
Começar o mês no azul é o sonho de boa parte dos brasileiros. Principalmente, para cerca de 12 milhões de famílias que vão encerrar o ano de 2021 endividadas.
De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o total de famílias com dívidas ou contas em atraso continua alto.
Em relação a essas pessoas, o executivo da One7, plataforma de serviços financeiros, Alexandre Mouri afirma que passar noites em claro, perder o apetite e o humor não são caminhos para a solução.
“Além de acarretar problemas de saúde, é impossível raciocinar e traçar um plano nessas condições. O primeiro passo é parar de se culpar e ter certeza de que você não é o problema, a maioria das pessoas não sabe lidar com dinheiro e isso, na situação atual, é completamente compreensível. O que não pode acontecer é se acomodar com a situação e não ir atrás da resolução”, destaca Mouri.
O executivo afirma que é necessário organizar as contas e saber exatamente o valor do seu salário, considerando os descontos das taxas e impostos, é um bom começo. Segundo ele, é um trabalho simples que requer força de vontade e qualquer um pode fazer.
Alexandre Mouri diz que aplicativos e planilhas ajudam. No entanto, um papel e um lápis bastam para começar, ou até mesmo pendurar as contas na geladeira.
Portanto, não desista de começar o mês no azul. A seguir, confira algumas dicas do executivo para começar o mês no azul.
9 dicas para começar o mês no azul
1 – Faça um diagnóstico
Para começar o mês no azul é necessário buscar o equilíbrio financeiro. Nem todos conseguem manter um controle adequado do quanto se ganha e do quanto se gasta.
Para começar a organização da sua vida financeira, comece a anotar as suas receitas e as suas despesas. Se a diferença entre o que entra e o que sai for negativa, é sinal de que as suas finanças não vão bem.
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Ao identificar os seus principais gastos, você poderá decidir onde começará a cortar despesas.
2 – Defina suas prioridades e programe-se
É crucial saber separar o que é importante e realmente necessário, do que é apenas supérfluo. Sendo assim, diferencie bem o que é essencial do que é apenas um desejo de consumo que pode impedir a realização de um sonho no longo prazo.
Além disso, programe seus gastos. Pois, com gastos bem programados, fica mais fácil pagar todas as contas integralmente e não se afogar em dívidas.
Pagar as contas em dia é importante para não gastar dinheiro em juros e multas.
3 – Estabeleça objetivos financeiros
Determine um valor, um prazo e um objetivo financeiro a ser atingido. Organize-se de forma a criar as condições para que a meta seja cumprida.
4 – Poupe sempre
Não há organização das finanças pessoais sem poupança. É a reserva de capital que permite que a pessoa enfrente situações emergenciais ou crises sazonais.
Encare como compromisso a tarefa de guardar de 10% a 20% de sua receita mensal.
5 – Mude hábitos
Para começar o mês no azul, tenha em mente que você e sua família precisarão fazer alguns ajustes nos gastos e, provavelmente, mudar alguns hábitos.
Por exemplo, jantar em restaurantes, ir ao cinema e fazer compras todo mês são algumas atividades que poderão se tornar menos frequentes.

Para evitar frustrações, busque explicar a situação e fazer um acordo com os familiares para que todos se unam para conquistar o equilíbrio financeiro.
Em alguns casos, substituir programas pagos por atividades gratuitas pode ser uma forma de compensar eventuais sacrifícios temporários.
6 – Aprenda a investir
A partir de um determinado nível de organização das finanças, a pessoa dispõe de recursos para investimento.
Busque aplicações de acordo com o seu perfil. Para isso, solicite a ajuda do seu gerente do banco, conte com o auxílio de empresas especializadas em prestar esse tipo de assessoria ou se capacite para assumir a tarefa de cuidar dos próprios investimentos.
7 – Crie uma reserva de emergência
Um passo extremamente importante no processo de como organizar as finanças é criar uma reserva de emergência.
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Depois de quitar o que deve, você tem que guardar uma porcentagem da sua fonte de renda, em torno de 10% por mês, para criar uma espécie de “colchão de segurança” para gastos inesperados, como saúde, problemas com o carro etc.
8 – Antes de fazer compras pesquise e compare os preços
Se você vai fazer compras, seja de supermercado, lista de material escolar ou qualquer outro item que você deseja, a ordem é pesquisar para economizar. E você pode fazer isso por meio dos diversos sites comparativos que existem.
Além disso, diversos sites de ecommerce oferecem descontos para quem vai realizar a primeira compra. Por isso, use a internet a seu favor.
Crie alertas, monitore preços, compare ofertas e condições de pagamento em diferentes lojas.
9 – Antecipe-se nas contas sazonais
No início do ano sempre tem aquelas contas mais pesadas de IPVA, IPTU, matrícula e material escolar, além das despesas das festas de final de ano. Por isso, é importante ter atenção redobrada na hora de realizar o planejamento.
Além disso, o mais indicado é que você antecipe essas contas a serem pagas e também opte por pagar o valor integral do IPVA e IPTU para garantir o desconto fornecido por cada município.
Os materiais escolares também precisam ser antecipados, não deixe para comprar tudo no final do mês de janeiro. Vá o quanto antes adquirir esses produtos.
Quer começar o mês no azul? Veja como criar uma planilha de orçamento!