
Auxílio Brasil de R$800? Se você acompanha o noticiário e é beneficiário do programa, já deve ter ficado sabendo da última promessa do presidente.
Trata-se de uma promessa de campanha anunciada por Jair Bolsonaro em seu programa, no último dia 8 de setembro. No entanto, se ela realmente vai se cumprir caso ele seja reeleito é o que realmente interessa.
A proposta apresentada pelo atual presidente é elevar em mais R$200 (além do acréscimo de R$200 que já está vigente) o benefício de quem conseguir um emprego. O objetivo seria incentivar a busca por emprego entre os beneficiários do programa.
Essa promessa foi realizada como resposta a uma outra promessa do candidato Lula, de aumentar em R$150 a parcela para cada criança de até seis anos na família. Mas será que tantas promessas podem ser cumpridas?
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O Auxílio Brasil vai realmente aumentar para R$800?
Elevar o Auxílio Brasil para R$800, pelo menos a princípio, é apenas uma promessa de campanha. Quem é beneficiário não deve esperar por esse reajuste, já que o orçamento não tem espaço para isso.
De acordo com economistas, um novo acréscimo de R$200 nas parcelas elevaria o custo do programa em mais de R$48 bilhões. Porém, o Orçamento de 2023, enviado na semana passada, já prevê um déficit primário de 0,6% do PIB.
Pela proposta orçamentária atual, o que se prevê, na verdade, é que o benefício volte ao patamar de R$400 a partir de janeiro. As parcelas de R$600 foram instituídas em caráter provisório, somente até dezembro deste ano.
Mesmo que o presidente quisesse sancionar uma nova lei ou editar uma nova Medida Provisória, se for reeleito, para fazer o aumento, isso dependeria do Legislativo para aprovação.
E, como não há orçamento, a maioria dos economistas não acredita que a promessa possa ser cumprida.
O mesmo vale para a proposta de adicionar R$150 por criança, que só poderá ser viabilizada depois de uma discussão orçamentária.
No final das contas, por mais não seja impossível haver aumento no Auxílio Brasil, o beneficiário não deve contar com isso. É fundamental lembrar que a partir de janeiro as parcelas voltam ao patamar anterior, com R$200 a menos.

Calendário de setembro não será antecipado
Enquanto o Auxílio Brasil não alcança o sonhado patamar de R$800, os beneficiários podem aproveitar as últimas parcelas de R$600. Desde agosto, o benefício tem R$200 de acréscimo para ajudar as famílias que enfrentam dificuldades pós-pandemia.
Mas vale lembrar que o calendário de pagamento voltou à programação normal, iniciando os depósitos na segunda quinzena do mês. Em agosto, as datas foram antecipadas, mas a partir de setembro o calendário antigo continua vigente:
FINAL DO NIS | SET | OUT | NOV | DEZ |
1 | 19 | 18 | 17 | 12 |
2 | 20 | 19 | 18 | 13 |
3 | 21 | 20 | 21 | 14 |
4 | 22 | 21 | 22 | 15 |
5 | 23 | 24 | 23 | 16 |
6 | 26 | 25 | 24 | 19 |
7 | 27 | 26 | 25 | 20 |
8 | 28 | 27 | 28 | 21 |
9 | 29 | 28 | 29 | 22 |
0 | 30 | 31 | 30 | 23 |
Para participar do programa, a família precisa ter renda per capita (por pessoa) de até R$200 e estar inscrita no CadÚnico, com os dados atualizados.
Vale lembrar também que algumas famílias beneficiárias estão recebendo o novo cartão do Auxílio Brasil. Em um primeiro momento, está sendo enviado apenas para as famílias que recebem o benefício na modalidade poupança social digital desde novembro de 2021.
Ao receber o novo cartão, é necessário cadastrar uma senha para utilizá-lo. Isso pode ser feito pelo aplicativo Caixa Tem, no menu “Auxílio Brasil”.
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