A crise econômica, financeira e sanitária dos últimos dois anos ainda impacta o bolso dos consumidores. Os preços dos carros têm subido no Brasil e no mundo.
São vários os motivos que podem ocasionar esta crescente. E os motoristas (ou futuros) de plantão devem ficar atentos às variações para saber o que pode ou não valer a pena.
Para você ter ideia, antes da pandemia da Covid-19 era possível escolher qualquer tipo de carro sem preocupação. Afinal, a produção e distribuição de automóveis no Brasil e no mundo funcionava sem problemas e escassez.
Agora, há motoristas colocando seus nomes em listas de espera para conseguir comprar um automóvel, tendo que aguardar meses. Além disso, os preços dos carros são cada vez maiores se comparados há dois anos.
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É principalmente (mas não o único motivo) essa escassez de peças e veículos que tem provocado o aumento nos preços dos carros. Mas não só dos novos, mas também dos usados.
O que mais está elevando os preços dos carros?
Se a escassez por conta da pandemia não é o único motivo, o que mais pode estar impactando o aumento nos preços dos carros? Esta é uma pergunta que poderia ter inúmeras respostas.
Afinal, atualmente qualquer movimento no mercado impacta o bolso dos brasileiros economicamente. E de forma geral, também no aspecto socioeconômico.
Outros motivos para o aumento nos preços dos carros são, além da crise sanitária, a moeda desvalorizada e falta de insumos.
Para Guillermo Prieto, que é presidente da Associação Mexicana de Distribuidores de Automotores (AMDA), o preço dos automóveis novos subiu cerca de 9%. Ele confirma que o mercado de seminovos também registrou aumento nos preços dos carros.
Em entrevista à BBC News Mundo, disse:
“Existe mais demanda, menos veículos, e os clientes às vezes precisam esperar cinco ou seis meses para comprar o que estão buscando.”
Ausência de semicondutores também afeta os preços dos carros
Conseguir encontrar preços mais em conta e carros disponíveis para pronta-entrega não tem sido uma tarefa fácil. E isso está acontecendo pela falta de semicondutores, que para quem não sabe é um chip fornecido pelas empresas de tecnologia.
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E a falta desse insumo se dá porque aumentou, durante a pandemia, a demanda por eletrodomésticos, computadores, telefones e videogames, que também utilizam semicondutores.
“A indústria de semicondutores está tentando ficar em dia com a demanda, mas simplesmente não consegue”, disse Susan Golicic, professora da Faculdade de Negócios da Universidade Estatal do Colorado, nos Estados Unidos em entrevista para o globo.com.
Por conta disso, muitos fabricantes de veículos estão tendo que selecionar quais modelos seguem na linha de produção e quais ficam de fora.
Fábricas de veículos estão paradas esperando peças para fabricação
E sem os semicondutores para fabricar os veículos, as fábricas estão praticamente paradas esperando as peças. E com a alta procura dos motoristas por carros, não há como negar que os preços vão seguir subindo.
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O professor do Departamento de Gestão de Operações e Tecnologia da Informação da Escola de Negócios da Florida Atlantic University (FAU), em entrevista para a BBC News Mundo, afirmou que o problema deve continuar nos próximos meses.
“Todas as estimativas apontam que a escassez se estenderá até 2022, ou mesmo até 2023, antes de realmente voltar a uma situação de mercado normal.”
Por isso, se você deseja comprar um carro agora é bom ter paciência e pesquisar bastante para tentar abaixar um pouco o preço do veículo.
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