
O mercado de criptomoedas e NFTs vem crescendo nos últimos anos e, com isso, muitos investidores já começam a se preocupar com a segurança de seus ativos digitais.
Só para se ter uma ideia do potencial deste mercado, o Fórum Econômico Mundial calcula que até 2027, 10% do PIB mundial será armazenado e transacionado por meio da tecnologia Blockchain. No entanto, a expansão deste mercado chama a atenção dos criminosos.
Não são raras as ocorrências de roubos de criptomoedas e NFTs no Brasil e no Mundo. Por exemplo, de acordo com a pesquisa Crypto Crime Report 2022, só no último ano houve um aumento de 79% no número de crimes envolvendo criptomoedas. O prejuízo soma US$14 bilhões.
Desse total, mais de US$4 bilhões foram roubados após os sistemas apresentarem falhas de segurança e por conta de ataques de ramsomware e malware. E, no geral, são exatamente essas as causas dos maiores roubos de criptomoedas de que se tem notícia.
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Um dos motivos para que esses ciberataques ocorram de maneira recorrente é que a questão da segurança acabou ficando de lado, a medida que o desenvolvimento e ascensão dessas tecnologias ganhavam os holofotes.
Mas, a pergunta que não quer calar é como investir em mais segurança para os ativos digitais. Quais são as melhores práticas a se adotar no momento? Confira!

Como aumentar a segurança em transações com ativos digitais?
Os investidores não querem perder a oportunidade de aumentar seu patrimônio através dos criptoativos, mas também não querem abrir mão da segurança. Por isso, é importante saber como proteger seus ativos digitais.
Uma das principais dicas de especialistas em cibersegurança é redobrar a atenção em relação às chaves criptográficas. O roubo dessas chaves pode comprometer a segurança da rede Blockchain.
Por isso, o armazenamento dessas chaves responsáveis pelas transações dos ativos digitais deve ser feito em cofres digitais especializados, que ofereçam segurança criptográfica em hardware.
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Uma ferramenta bastante usada para proteção dos ativos digitais são equipamentos criptográficos especializados, conhecidos como Hardware Security Module (HSM). Esses dispositivos já são utilizados pelas principais instituições financeiras do país para abrigar certificados e assinaturas digitais, por exemplo.
De acordo com os últimos estudos de segurança digital, atualmente essa é a tecnologia mais segura para a proteção, geração e armazenamento das chaves criptográficas. Isso porque contam com mecanismos especializados de compartilhamento de segredos entre múltiplas partes.
Assim, é possível garantir não só a segurança do acesso, como a escalabilidade para aprovação das transações.
Como os governos trabalham a questão da segurança dos ativos digitais?
A segurança dos ativos digitais é um tema que também preocupa governos em diferentes regiões do mundo. O Departamento Fiscal do Reino Unido, por exemplo, detectou recentemente uma fraude envolvendo NFTs.
De acordo com o departamento, três pessoas tentaram enviar €5 mil em criptoativos escondidos em obras de artes digitais. No entanto, a estimativa é de que a fraude chegue aos €1,4 milhões.
Diante disso, o país planeja avançar o quanto antes na regulamentação de ativos digitais. A exemplo disso, em março deste ano, o parlamento europeu apoiou medidas que visam a tornar as transações criptográficas rastreáveis, semelhante ao que já ocorre nos bancos tradicionais.
Os EUA também já olham para essa questão com cuidado. O presidente Joe Biden assinou este ano uma ordem executiva sobre ativos digitais, com o intuito de minimizar riscos para instituições e investidores em geral.
No Brasil, o processo de regulamentação dos ativos digitais anda a passos lentos. Em dezembro de 2021, a Câmara dos Deputados chegou a aprovar um Projeto de Lei que prevê regras para as transações em moedas digitais, mas uma lei a respeito da pauta ainda não foi sancionada.
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