A criptomoeda Luna derreteu e perdeu praticamente todo o seu valor entre os investidores. Criada em 2018, por Do Kwon e Daniel Shin, da Terraform Labs, empresa sediada na Coreia do Sul, permitia a operação do projeto Terra e serve como alternativa aos sistemas de pagamento tradicionais.
Negociada em várias corretoras de valores, a criptomoeda Luna era, na realidade, apenas a forma como o token Terra ficou conhecido. Afinal, como ele foi desenvolvido pela empresa Terra, acabou absorvendo o seu nome como uma forma de identificação.
Um dos diferenciais do projeto é possuir no seu protocolo diversas stablecoins. Ou seja, moedas que acompanham o preço do dólar, euro e outras moedas fiduciárias.
Quer entender o que aconteceu? Leia o artigo completo!
Como funciona o projeto Terra?
Para entender o motivo da queda da Luna, você primeiro deve saber o que é o projeto Terra. Ele é baseado em tecnologia blockchain uma plataforma de liquidação, inclusive no mundo do e-commerce.
Portanto, a chave de tudo é o custo da transação, que, graças às suas soluções, fica mais barato que o PayPal, pagamentos online ou cartões de crédito.
Aliado a isso, por estar em uma plataforma baseada em stablecoins, suas stablecoiny são refletidas em moedas tradicionais – como o dólar americano.
Portanto, por um lado, eles têm todas as vantagens das criptomoedas, mas seu preço não está sujeito a grandes flutuações.
No entanto, Terra admite abertamente que não há reservas para cobrir o valor das stablecoins. Então, como isso pode funcionar? Deve ser lembrado que a plataforma suporta vários stablecoins ao mesmo tempo e há cada vez mais deles.
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É aqui que a criptomoeda Luna tinha sua função. Seus detentores votam e escolhem mais stablecoins para aderir à plataforma. Eles são todos criados da mesma maneira – trocando pelo equivalente em tokens Luna.
Depois disso, cada stablecoin pode ser trocado por outro. Portanto, há apenas uma liquidez, mas como manter o preço das moedas estáveis diante do aumento repentino da demanda ou da oferta.
Mas como saber se há garantias em moedas fiduciárias. Neste caso, os próprios participantes se preocupam com o equilíbrio.
O token SDT ajuda nisso, o que é uma espécie de reflexo do valor de todas as stablecoins. Seu preço é definido externamente – com base nos preços de todas as moedas fiduciárias, que são refletidas em stablecoins.
Portanto, há uma oportunidade para arbitragem – toda vez que a demanda por um determinado stablecoin aumenta ou diminui. É fácil adivinhar que o resto é feito pela “mão invisível do mercado”.
Quem desenvolve os serviços na Terra?
- Anchor: um protocolo de empréstimos na Terra que possui um valor total bloqueado (TVL) de US$11,5 bilhões.
- Lido: um protocolo de staking que permite que você gaste ativos em staking.
- Astroport: um formador automatizado de mercado (AMM) para tokens Terra.
Por que a Luna entra em colapso
A criptomoeda Luna despencou de valores. Agora ela vale US$ 0.1. Isso fez com que investidores perdessem quase tudo. Vale lembrar que a cripto, que já chegou a atingir US$120 nesse ano, era considerada uma ‘máquina de fazer dinheiro’.
A explicação do que aconteceu é simples. Seu objetivo era servir como um mecanismo que dava suporte para a stablecoin UST, que tinha seu preço equivalente a US$ 1.
Ou seja, quando a UST passava de US$ 1, uma certa quantidade de luna era queimada para o valor ficar equivalente. E, no contrário, se o preço recuasse, uma quantidade de luna era emitida para tentar subir o valor da UST.
Entretanto, uma falha no algoritmo para tentar manter a paridade. Foram impressas muitas quantidades de luna enquanto várias pessoas tentavam vender a criptomoeda. Assim, com um excesso de moedas digitais disponíveis no mercado, a cotação caiu.
É o fim da Luna? Especialista em criptoativos do FinanceOne responde
Renato Carvalho, especialista em criptoativos do FinanceOne, acredita que a Luna jamais vai se recuperar e quem possui este ativo em mãos, infelizmente não deveria ter muita esperança de recuperar o investimento, principalmente no curto prazo.
+ Leia o artigo completo de Renato Carvalho sobre a Luna aqui!
Mas é o fim do Bitcoin? Carvalho afirma que não. Ele lembra que o mercado de criptomoedas é de altíssimo risco. Por isso, segundo ele, em mercados de alto risco, não se coloca todas as apostas em projetos como a Luna.
“Cada investidor deve possuir sua própria estratégia, porém eu reservo 5% do meu portfólio de cripto para as altcoins, NFTs e outras novidades do mundo cripto, pois este é um capital que estou ciente e disposto a perder”, explica o especialista.
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