Seja você um novato no mundo dos investimentos, seja um investidor já experiente, é provável que já tenha ouvido falar no conceito de bolha especulativa. Afinal, esse fenômeno já aconteceu em diversos momentos da história e costuma gerar calafrios no mercado.
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Compreender esse tipo de situação é importante para evitar escolhas erradas na hora de investir, e também ajudar você a detectar possíveis formações ainda no início. Entenda na prática como é formada uma bolha especulativa e seus impactos na bolsa de valores.
O que é uma bolha especulativa?
A bolha especulativa nada mais é que uma condição de alta extrema de um ativo no mercado financeiro, sem que ele necessariamente valha tudo isso. A alta, nesse caso, é caracterizada pela falta de critério e por um forte sentimento de manada, o que acaba por “inflar” o preço de uma ação.
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Não há como saber por que uma bolha ocorre, mas é possível notar padrões de comportamento estranhos no mercado. A alta do preço geralmente é ocasionada por boatos ou até mesmo notícias divulgadas pela imprensa, práticas que levam o investidor a comprar um ativo sem pensar muito nas consequências – levando outros investidores consigo.
Como a valorização no mercado de ações funciona pela lei da oferta e da demanda, o ativo começa a se valorizar de forma desenfreada, mas o movimento é de pura especulação. A bolha especulativa afeta o mercado porque gera oscilações e perdas significativas à medida que o ativo retorna ao seu patamar inicial.
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Principais bolhas especulativas na história
Agora que você já sabe como se forma uma bolha especulativa, é importante também conhecer os principais exemplos ao longo da história. Três das principais foram a bolha das tulipas, a crise de 1929 e a crise do subprime de 2008.
A bolha das tulipas
A bolha das tulipas é a primeira bolha financeira conhecida no mercado, e serve de base para diversos outros exemplos que surgiram desde então. A história se passa na Holanda do século 17, quando, sem motivo aparente, milhares de pessoas passaram a comprar tulipas exóticas para revender no comércio.
Com o tempo, os preços das tulipas subiram tanto que simplesmente ninguém mais quis comprar, gerando um prejuízo milionário para muitas famílias.
Crise de 1929
Uma das bolhas especulativas mais famosas da história aconteceu em Wall Street na década de 1929, quando milhares de pessoas se endividaram para adquirir títulos do mercado de ações, criando uma bolha que não parava de crescer. Na época, muitos contraíram empréstimos para pagar as compras, em uma euforia desenfreada.
A “explosão” da bolha ocorreu quando os preços dos ativos derreteram, fazendo com que as bolsas de NY entrassem em colapso. Assim, diversos bancos quebraram, além de a crise ter sido o pontapé inicial para uma crise ainda maior, a famosa Grande Depressão.
Crise de 2008 – Subprime
Por fim, uma das crises mais conhecidas dos anos 2000 foi a bolha das hipotecas ocasionada pela crise do subprime de 2008. Se você já assistiu ao filme “A Grande Aposta”, se lembrará bem do que se trata.
Quando muitos bancos passaram a oferecer contratos “irrecusáveis” de hipoteca para os clientes, o mercado imobiliário sofreu um forte revés de alta, até atingir o ponto de estourar. Milhares de pessoas perderam suas casas e as ações de grandes empresas desabaram, culminando na falência do banco Lehman Brothers.
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