Por que o salário não acompanha a inflação? Como driblar esse prejuízo?

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2022 foi marcado pela alta dos juros na economia brasileira, o que fez com que a taxa Selic e o IPCA batessem recordes de ajustes ao longo do ano. Com isso, logo ressurgiu uma dúvida clássica entre a população brasileira: por que o salário não acompanha a inflação?

Mais de 48% dos reajustes salariais que foram negociados entre julho e agosto ficaram abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de acordo com o levantamento feito pelo boletim Salariômetro, divulgado mensalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

De acordo com especialistas da área, o reajuste oficial deve acontecer apenas em 2023, quando o novo salário mínimo for sancionado pelo presidente em exercício. 

Diante desse cenário, como proteger o patrimônio das incertezas econômicas e, principalmente, das flutuações do mercado? Para te ajudar nessa missão, preparamos um guia com as principais dicas para você fazer o seu dinheiro render acima da inflação.

Por que o salário não é reajustado conforme a alta da inflação?

O salário mínimo brasileiro não acompanha a inflação desde 2019, e um dos motivos que podem acarretar no congelamento do poder de compra da população são os efeitos da pandemia e a alta dos preços das commodities mundo afora.

Enquanto a inflação de vários produtos e serviços atingiu uma alta de até 129% durante esse período, o salário sofreu reajuste de apenas 10%. Em entrevista ao jornal Estado de Minas, o economista e coordenador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, aponta que os aumentos são atrelados ao dólar, o que faz com que o poder de compra diminua com a alta dos juros.

Enquanto nossa moeda estiver desvalorizada, vai valorizar quem exporta. Quem ganha em real e consome em real o produto atrelado ao dólar vai passar muita dificuldade.”

pessoa segurando um gráfico nas mãos
Salário mínimo brasileiro está abaixo da inflação desde 2019. (Fonte: Divulgação)

Como fazer o dinheiro render acima da inflação?

Mas, afinal, será que é possível fazer com que o dinheiro não perca valor diante das inúmeras altas da inflação no país? A resposta é sim, desde que você saiba como armazená-la. E uma das principais dicas para isso é mover o montante da poupança para outras opções mais rentáveis. 

1. Fuja da Poupança

Quando o assunto é investimentos, a primeira coisa que você deve ter em mente é que a poupança deixou de ser uma boa opção nos últimos anos, já que rende cerca de 70% da taxa Selic. Por isso, se você quer bater de frente com a inflação, opte por títulos de renda fixa que cobrem 100% do CDI e opções mais arrojadas na renda variável.

2. Cuidado com as aplicações prefixadas 

Nem todo título de renda fixa é uma boa ideia quando os juros estão em alta, prova disso é o Tesouro Prefixado, que ganha um risco a mais quando não há como prever o ritmo da inflação no longo prazo. Se você comprar um desses títulos hoje e a inflação disparar, a rentabilidade ao final do contrato continuará abaixo do índice.  

3.  Atente-se às taxas e impostos dos investimentos

Por fim, nunca esqueça de avaliar os encargos que são incluídos nos investimentos oferecidos por bancos e outras instituições. As taxas de administração e custódia são as mais comuns, e podem reduzir a rentabilidade do seu dinheiro na hora de realizar o saque. 

Gostou do conteúdo? Aproveite para conferir como a inflação, deflação e reduflação impactam diretamente na sua vida.

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