Governo eleva para R$2.640 isenção do Imposto de Renda de pessoa física

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O Governo Federal vai elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda. O anúncio foi feito no último domingo, 30, durante o pronunciamento em TV e rádio feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A assinatura da Medida Provisória ocorreu logo em seguida. 

O valor para isenção saiu de R$1.903,98 para R$2.112. Com um desconto adicional de R$528 sobre os valores retidos na fonte, a isenção chega a R$2.640, o que corresponde a dois salários mínimos de R$1320.

Vale lembrar que o novo salário-mínimo entrou em vigor no dia 1º de maio.

De acordo com a Receita Federal, 13,7 milhões de contribuintes devem ser afetados. Ou seja, essas pessoas deixarão de pagar Imposto de Renda a partir de agora.

Quando começa a valer a nova faixa de isenção no Imposto de Renda?

É importante destacar que a nova faixa de isenção ainda não vale para este ano. Afinal, as declarações enviadas até o próximo dia 31 de maio referem-se ao ano-calendário de 2022. 

Somente nas declarações de 2024 passa a fazer a nova faixa, porque elas serão referentes ao ano-calendário de 2023.

O presidente ainda disse em seu discurso que a faixa de isenção deverá subir para R$5 mil até o final de seu mandato.

+ Imposto de Renda 2023: confira 17 perguntas e respostas sobre a declaração

MP também prevê taxação de rendimentos no exterior

Na mesma medida provisória que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda, o governo estabeleceu a taxa sobre rendimentos do exterior por pessoas que residem no país, incluindo a renda de investimentos financeiros, trusts e entidades controladas.

Haverá uma taxa de 15% sobre rendimentos de R$6 mil a R$50 mil, enquanto acima desse valor a taxa será de 22,5%. Para valores inferiores a essa faixa, não haverá cobrança de imposto. 

No entanto, os contribuintes poderão atualizar o valor de seus bens e direitos no exterior na declaração anual, utilizando o valor de mercado em 31 de dezembro de 2022.

Se houver diferença entre o valor antigo e o atual, o contribuinte deverá pagar uma taxa fixa de 10%. Essa atualização antecipa o pagamento do Imposto de Renda sobre o bem no exterior, mesmo que ele nunca seja vendido, resultando em uma economia para a pessoa física. 

Anteriormente, a diferença entre o valor antigo e atual só seria cobrada quando o bem fosse eventualmente vendido, sendo aplicada a alíquota cheia do imposto sobre os ganhos.

No entanto, a atualização de valor é opcional, permitindo que o contribuinte avalie se essa opção é vantajosa para cada caso. 

A atualização pode ser aplicada a:

  •  aplicações financeiras;
  •  bens imóveis em geral ou ativos que representem direitos sobre bens imóveis;
  •  veículos, aeronaves, embarcações e demais bens móveis sujeitos a registro em geral, ainda que em alienação fiduciária;
  •  participações em entidades controladas.

+ Como declarar investimentos no Imposto de Renda 2023?

Celular com a tela do aplicativo da Receita Federal para informe de rendimento e restituição do Imposto de Renda
Nova faixa de isenção começa a valer nas declarações feitas em 2024

Taxação de investimentos no exterior visa compensar a faixa de isenção

Foi para compensar a perda de arrecadação de R$3,2 bilhões prevista com o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda que o governo implementou a taxação de rendimentos no exterior. 

Com essa medida, espera-se que a arrecadação federal aumente em R$3,25 bilhões em 2023, R$3,59 bilhões em 2024 e R$6,75 bilhões em 2025.

O governo estima que, atualmente, há cerca de R$ [1 trilhão em ativos no exterior de pessoas físicas residentes no Brasil que não são tributados pelo país. 

Essa situação ocorria devido à ausência de regras para essa tributação, o que incentivava muitos indivíduos a alocação de seus bens fora do país para evitar o pagamento de impostos.

Com a nova medida, o governo também pretende desestimular a prática de evasão fiscal, além de aumentar a arrecadação do país.

A taxação de ativos no exterior é uma regra já utilizada por países desenvolvidos, como Alemanha, Canadá, Japão, França, Reino Unido e China. Além disso, é recomendada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

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