Porque a cerveja está mais cara? Entenda o aumento do preço

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copo de cerveja sendo abastecido por uma garrafa
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Os brasileiros adeptos vão perceber a cerveja mais cara já neste mês. Isso porque a cervejaria Ambev anunciou um reajuste de 6% em chope e cervejas, incluindo embalagens descartáveis.

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Contudo, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) afirma que o reajuste deve vir alinhado com a inflação acumulada nos últimos 12 meses. Ou seja, em torno de 10%.

Em comunicado enviado a clientes e distribuidores, a Ambev afirma que o reajuste vai seguir, “em linhas gerais, a variação da inflação, variação de custos, câmbio e carga tributária”.

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Ainda de acordo com o texto, “os reajustes podem variar entre regiões, marcas, embalagens e segmentos”.

Cerveja mais cara em, pelo menos, 60% do mercado no país

A Ambev é responsável por 60% desse mercado no país. Ela é dona de marcas como Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Stella Artois.

Segundo a empresa, dois fatores que são fundamentais para a cerveja mais cara têm sido os custos com a matéria-prima e a alta na energia.

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Aliado a isso, 2020 foi um ano em que os grandes eventos, que automaticamente promovem aumento nas vendas, não foram realizados.

Para se ter uma ideia da diferença, em uma nota enviada ao mercado recentemente, uma cervejaria de São Paulo informou que as latas de alumínio tiveram um reajuste acumulado de 110% nos últimos meses.

Além disso, pesa também na balança das cervejarias o preço dos ingredientes importados.

Indispensável na receita, o lúpulo usado no Brasil é praticamente todo importado dos Estados Unidos ou da Europa, o que faz a cerveja consumida por aqui também ser impactada pelos valores cada vez mais altos do dólar e do euro.

garrafas de cervejas sendo abertas por um abridor
Brindar com a família ou amigos ficou um pouco mais amargo

Custos em alta

Em seu último relatório consolidado de operação, a Ambev apontou que o aumento do custo de produtos vendidos (CPV) por hectolitro cresceu quase 16% no acumulado de 12 meses ao fim do 2T21.

No Brasil, a pressão de custos foi ainda mais intensa e o CPV por hectolitro saltou 18,8% no trimestre.

Segundo dados divulgados pelo IBGE do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a cerveja para consumo no domicílio registrou aumento nos preços de 0,29% em agosto, 3,49% no ano e 7,62% no acumulado em 12 meses.

Já a cerveja para consumo fora do domicílio sofreu elevação de 0,05% no mês, de 3,14% no ano e de 5,94% no acumulado em 12 meses.

Fora a alta da inflação e de outros setores, no momento o mercado de bares e restaurantes tenta se recuperar do prejuízo financeiro causado pela pandemia do coronavírus.

Um levantamento feito pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) destacou que, mesmo com a reabertura gradual do comércio, 62% dos estabelecimentos no país ainda não recuperaram o faturamento que tinham em 2019.

A pesquisa apontou ainda que 55% deles declararam estar endividados.

Mercado brasileiro

O Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de cerveja no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e China. Em 2020, o volume de vendas de cerveja ainda teve aumento no País.

Segundo um levantamento da Euromonitor, foram 13,3 bilhões de litros da bebida vendidos no Brasil no ano passado. Esse foi o maior número desde 2014.

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