A pandemia de Covid-19 e a crise econômica não afetaram os profissionais de tecnologia. Segundo a GeekHunter, empresa de recrutamento especializada na contratação no setor, em 2020 o número de vagas abertas na área cresceram 310%.
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A explicação é que, com a pandemia, muitas empresas encerraram ou congelaram posições.
Enquanto que no setor de tecnologia foi o contrário. Principalmente em empresas de áreas como saúde e comércio eletrônico. Foi verificado o crescimento das contratações em setores estratégicos como rede, infraestrutura e segurança digital.
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E tudo indica que os próximos anos serão ainda melhores. Isso porque o Brasil precisará de aproximadamente 70 mil profissionais de tecnologia ao ano até 2024.
É o que aponta o estudo divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). Outro dado importante da pesquisa é o potencial de investimento deste mercado.
Só para se ter uma ideia, apenas as tecnologias ligadas à transformação digital deverão receber aportes de R$345,5 bilhões entre 2019 e 2022.
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Neste bolo, estão diversos serviços e soluções. São elas:
- Blockchain: R$1,4 bilhão;
- Nuvem: R$77,8 bilhões;
- IoT: R$115,2 bilhões;
- Big data e analytics: R$61,1 bilhões;
- Segurança da informação: R$8,9 bilhões;
- Inteligência artificial: R$2,5 bilhões;
- Robótica: R$23 bilhões;
- Social: R$9,3 bilhões;
- Realidade virtual/aumentada: R$6 bilhões;
- Impressão 3D: R$200 milhões.
Já em banda larga, incluindo mobilidade e conectividade, serão aplicados, no mesmo período, R$396,8 bilhões.
Déficit de mão de obra
Enquanto 15 milhões de pessoas procuram emprego no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área de Tecnologia da Informação (TI) deve ter até o ano de 2024, cerca de 290 mil vagas em aberto.
É o que revela o estudo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).
O levantamento aponta ainda que o setor enfrenta um grande problema quanto a grande quantidade de vagas disponíveis e a falta de mão de obra qualificada.
A Brasscom estipula que até 2024 a busca por profissionais com habilidades digitais chegará a 70 mil por ano no País. Contudo, o número de formados na área será de 46 mil, de acordo com a Brasscom.
A entidade acredita que até o ano de 2024, o investimento no Brasil por parte do setor será de R$346 bilhões por ano. Entretanto, para que esse aporte chegue é preciso de grande demanda de profissionais de tecnologia.
Habilidades desejadas
O relatório também elencou as especializações do setor que serão mais requisitadas a médio e longo prazo, de acordo com a capacitação do profissional:
- Desenvolvedores mobile: programação em Linguagem Java e conhecimentos de Agile, Design Thinking, UX e Full Stack;
- Computação na Nuvem: conceituação e Aplicação em Virtualização de Máquina, AWS, Azure, outras;
- Data Analytics: conhecimentos em Gestão da Informação, Big Data e Ciência de Dados;
- Segurança Cibernética: entendimento do nível básico ao avançado das ferramentas empregadas na área;
- Inteligência Artificial: habilidades com redes Neurais, Aprendizado de Máquina, Computação Cognitiva e Algoritmos Avançados.
TI já representa 7% do PIB brasileiro
O setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), por sua vez, movimentou R$506 bilhões. Ou seja, cerca de 6,8% do PIB em 2020.
Na comparação com o ano de 2019, houve um crescimento de 2,4%. Estima-se que o setor bancário, o maior do país, represente 12% do PIB nacional. A projeção é da Brasscom.
Já quando considerado o setor de TIC de forma mais detalhada, ao todo, o aumento foi de 5,1% em 2020, na comparação com 2019, alcançando pouco mais de R$216 bilhões.
Destes, R$190,94 bilhões são referentes ao mercado interno (com crescimento de 3,9%), e os R$25,45 bilhões restantes são de exportações (aumento de 16,1%).
Por outro lado, para este ano, a previsão da associação é que o setor de TIC cresça ainda mais, algo que deverá se repetir nos demais anos até 2025, no mínimo.
Nuvem e 5G intensificam mercado
A tecnologia 5G está programada para trazer avanços sem precedentes para diversos setores da economia brasileira e vai demandar profissionais de tecnologia.
Por isso, o mercado mundial de data centers deve alcançar uma taxa de crescimento anual composta (CGAR) de 17% até 2023. Ou seja, um crescimento de US$284,44 bilhões.
Números apontados no relatório da Technavio, empresa de pesquisa de mercado. O estudo fornece uma análise por componentes. Incluindo, por exemplo, infraestrutura de TI, sistemas de gerenciamento de energia e soluções de segurança, e geografia.
Segundo a pesquisa, parte deste resultado está atrelado à crescente adoção de serviços multi-cloud e de egde computing. Contudo, com a computação de nuvem cada vez mais acessível.
Ambos os conceitos, todavia, vêm ganhando espaço em empresas de diversos segmentos.
A arquitetura multi-cloud permite aproveitar diferentes cargas de trabalho de aplicativos. Assim como contribui para impedir a perda de dados e o tempo de inatividade durante falhas. O que garante conformidades de segurança.
Além disso, o relatório aponta que as implementações de tecnologias 5G também serão responsáveis pelo crescimento do setor.
Isso porque as infraestruturas dos data centers precisarão de atualizações para suportarem as altas taxas de tráfego de dados.
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