
Se você já fez um investimento, já deve ter esbarrado com o termo “taxa de custódia” em algum momento. Mas você sabe o que significa?
Com o avanço da internet e das tecnologias digitais, tornou-se muito fácil fazer investimentos. Em muitos casos, basta apenas acessar o aplicativo ou site de um banco ou corretora. Dessa maneira, criou-se muitas alternativas que fornecem mais autonomia e praticidade aos investidores.
Contudo, alguns conceitos já estabelecidos no mundo dos investimentos ainda são aplicados, como a taxa de custódia, que é algo atrelado aos investimentos desde sempre. Vamos entender o porquê!
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O que é taxa de custódia?
Se você é um entusiasta do Tesouro Direto, por exemplo, já deve ter escutado falar nesse termo, que costuma ser muito recorrente nesse tipo de aplicação.
Sendo assim, a taxa de custódia é o valor relativo ao registro dos investimentos no nome de quem aplicou o dinheiro.
Apesar do conceito de taxa de custódia ser antigo, a sua definição acabou mudando um pouco. Isso porque antigamente, quando não era possível realizar investimentos online, o registro de uma ação era feito em certidões de papel.
Nesse sentido, a taxa de custódia era relativa ao custo do serviço de confecção e armazenamento desses documentos. Hoje em dia não há mais necessidade de manter os documentos dessa forma, uma vez que temos um ambiente virtual dedicado a isso. Contudo, ainda há os custos de registros das aplicações.
Além disso, vale ressaltar que a bolsa de valores, também conhecida como B3, é quem fica responsável pela custódia dos investimentos.

Como a taxa de custódia é cobrada?
Essa quantia pode ser cobrada de várias formas, sendo mensalmente ou anualmente, considerando o início, meio ou fim do investimento. Além disso, é calculada em cima do valor integral do investimento.
Como dissemos anteriormente, é muito comum vê-la em aplicação em investimentos como Tesouro Direto. Dessa maneira, costuma ser um investimento bastante associado aos títulos públicos, mas também existe cobrança em investimentos de renda variável.
No caso do Tesouro, a B3 cobra essa taxa duas vezes ao ano (janeiro e julho), com uma alíquota de 0,20% sobre o total investido. No entanto, desde agosto de 2020 decidiu-se que quem aplica até R$10 mil no Tesouro Direto tem isenção de cobrança.
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Ações
No caso das ações, a cobrança é um pouco diferente. É baseada em algumas taxas pré-estabelecidas que terá relação com o valor investido. Ou seja, nesse caso, quanto mais dinheiro investido, menor será a porcentagem da taxa cobrada.
Até R$20 mil não há cobrança de taxa de custódia.
Valor investido (R$ milhões) | Taxa/ano |
---|---|
De 0 a 0,1 | 0,0500% |
De 0,1 a 0,2 | 0,0400% |
De 0,2 a 0,3 | 0,0200% |
De 0,3 a 1,7 | 0,0130% |
De 1,7 a 17 | 0,0072% |
De 17 a 170 | 0,0032% |
De 170 a 1.700 | 0,0025% |
De 1.700 a 17.000 | 0,0015% |
Acima de 17.000 | 0,0005% |
Vale dizer que a taxa de custódia é uma cobrança fixa, ou seja, lucrando ou perdendo você terá que fazer o pagamento da taxa. Vale dizer também que ela é independente dos bancos e corretoras, pois é estabelecida pela bolsa de valores.
Então, assim como algumas corretoras oferecem isenção de algumas cobranças, nesse caso não há negociações: a não ser pelas isenções que a B3 já faz, não é possível interferir nesse valor. Ou seja, as corretoras e os bancos não conseguem alterar isso.
Pronto! Agora você já sabe o que é, para o que serve e como é cobrada a taxa de custódia. Continue aprendendo sobre seus investimentos navegando pelo FinanceOne! Veja 5 passos para não perder dinheiro na Bolsa de Valores.