
Você sabe como funciona um consórcio de viagens? Esse tipo de arranjo pode ser utilizado para pagar pacotes completos dentro e fora do país, mas ainda é menos conhecido e procurado que um empréstimo, por exemplo.
Outros tipos de consórcio, como de imóveis ou veículos, já são bastante comuns, por outro lado. O consórcio de viagem funciona com a mesma mecânica, mas visando a compra de um serviço.
Mas será que vale a pena recorrer a ele? Será que é possível economizar desta forma? Você vai descobrir lendo este artigo!
Como funciona um consórcio de viagem?
Um consórcio, basicamente, é um grupo de pessoas que busca alcançar um objetivo em comum e, para alcançá-lo, elas compartilham seus recursos. É como se fosse uma poupança conjunta, mas tem regras próprias de resgate desse dinheiro.
Um consórcio de viagens funciona assim: pessoas que têm o objetivo de financiar uma viagem se juntam a um grupo, que é administrado por uma instituição administradora (que deve ter autorização do Banco Central para isso).
Por meio de contrato, todos os participantes desse grupo combinam previamente com a administradora qual será o valor do consórcio e em quantas parcelas ele será dividido. Nas parcelas também será incluído o valor de uma taxa de administração.
Todos os meses, a administradora do consórcio realizará um sorteio e o ganhador será contemplado com a carta de crédito. Esse é o documento que possibilitará ao sorteado pagar a sua viagem à vista.
As parcelas de cada pessoa do grupo são o que cobrem essa poupança, possibilitando cobrir o valor da carta de crédito. Por isso, mesmo depois de sorteado, o ganhador continua pagando as parcelas do consórcio.
Quem não pagar a parcela poderá ficar com nome sujo ou, dependendo do que foi combinado em contrato, pode até ter um bem que foi dado como garantia penhorado.
Outra forma de obter a carta de crédito sem ser por sorteio é dando um lance, que pode ser o adiantamento das parcelas restantes do consórcio. A administradora avaliará o lance e, se for o suficiente, pode conceder a carta de crédito.
Se o lance for aprovado, o participante deverá honrar com a proposta e pagá-la, conforme as regras do consórcio.

Como fazer um consórcio de viagem?
Para fazer um consórcio de viagem basta procurar a instituição que oferece esse tipo de serviço. Mas é importante se certificar de que se trata de uma empresa confiável e ela precisa, necessariamente, ter autorização do Banco Central para atuar.
Para saber se ela tem aval do BC, basta checar no site.
Existem várias empresas que fazem consórcio de viagens, principalmente bancos e fintechs. Antes de fechar, procure aqueles que oferecem melhores condições e melhores taxas de administração.
Lembre-se que você precisará arcar fielmente com as parcelas do consórcio. Então leve isso em conta antes de assinar o contrato.
Vale a pena fazer esse tipo de serviço?
Um consórcio de viagens possui pontos positivos e negativos. Ele pode ser mais vantajoso do que pegar um empréstimo para pagar uma viagem, por exemplo, mas ainda não é melhor do que investir e pagar do seu próprio bolso.
É importante levar em conta também que, com o consórcio, não é possível ter muito controle de quando será sorteado ou se um lance será aceito. Então pode ser uma má ideia para quem quer viajar em uma data específica contar com a sorte.
Além disso, cabe destacar que a adesão a um consórcio requer tanto planejamento financeiro quanto qualquer outro meio de pagar uma viagem. Se não arcar com as parcelas, o cliente pode ficar com o nome sujo.
Confira alguns prós e contras!
Vantagens:
- as parcelas não possuem juros
- a taxa de administração costuma ser menor que os juros de um empréstimo ou parcela
- o sorteado, ao receber a carta de crédito, tem o valor total da viagem em mão e isso possibilita negociar com as agências de viagem, o que é difícil em pagamentos parcelados
Desvantagens:
- se não pagar as parcelas, pode ficar com nome sujo ou levar à alienação de bens que tenham sido colocados como garantia
- não tem como saber quando será contemplado com a carta de crédito
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