
O mercado de ações não está em um de seus melhores momentos. O Ibovespa já acumula quedas consecutivas ao longo dos últimos dias. Nesta quinta-feira, 27, o pregão fechou a 102.312,10 pontos.
Veja o resultado do IBOV durante a semana:
- Segunda-feira (24): -0,40%
- Terça-feira (25): -0,70%
- Quarta-feira (26): -0,88%
Além da alta dos juros, o mercado internacional e especialmente o temor por uma crise bancária generalizada repercutem nos resultados. O que mais se fala agora é sobre a possível quebra do First Republic Bank.
O First Republic Bank é um banco comercial e provedor de serviços de gestão de patrimônio, com sede em San Francisco, nos Estados Unidos.
Após um volume de saque de mais de US$100 bilhões de suas contas, as ações chegaram a cair quase pela metade (49%).
Em abril, o IPCA-15, indicador antecedente da inflação oficial do país, apresentou uma alta de 0,57%, menor do que a registrada em março. Mesmo assim, a Bolsa não apresentou bom desempenho.
Além disso, as commodities metálicas continuaram exercendo pressão sobre as atividades econômicas.
Ibovespa: veja os destaques dos últimos dias na B3
Apesar de ser uma das ações preferidas de gestores devido aos excelentes resultados apresentados anteriormente, o último balanço da Weg (WEGE3), divulgado na quarta-feira, 26, deu sinais de atenção aos investidores.
Embora tenha registrado um lucro líquido de R$1,3 bilhão no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 38,4% em relação ao mesmo período do ano passado, analistas não ficaram satisfeitos com o desempenho operacional e com a desaceleração na receita.
O Ebitda ajustado da Weg foi de R$1,6 bilhão no período, o que representa um crescimento de 37% em comparação com o primeiro trimestre de 2022. No entanto, esse resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas, que previam um valor de R$2,4 bilhões, conforme consenso da Refinitiv.
Além disso, a receita da Weg no trimestre foi de R$7,7 bilhões, enquanto o mercado esperava um valor de R$8,1 bilhões.

Vale deve manter Ibovespa sob pressão
A Vale (VALE3) registrou uma queda significativa em seu lucro líquido do primeiro trimestre, que diminuiu em 58% para US$1,8 bilhão, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O principal motivo é a diminuição dos preços realizados do minério de ferro, seu principal produto. Segundo a própria empresa, isso afetou diretamente o resultado financeiro.
A Vale havia anunciado anteriormente em seu relatório de produção e vendas que os preços dos finos e pelotas de minério de ferro caíram entre 16,5% e 23,2% durante o período analisado. A empresa deve manter o Ibovespa sob pressão hoje.
Mais empresas recorrem ao capital privado
A Equatorial (EQTL3) se juntou à lista de empresas listadas na Bolsa de Valores que estão optando por aumentar seu capital privado para aliviar a pressão no balanço financeiro.
Em um comunicado divulgado na quarta, 25, a empresa anunciou que seu conselho de administração aprovou a operação, com um valor mínimo de R$77 milhões. Mas o valor pode chegar a R$385.155.874, com a subscrição privada de até 15.406.874 ações.
Se a operação for totalmente bem-sucedida, o capital social da empresa poderá atingir R$9,299 bilhões. Os acionistas terão prioridade na aquisição das novas ações.
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