Vale a pena fazer empréstimo com a alta da Selic? Entenda!

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pessoa segurando um bolo de dinheiro
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Será que vale a pena fazer empréstimo com a alta da Selic? Esta é uma dúvida bastante comum entre pessoas físicas e também empresas que querem obter crédito, mas estão na dúvida se é melhor esperar a taxa de juros cair ou não. 

De acordo com um estudo recente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de famílias endividadas atingiu 79% do total de lares em agosto. 

Ou seja, quase 8 a cada 10 famílias estão endividadas. E em situações como essa, pedir um empréstimo muitas vezes é a única luz no fim do túnel. 

No entanto, com a Selic a 13,75%, será que vale mesmo a pena? Qual é a relação entre essa taxa e o empréstimo nos bancos? Qual é o impacto deste aumento? 

Vamos descobrir agora!

Os empréstimos ficam mais caros com a alta da Selic?

Os empréstimos e todo tipo de crédito ficam mais caros com a alta da Selic. Acontece que ela é a taxa básica de juros da economia, e sua elevação automaticamente encarece as prestações. 

A Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) divulgou dados que mostram exatamente como é o impacto da alta da Selic no crédito.

De acordo com o estudo, com a elevação de 13,25% para 13,75% ao ano, a taxa teve as seguintes repercussões nas operações:

  • juro médio para as pessoas físicas passou de 119,07% para 120,05% ao ano
  • para as pessoas jurídicas, a taxa média saiu de 56,57% para 57,29% ao ano

É importante destacar que este impacto na ponta final do consumidor chega diluído. Isso porque existe uma diferença muito grande entre a taxa básica propriamente e os juros efetivamente, de prazo mais longo.

Portanto, os empréstimos ficam mais caros com a alta da Selic, mas não necessariamente na mesma proporção. Também é importante não confundir a Selic em si com a taxa de juros de cada operação de crédito.

Qual é o impacto da taxa nas prestações e operações de crédito?

Como visto acima, o empréstimo fica mais caro com a alta da Selic, mas o impacto real no bolso do consumidor chega já pulverizado.

Com base nos dados da Anefac, a Agência Brasil fez algumas simulações de como essas altas se aplicam em situações do dia a dia. 

Um empréstimo pessoal de R$5 mil por 12 meses cobrará R$1,24 a mais por prestação, comparando os juros antes do aumento da Selic. Ou seja, R$14,85 a mais após o pagamento da última parcela.

Já um empréstimo de R$3 mil em 12 meses numa financeira sairá R$0,81 mais caro por prestação. Isso significa que o custo total será R$9,72 mais caro. 

No financiamento de um automóvel de R$40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$11,23 a mais por parcela e R$673,51 a mais no total da operação.

E para empresas buscando crédito a situação também é um pouco mais desfavorável agora. 

Pessoas jurídicas estão pagando R$62,18 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$50 mil por 90 dias; R$24,93 pelo desconto de R$20 mil em duplicatas por 90 dias; e R$2,67 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$10 mil por 20 dias.

Outras operações de crédito, como juros rotativos do cartão de crédito, também aumentam com a alta da Selic. 

Moedas empilhadas em cima de um gráfico
Boletim Focus projeta uma Selic em 11,25% em 2023

Vale a pena fazer empréstimo com a alta da Selic?

Embora o empréstimo fique mais caro com a alta da Selic, a decisão sobre tomá-lo agora ou não deve levar mais fatores em conta. O principal deles é a necessidade, além da expectativa do mercado para a inflação nos próximos meses. 

Se uma empresa, por exemplo, precisa muito de crédito agora? Vale a pena esperar um pouco ou não?

Algumas perguntas que vale a pena se fazer são:

  • Qual é o objetivo deste empréstimo? Eu consigo recorrer a outras formas de obter dinheiro?
  • Qual é a perspectiva do mercado para a Selic nos próximos meses?

A resposta para a primeira pergunta é muito pessoal. Mas para a primeira nós temos um panorama. 

Recentemente, durante um congresso da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que em 2023 ocorrerá uma desaceleração da taxa básica de juros da economia. 

No entanto, as projeções do mercado ainda são conservadoras em relação a isso. O boletim Focus, divulgado no último dia 19, projeta uma Selic em 11,25% em 2023 e mantém a taxa a 13,75% em 2022. 

Ou seja, os juros devem ficar um pouco mais baratos no próximo ano, mas ainda não será uma queda milagrosa. 

Quem optar por obter crédito agora, deve pesquisar para encontrar qual instituição financeira oferece a taxa mais vantajosa. 

Opções como microcrédito e consignado podem ser uma saída, pois possuem juros mais baixos. Mas é preciso cuidado e um planejamento bem estruturado, um plano de ação para quitar as parcelas sem se meter em uma bola de neve. 

Quer saber mais sobre quando vale a pena pedir um empréstimo? Então confira:

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