
Após uma série de discussões em torno da taxação de produtos internacionais, na semana passada, a Shein anunciou alguns investimentos no Brasil. Além disso, uma nova forma de tributação será acordada com a Receita Federal, sem custos para o consumidor.
“A Shein (…) anuncia hoje que fará um grande investimento no Brasil, a fim de tornar o país um polo mais moderno de produção têxtil e de exportação para a América Latina”, diz comunicado divulgado pela empresa na quinta-feira, 20.
De acordo com a empresa, serão investidos R$750 milhões no país nos próximos anos, apesar de a marca não ter fábrica no país. Em vez disso, a Shein estabelecerá uma rede com fabricantes do setor têxtil brasileiro.
A ideia é fornecer tecnologia e treinamento aos fabricantes para que possam atualizar seus modelos de produção e adotar um formato sob demanda, semelhante ao da Shein.
O objetivo é aumentar a eficiência da produção, além de atender melhor a demanda dos consumidores brasileiros.
Investimentos da Shein devem gerar 100 mil empregos nos próximos anos
De acordo com a Shein, a empresa pretende estabelecer parcerias com cerca de 2 mil fabricantes brasileiros. Com isso, devem ser gerados cerca de 100 mil vagas de emprego no país nos próximos três anos.
Além disso, a varejista anunciou o lançamento de um marketplace no Brasil para oferecer aos clientes uma maior variedade de produtos e entrega mais rápida.
A empresa declarou que uma das metas é capacitar os vendedores locais, permitindo que eles alcancem a base de clientes da Shein por meio do site e do aplicativo.
A iniciativa também permitirá à Shein expandir sua presença no mercado brasileiro, aumentar a eficiência de entrega e ampliar o alcance dos vendedores locais, oferecendo a eles a oportunidade de acessar uma base de clientes maior.

Varejista deve nacionalizar 85% das vendas
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a Shein pretende nacionalizar 85% das vendas no Brasil em até quatro anos. A marca anunciou que até o final de 2026 o maior volume de vendas no país serão correspondentes a fabricantes e vendedores locais.
Em outras palavras, a empresa se compromete a produzir seus produtos no Brasil e dará mais detalhes sobre seus investimentos em breve, de acordo com o ministro.
Além disso, a Shein aderiu ao plano de conformidade da Receita Federal, que se baseia em um modelo adotado por países desenvolvidos, conhecido como “digital tax”.
Isso significa que a empresa irá pagar os impostos sem repassar esse custo adicional para o consumidor, desonerando-o do pagamento de tributos.
Essa movimentação é vista como um investimento no país e busca equilibrar as condições de produção e comércio para varejistas nacionais e internacionais.
“Nós queremos investimentos estrangeiros, nós apreciamos o comércio eletrônico, queremos condições competitivas para que nós não prejudiquemos empregos no Brasil e as lojas do varejo brasileiro”, disse Haddad.
O que você acha dos novos acordos com a Shein? Quais sua opinião sobre a taxação de produtos internacionais? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe!
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