
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os bancos apresentarão ao governo e ao Banco Central um cronograma de estudos para analisar as razões por trás das altas taxas de juros do rotativo do cartão de crédito.
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Isso ocorreu após uma reunião entre o ministro e representantes das instituições financeiras com o objetivo de encontrar uma solução para essa modalidade, que atualmente tem uma taxa anual de 417,4%, de acordo com o BC.
Haddad afirmou que a discussão é complexa, devido ao grande número de atores envolvidos na indústria de cartões de crédito, incluindo as bandeiras, as empresas de maquininhas, os bancos e os lojistas.
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O presidente da Febraban, Isaac Sidney, também se pronunciou sobre o assunto e disse que a entidade está disposta a trabalhar em conjunto com o governo federal e o Banco Central para encontrar soluções que reduzam as taxas de juros do rotativo do cartão de crédito.
Foi anunciada a criação de um grupo de trabalho para realizar a análise, sem prazo determinado para conclusão.
“É importante que a gente ataque não só as causas do spread bancário elevado, mas compreenda as causas do custo de crédito elevado. Não é o momento para apontar caminhos ou discutir propostas. Os caminhos precisam ser discutidos após um diagnóstico correto”, declarou Isaac Sidney.
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O que são os juros do rotativo do cartão de crédito?
Os juros do rotativo do cartão de crédito são os encargos financeiros cobrados pelos bancos ou instituições financeiras quando o usuário do cartão não paga o valor total da fatura na data de vencimento.
Nesse caso, é oferecida a opção de pagamento mínimo ou parcial da fatura, com a possibilidade de parcelamento do saldo restante.
No entanto, quando essa opção é utilizada, os juros do rotativo são cobrados sobre o saldo remanescente, que pode ser bastante elevado e acumulativo. Desta forma, tornou-se uma das modalidades de crédito mais caras disponíveis no mercado.
No Brasil, desde abril de 2017, vigoram novas regras do cartão de crédito de modo que o juros do rotativo no cartão é restrito. Agora, os usuários só podem usar o crédito rotativo uma vez por mês.
Isso ocorre porque o Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou que os bancos devem obrigatoriamente transferir essa dívida para o crédito parcelado, que possui juros menores.
Em outras palavras, o uso do crédito rotativo é limitado a um período de 30 dias. Após esse período, as instituições financeiras são obrigadas a parcelar a dívida em condições mais vantajosas para o cliente.

Crédito está entre os mais caros do mercado
Os juros do crédito rotativo são conhecidos por serem um dos mais altos do mercado financeiro. Em fevereiro deste ano, houve um aumento de 6 pontos percentuais em relação a janeiro. Em 12 meses, o aumento foi de 62,2 pontos percentuais.
Isso fez com que a taxa anual chegasse aos atuais 417,4%. No caso do cartão parcelado, os juros subiram 7,6 pontos percentuais no mês e 15,3 em 12 meses. Assim, atingiu-se a taxa anual de 189,6%, segundo dados do BC.
Por isso não é recomendado usar o crédito rotativo do cartão de crédito, a menos que seja uma emergência financeira e não haja outra opção. Os juros do rotativo são muito altos e podem acumular rapidamente, tornando-se uma dívida difícil de pagar.
É importante lembrar que o crédito rotativo deve ser utilizado apenas por um período máximo de 30 dias. Após esse período, a dívida deve ser transferida para o crédito parcelado, que possui juros mais baixos.
O ideal é sempre planejar as finanças para evitar o uso do rotativo. Se for necessário, busque alternativas de empréstimos com juros mais acessíveis, como empréstimos pessoais ou consignados.
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*Com informações da Agência Brasil