
Você já ouviu falar que é possível investir em ouro? Ainda não sabe como funciona? Neste texto, vamos explicar por que investir em ouro em momentos de crise é uma estratégia muito usada e quais são as quatro formas de investir em ouro, inclusive usando a Bolsa de Valores.
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A modalidade é especialmente em períodos econômicos complicados, como agora. Afinal, como o dólar, o ouro é um dos ativos mais utilizados para buscar proteção aos investimentos em épocas de crise, principalmente devido à sua descorrelação com a Bolsa.
Ou seja, ele tem baixa correlação com outros ativos do mercado financeiro. Portanto, serve como alternativa para aumentar a diversificação da carteira, visando reduzir os riscos.
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Além disso, sua cotação não está diretamente relacionada às questões governamentais de nenhum país. Afinal, o ouro é um bem que não pode ser fabricado.
Contudo, como todo investimento de renda variável, o ouro também tem risco de perdas, sendo importante saber manejá-lo.
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Confira as formas de investir em ouro
Existem três maneiras de investir em ouro. São elas: investir em ouro físico, por meio da Bolsa de Valores ou fundos de investimentos.
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1 – Comprar barras de ouro
O ouro físico pode ser comprado por meio de instituições autorizadas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a vender o metal para pessoas físicas. Ou seja, apesar de não ser usual, você pode comprar a grama do ouro e guardar o metal em casa.
No entanto, não é aconselhável por duas razões principais: segurança, afinal pode ser perigoso ter tanto valor em casa, e também a liquidez é muito menor na hora que você quiser vender.
2 – Bolsa de Valores
A negociação do ouro como produto financeiro no Brasil é realizada na B3, a Bolsa de Valores brasileira, sendo possível negociar os seguintes contratos. Por meio do home broker, você negocia com os seguintes códigos:
- Lote Padrão de 250g (OZ1D)
- Lote Fracionário de 10g (OZ2D)
Neste caso, você compra e vende o contrato, não o ouro físico em si.
3 – Fundos de Investimento
Existem no mercado fundos de investimento em ouro que permitem a proteção de carteira e possuem maior liquidez.
O gestor profissional que administra o fundo de investimento em ouro é o responsável pelas operações. Os fundos aqui podem ser:
- Passivos – em que o gestor busca apenas acompanhar a flutuação da cotação da grama do ouro no mercado;
- Ativos – em que o gestor busca também negociar o ouro em busca de rentabilidade superior.
A grande vantagem é o aporte inicial, que muitas vezes é mais baixo em comparação às duas opções citadas acima.
4 – Bolsa de Valores americana
O mercado de ações americano é muito conhecido e abrangente. As duas principais responsáveis pela bolsa de valores são: NYSE e Nasdaq.
Uma forma de investir em ouro nas bolsas americanas é pela Exchange Traded Fund (ETF). Trata-se de um fundo de investimento ou índice, similar às ações que conhecemos no Brasil.
Sendo assim, trouxemos alguns tipos de ETF disponíveis no mercado de ações americano:
- Invesco: DGL
- Aberdeen: SGOL
- SPDR Gold Trust: GLD
- iShares Gold Trust: IAU
O maior diferencial está na liquidez – por possuir uma negociação abrangente seus valores tendem a ser maiores se comparado a outras bolsas de valores existentes no mundo.

Não compre ouro no mercado informal
Embora o custo de negociação seja menor nestes casos, é extremamente desaconselhável comprar de vendedores ambulantes de ouro que representam certas casas de negociação. Afinal, muitas das vezes, o produto pode ter sido adulterado.
Ou seja, não há garantia de liquidez em caso de revenda. Além disso, não há registros de procedência legal desse ouro e muitos desses lugares atuam de maneira clandestina.
Quais são os custos e taxas para investir em ouro?
Os custos e taxas de investir em ouro serão diferentes conforme o modo que escolhermos para esta aplicação:
1 – Comprar o metal e guardar em casa – haverá o custo de entrega. Além disso, se você quiser guardar em casa, certamente terá que investir em um cofre e na segurança do seu lar, dependendo da quantidade do metal que tiver.
2 – Comprar o metal e deixar custodiado em um banco (certificado) – o Banco do Brasil cobra uma taxa de até 0,20% ao mês sobre o valor custodiado. Ou seja: em tese, em 500 meses (pouco mais de 40 anos, você terá pago o valor do ouro em custódia, considerando a taxa máxima.
3 – Investir em um fundo – todo fundo tem uma taxa de administração. Essa taxa varia de fundo para fundo, mas pode ficar entre 0,5% e 2% ao ano, dependendo da instituição.
4- Também tem o Imposto de Renda, cobrado na fonte na hora da liquidação e no momento dos come cotas, ambos os casos incidindo sobre eventuais lucros.
5 – Comprar contratos ou ETFs – para negociar contratos temos as taxas de corretagem para corretora de valores e as taxas da bolsa, que incluem emolumentos e registro, entre outras taxas.
Vantagens e desvantagens de investir em ouro
Veja algumas questões a serem consideradas na hora de investir em ouro:
Vantagens
- Proteção de capital em momento de crise ou oscilação do mercado;
- Produto escasso, por isso sempre terá valor no mercado;
- Opção para diversificar seus investimentos;
- É possível adquirir barras de ouro como alternativa ao investimento.
Desvantagens
- Contrato de maior liquidez é mais caro;
- Não tem cobertura do FGC (Fundo Garantidor de crédito);
- Risco de ser roubado, caso tenha ouro guardado em casa.
Qual a cotação do ouro e qual a sua liquidez?
Por ser um investimento de renda variável, o ouro sofre oscilações constantes em seu valor. De maneira geral, no Brasil, a cotação do ouro varia com a cotação do dólar principalmente.
Sendo assim, a cotação varia diariamente e você paga por cada grama de ouro. Segundo a B3 com até 3 casas decimais R$0,001.
Contudo, lembre-se que o primeiro ponto a ser considerado ao investir em ouro é a sua liquidez. Ela é fundamental no mundo dos investimentos, pois determina se um investimento vale ou não a pena.
Basicamente, é o tempo entre a solicitação do resgate até o valor chegar na conta do favorecido.
Assim como a cotação do ouro varia diariamente, e a liquidez faria com o ouro contratado ou lote. Ou seja, é importante verificá-lo antes da compra.
De maneira geral, investir em ouro é indicado, principalmente, para pessoas com perfil arrojado.
Sobretudo, para aqueles que querem diversificar a carteira de investimento, pensam em longo prazo e querem ter um ativo menos volátil e mais seguro em momentos de crise.
Uma dica é não deixar que o ouro ultrapasse 10% do total de sua carteira. Assim, quando o nível de incerteza de outros ativos estiver alto, o ouro entra em cena.
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