
A crise hídrica no país vem atingindo diferentes regiões produtoras de alimentos, sobretudo no Centro-Sul do Brasil. As regiões já sentem nas lavouras os impactos da seca, diminuição de colheita e prejuízo no desenvolvimento dos alimentos.
Muitos alimentos, contudo, já começaram a enfrentar esses impactos da falta d’água já no ano passado, como é o caso do café da laranja. Outras, no entanto, passam por dificuldades na produção.
Diante disso, surgem muitas dúvidas: como a crise hídrica pode afetar os preços dos alimentos? E o que isso tem a ver com a à segurança alimentar?
A falta de água vai muito além da dificuldade de ter acesso a esse recurso que, segundo as Organizações das Nações Unidas (ONU), é um direito essencial do ser humano. Contudo, ocasiona problemas socioeconômicos de grandes impactos no Brasil.
O que é a segurança alimentar?
O conceito de segurança alimentar relaciona-se com a capacidade das sociedades garantirem à população o acesso aos alimentos em qualidades e quantidades suficientes, sem comprometer a realização de outras atividades e direitos essenciais.
Esses direitos são necessários para o respeito à saúde pública, ao meio ambiente, à educação, à qualidade de vida, à cultura e ao lazer.
Por isso, ter uma alimentação adequada e de qualidade é, através desse princípio da segurança alimentar, um direito humano fundamental que deve estar acima de qualquer realidade social, política e econômica.
A crise hídrica pode afetar a segurança alimentar?
Antes de mais nada, vamos entender o que é uma crise hídrica.
A crise hídrica é como tem sido chamada a falta de água para abastecimento humano em grandes cidades brasileiras, como é o caso da Região Metropolitana de São Paulo, em que a crise hídrica começou em 2013, e no Distrito Federal, desde o final de 2016 até o presente momento, de acordo com o Portal da Câmara dos Deputados.
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Por isso, não há dúvidas de que a crise hídrica prejudica e ameaça a segurança alimentar em diversas cidades do Brasil e, com isso, interfere no nível de desenvolvimento humano. Contudo, não é só o Brasil que sofre com a falta de água. Em outros países, como no Oriente Médio, existem registros de insegurança alimentar causada pela falta de água.
Além disso, de acordo com a BCC, em uma publicação de 2019, outros países como México e em alguns pontos turísticos no sul da Europa, também apresentam um nível de “estresse hídrico”.
Escassez nas hidrelétricas: como isso ocorre?
Devido aos baixos níveis de chuva no Brasil nas últimas décadas, as hidrelétricas já não conseguem recuperar níveis elevados nos reservatórios. Com isso, desde 2011 eles não chegam a 80% de armazenamento.
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Mas apesar da escassez de chuvas nos últimos anos, o Brasil ainda possui grande parte de sua matriz de energia com fonte hídrica. No entanto, quando é necessário recorrer a outras fontes de energia, novos custos são gerados, o que aumenta a conta do consumidor final.
Além da falta de chuvas, o consumo de energia se intensificou com o maior uso dos eletrônicos.

Quais alimentos já foram prejudicados pela falta de água?
A seguir, separamos um resumo de como a falta de água já está prejudicando ou já afetou 3 grupos de alimentos. Veja quais são:
- Leite: a seca reduziu a qualidade das pastagens, prejudicando a alimentação das vacas leiteiras. Com isso, a produção de leite pode diminuir;
- Feijão: a falta de chuvas atrapalhou o desenvolvimento das plantas, resultando em uma colheita menor. Alguns produtores também desistiram, por exemplo, de plantar porque não terão água suficiente para irrigar;
- Carne bovina: com pastagens mais secas devido à falta de chuva, pode haver uma menor oferta de gado. Além disso, o custo alto com ração também diminui o número de animais confinados. Como consequência, o preço das carnes deve continuar subindo.
Produção de frangos, ovos e carnes suínas também sofreram impacto
Além dos alimentos citados acima, a produção de ovos, frangos e carnes suínas sofreu, mesmo que indiretamente, os impactos da falta de água nas lavouras. A seca prejudicou, por exemplo, o desenvolvimento do grão.
Dicas para o consumidor enfrentar a crise hídrica
Após entender os impactos da crise hídrica para a produção de alimentos e também da energia, é necessário ficar atento e tomar algumas medidas para se precaver, sobretudo com a conta de luz, uma vez que o valor já aumentou devido a utilização das termelétricas.
Além disso, também vale lembrar que usar a água de forma consciente e sem desperdício, não deve ser uma consequência da crise hídrica, mas sim uma responsabilidade como ser humano. É um dos recursos naturais mais importantes, necessários em todos os segmentos da vida.
Separamos algumas dicas que podem ajudar na economia de energia:
- aproveite a luz natural o máximo que puder;
- desligue as lâmpadas que não estiverem em uso;
- no caso de freezer e geladeiras, é importante checar a vedação dos aparelhos. Assim, evita-se o desperdício de energia.
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