para tentar deduzir se um NFT vai valorizar são:
- Nível de apreciação do público, de modo que a demanda por ele possa crescer
- O artista por trás do token também pode ser um fator para a valorização, assim como acontece com obras de arte
- Qual é a visão do mercado, de outros colecionadores e investidores sobre o token
- Quem são as pessoas que também estão apostando nesse NFT
- Se o NFT tem vantagens que extrapolam a negociação digital, como acesso a eventos exclusivos ou mesmo se ele doa parte dos lucros, por exemplo
- Fluxo de caixa relacionado ao ativo
- Valor estético ou cultural da representação do token
- Data de lançamento do token (alguns dos NFT lançados em 2020, antes do grande hype, podem ter um status de “relíquia” que os torna ainda mais interessantes)
Porém, nenhum desses fatores deve ser avaliado isoladamente. Tampouco o investidor pode desconsiderar o cenário, o contexto da compra.
Em 2021, por exemplo, muitos tokens pareciam apostas muito promissoras, porque seus valores subiram exponencialmente. Porém, era necessário considerar que os NFTs estavam no seu auge.
Portanto, muitos daqueles tokens valorizaram não pelo valor próprio deles, mas apenas pelo “hype” do momento. Para ficar ainda mais claro, confira dois exemplos a seguir.
Exemplos
Para exemplificar como um NFT valoriza, podemos citar a famosa coleção Bored Ape Yacht Club, da qual pertence um NFT do jogador Neymar e de várias outras celebridades.
Só o fato de serem adquiridos por nomes importantes, eleva o status desses tokens e, consequentemente, o fator desejo. Além disso, os donos dos ativos têm acesso exclusivo a eventos físicos e digitais.
Hoje, a coleção dos macacos randomizados é a mais cara da história, com o NFT mais barato custando R$1,7 milhão.
Agora um exemplo negativo: foi o caso do NFT do primeiro tweet, comprado em março de 2021 por U$2,9 milhões.
O “print” da primeira publicação de Jack Dorsey, criador da rede social, teve uma tentativa de leilão recentemente. Porém a oferta foi de apenas US$280, aproximadamente. Ou seja, uma queda de mais de 99% do valor.
Em entrevista à Forbes, o colecionador Mitch Lacsamana explicou que esse token não-fungível não possuía uma “real proposta de valor”.
“Qual é a utilidade desse NFT? Jack Dorsey leva você para jantar no Vale do Silício? Qual é a real proposta de valor aqui? Acho que o tempo provavelmente já respondeu essa pergunta: nenhuma.”
Pesquise muito antes de investir em um NFT! Na dúvida, consulte um especialista ou cogite contratar um serviço de alguém que entenda do assunto.
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