
Você sabe o que são e para que servem os indicadores de liquidez de uma empresa? Esses índices são fundamentais para proteger uma companhia, diagnosticá-la financeiramente e tomar decisões estratégicas.
Eles são usados para checar como está a relação entre receita, patrimônio e despesa, permitindo extrair informações como:
- Capacidade de fazer pagamentos
- Recursos necessários para continuar a atividade
- Potencial de longevidade do negócio
- Estoque para vendas
- Necessidade de enxugar gastos
- Patrimônio necessário para honrar as despesas
- Necessidade/ vantagem de contratar crédito ou não etc
Ou seja, com base nos resultados desses indicadores, é possível saber o nível de liquidez de uma empresa.
Se a liquidez está alta, significa que o fluxo de recursos é maior para pagar as despesas que tem. Se está baixa, significa que ela paga as contas e mantém suas atividades no limite ou de forma bem apertada.
Quer entender melhor sobre esses indicados e como eles são calculados? Então continue lendo este artigo!
Quais são os indicadores de liquidez de uma empresa?
Os indicadores de liquidez de uma empresa são classificados em quatro tipos: liquidez corrente, seca, imediata e geral. Cada um deles se refere à diferentes prazos ou condições específicas.
Confira:
Liquidez Corrente ou comum (LC) – mostra a capacidade da empresa para honrar seus pagamentos no curto prazo, por isso é o mais usado no dia a dia do negócio e atualizado com frequência.
Liquidez seca (LS) – indica a capacidade da empresa para honrar seus pagamentos no curto prazo, mas sem considerar o estoque.
Liquidez Imediata (LI) – refere-se ao quanto a empresa tem disponível — no caixa, na conta bancária e em aplicações financeiras — no curto prazo para arcar com emergências e imprevistos, sem precisar recorrer ao crédito ou atrasar compromissos financeiros.
Liquidez Geral (LG) – capacidade financeira da empresa no médio e no longo prazo, período acima de 12 meses.
Todos esses indicadores de liquidez são dados que a empresa pode usar para avaliar seu desempenho e evolução, em termos financeiros. O quanto ela está preparada para lidar com imprevistos? A liquidez aumentou ou diminuiu nos últimos anos? Entre outras análises.
Na pandemia, por exemplo, momento no qual muitas empresas tiveram prejuízos enormes: aquelas que tinham o nível de liquidez alto provavelmente conseguiram driblar melhor a crise.
Por isso se definem esses indicadores também como indicadores da capacidade de pagamento da empresa, no curto, médio e longo prazo.

Como são calculados?
Os indicadores de liquidez são calculados a partir dos números da empresa, informações que podem ser encontradas no balanço patrimonial. Os principais dados para o cálculo são os ativos e passivos (circulantes e não circulantes) e o patrimônio líquido.
A partir dos dados do balanço, o cálculo dos principais indicadores pode ser feito da seguinte forma:
- Liquidez Corrente = Ativo circulante/ passivo circulante
- Liquidez Seca = (Ativo circulante – estoque) / passivo circulante
- Liquidez Imediata = Capital disponível / passivo circulante
- Liquidez Geral = (Ativo circulante + realizável a longo prazo) / (passivo circulante + passivo não circulante)
Quando o resultado da conta for maior do que 1, significa que a empresa tem um bom nível de liquidez, que é o cenário ideal. Quando for menor que 1, há baixo nível de liquidez e a empresa não tem margem financeira para honrar pagamentos no prazo analisado.
Quando o resultado é igual a 1, considera-se que a empresa tem recursos no limite para honrar seus compromissos. Ou seja, não é o pior dos cenários, mas pode melhorar.
Além de avaliar o nível de liquidez, essas contas podem ser usadas para fazer comparações de tempos em tempos e, assim, avaliar a evolução da liquidez.
Dependendo do indicador, ele pode ser calculado diariamente, mensalmente, semestralmente ou anualmente.
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