Juros simples são uma taxa cobrada do valor inicial do seu empréstimo, investimento, transação feita no cartão de crédito ou uma dívida, por exemplo. Ou seja: esse tipo de índice é acrescido sempre sobre o valor inicial.
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Eles também são chamados de lineares. Afinal, não se alteram conforme as parcelas do acordo são pagas.
Em outras palavras, é como se fosse o “preço” do dinheiro que, na prática, não pertence a quem pede crédito até que ele seja efetivamente pago.
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Por essa razão, lojas varejistas ou instituições financeiras anunciam sempre com bastante alarde promoções em que oferecem pagamentos parcelados sem juros.
Nesses casos, é como se elas estivessem concedendo crédito sem custos, o que é sempre atrativo para os clientes.
No entanto, quando se cobram juros em cima de um financiamento, por exemplo, deve-se ter em conta a incidência do índice.
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Para que serve?
Como destacamos anteriormente, a principal função do índice é remunerar os credores que fornecem o capital utilizado para fazer a economia girar.
A remuneração oferecida a quem empresta o dinheiro não existe à toa dentro da lógica econômica.
Para entender para que servem, então, primeiro precisamos falar sobre a inflação e o que ela representa.
Medido no Brasil pelo Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA), o índice inflacionário descreve a desvalorização proporcional da moeda brasileira dentro de um determinado período. Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na prática, isso significa que o dinheiro inevitavelmente será desvalorizado durante o tempo em que estiver sob tutela do devedor.
Por isso, é importante que os juros sejam maiores que a inflação para que o credor receba de volta um valor bruto no mínimo equivalente ao que emprestou.
Além disso, existe um risco envolvido em todo e qualquer empréstimo de capital e o investidor deve ser recompensado financeiramente por ter se arriscado.
No dia a dia do mercado, os juros são utilizados por bancos, financeiras, lojas que oferecem crediário e, claro, para calcular a rentabilidade de ativos em investimentos.
Fórmula para calcular?
A fórmula para calcular os juros simples é expressa por:
J = C . i . t
Onde,
J: juros
C: capital
i: taxa de juros. Para substituir na fórmula, a taxa deverá estar escrita na forma de número decimal. Para isso, basta dividir o valor dado por 100.
t: tempo. A taxa e o tempo devem se referir à mesma unidade de tempo.
Podemos ainda calcular o montante, que é o valor total recebido ou devido, ao final do período de tempo. Esse valor é a soma dos juros com valor inicial (capital).
Sua fórmula será:
M = C + J → M = C + C . i . t
Da equação acima, temos, portanto, a expressão:
M = C . (1 + i . t)
Diferença entre juros simples e juros compostos
Entender a diferença entre ambos os juros é fundamental para quem está dando os primeiros passos no mercado financeiro e quer tomar as melhores decisões nos seus investimentos.
De maneira geral, a diferença entre ambos é a maneira como são calculados e como eles podem aumentar com o tempo.
Nos simples, a taxa de juros incide sempre sobre o valor inicial. Nos juros compostos, a taxa de juros incide sempre sobre o valor anterior, o que acaba criando um montante muito mais expressivo.
Comparativo
Para que você consulte sempre que precisar e nunca mais fique confuso com a diferença entre juros simples e juros compostos, fizemos uma tabela comparativa:
SIMPLES | COMPOSTOS |
Cobrado sempre sobre o valor inicial do seu investimento, ou empréstimo | Cobrado sobre o valor acumulado do investimento, ou empréstimo |
Forma fixa de cobrança | Forma exponencial de cobrança |
Crescimento estável e linear | Quanto mais parcelas, maior o crescimento dos juros |
Fórmula simples: juros = capital x taxa x tempo | Fórmula um pouco mais complexa: montante = valor principal (1+ taxa de juros) número de parcelas ou de meses |
Ficou interessado em saber o que são os juros compostos? Descubra o que são e como calcular!