É comum um investidor iniciante se preocupar mais com os riscos de mercado e de crédito ao avaliar as melhores opções de negócio. Mas o risco de liquidez é um fator que não deve ser desconsiderado no mundo dos investimentos.
Anúncios
Como o próprio nome já diz, refere-se ao risco de não conseguir liquidar ou resgatar determinado montante no prazo desejado.
Quer saber mais sobre isso? Então continue lendo o artigo!
Anúncios
O que é liquidez nos investimentos?
Para entender melhor o conceito de risco de liquidez , é preciso relembrar do que se trata a liquidez em si.
Em termos gerais, ela está relacionada com a rapidez em que um ativo pode ser convertido em dinheiro, sem perder seu valor original, seja pela venda de bens (móveis ou imóveis) ou resgate (aplicações financeiras).
Assim, quanto mais rápido e fácil for vender um ativo, sem grande perda de valor, maior será a sua liquidez.
Anúncios
O risco de liquidez pode ser alto ou baixo, dependendo do investimento.
+ Confira 5 investimentos isentos de IR que rendem mais do que a poupança
Entendendo o risco de liquidez
O risco de liquidez está ligado às possíveis perdas inerentes à liquidez de um investimento. Assim, quanto maior o prazo de vencimento de uma aplicação financeira, maior é o risco de liquidar o ativo antes do tempo previsto.
Por exemplo, se em duas aplicações diferentes, com o mesmo prazo, a segunda gera menor perda financeira para resgate antes do vencimento, ela tem menos risco de liquidez, ainda que a outra apresente uma taxa de retorno maior.
Por isso o investidor deve avaliar se há chances de precisar resgatar o valor antecipadamente ou se não há problemas em deixá-lo rendendo durante todo o período de aplicação. Com base nessa análise ele determinará a opção mais vantajosa.
Em outras palavras, o risco de liquidez está atrelado às perdas relacionadas ao resgate antecipado de um investimento.
E por isso a importância de analisar esse fator. Caso surja uma necessidade de resgate antes do previsto, o investidor deve estar preparado para possíveis perdas.
Um investidor pode aplicar todas as suas economias em um imóvel, mas caso surja uma emergência, não terá como resgatar o valor investido rapidamente. Para isso, teria que baixar muito o preço do imóvel para garantir uma venda mais rápida.
Mas dessa forma não obteria lucro sobre seu investimento, tendo um alto risco de liquidez.
No entanto, se esse mesmo investidor faz uma aplicação no Tesouro Direto, ainda que não alcance o rendimento desejado, é possível resgatar o valor investido mais rapidamente, sem grandes perdas.
Como funciona o risco de liquidez?
Conforme já mencionado, o risco de liquidez pode ser alto ou baixo, dependendo do tipo de investimento.
Um exemplo de investimentos com baixo risco de liquidez são os CDBs com liquidez diária. Isso porque são ativos fáceis de vender e garantem resgate em poucos dias (algumas opções no mercado têm até resgate imediato). O Tesouro Direto também é uma opção.
Já os imóveis apresentam um alto risco de liquidez, por serem mais difíceis de vender. A negociação pode levar semanas, meses e até anos.
Nesse caso, quem quer investir no setor de imóveis, sem abrir mão da liquidez, pode optar pelos fundos imobiliários.
Para gerenciar esses riscos, a melhor alternativa é apostar na diversificação da carteira de investimentos, mesclando os de alta e baixa liquidez. Assim, em um momento de emergência em que seja necessário um resgate antecipado, há opções com menor risco de liquidez.
Além disso, é sempre importante planejar e alinhar suas metas com o tipo de investimento que pretende fazer.
Por exemplo, investimentos com alto risco de liquidez são os mais indicados para planos de longo prazo. Ou seja, o dinheiro aplicado não precisará ser utilizado imediatamente caso surja uma emergência.
Em contrapartida, os investimentos de baixo risco de liquidez são os mais apropriados para reserva de emergência e metas de curto prazo.
Quer saber mais sobre investimentos? Assine nossa newsletter e fique por dentro dessa e de outras notícias sobre finanças!