Cada país tem sua própria política monetária. Aqui no Brasil, uma das práticas que compõem essas regras é o Open Market. Você sabe o que significa esse termo?
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O Open Market, ou “mercado aberto” em tradução livre, está relacionado às operações realizadas pelo Banco Central para controlar a circulação de dinheiro no país. Isso é feito por meio da compra e venda de títulos públicos.
O principal objetivo dessa operação é, justamente, adequar a quantidade de moeda disponível no sistema bancário. Esse controle pode causar impactos na taxa de juros Selic, refletindo, também, na inflação e no poder de compra da população.
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Ficou curioso para entender melhor o que é o Open Market e como ele funciona? Então leia este artigo na íntegra para ficar atualizado sobre o assunto.
Entenda o papel da Política Monetária de um país
Para compreender o conceito do Open Market, primeiro é preciso entender o que é a Política Monetária. Basicamente, essa é a ferramenta que o Banco Central utiliza para controlar a economia do país.
A Política Monetária reúne um conjunto de medidas que na prática servem para ajustar a inflação. Vale lembrar que as metas de inflação são definidas no início de cada ano. Assim, as decisões tomadas ao longo do período visam a cumprir com essas definições.
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Quem executa essas ações aqui no Brasil é o Banco Central do Brasil (BC ou Bacen), autarquia federal responsável pela definição da taxa de juros.
Além disso, o Conselho Monetário Nacional e o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) atuam em conjunto com o Bacen na aplicação dessas regras. As entidades normatizam o trabalho desempenhado pelo Banco Central.
O que é e como funciona o Open Market?
Conforme já mencionado, o Open Market se dá com a compra e venda de títulos públicos. Essas transações ocorrem em dois níveis. O primeiro com os bancos comerciais do país e o segundo entre os bancos e investidores.
Somente grandes instituições financeiras, chamadas dealers, estão habilitadas para negociação de títulos públicos.
Tais títulos são emitidos pelo Governo com o propósito de captar recursos para pagamento de contas públicas. Assim, quando o Governo gasta mais do que arrecada com impostos, ele negocia títulos públicos para conseguir recursos a fim de arcar com essas despesas.
Na prática, o Open Market é uma estratégia comercial, prevista na política monetária do país, para que o Banco Central atinja a liquidez na economia, além de manter a taxa básica de juros alinhada ao previsto na meta da instituição.
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Open Market é operado conforme as necessidades econômicas
No geral, as metas do Open Market são pautadas no médio prazo. A estratégia adotada se alinha aos objetivos do Banco Central para aquele ano e de acordo com o cenário atual.
Por exemplo, se o país estiver em crise, o BC compra títulos públicos para estimular o crescimento da economia.
Assim, a taxa Selic é reduzida, com o objetivo de diminuir os juros, estimular o consumo e aumentar o valor da inflação. Ou, pode ser adotada uma estratégia inversa com o aumento da taxa Selic e, consequentemente, o aumento dos juros.
Neste caso, o Banco Central incentiva a poupança dos bancos comerciais, mas como consequência há redução nos valores investidos em títulos.
Outra função do Open Market é controlar a volatilidade da economia, por meio da administração da quantidade de dinheiro em circulação. Assim, é possível ajustar as variações de mercado, que sem o devido acompanhamento poderiam prejudicar a economia do país.
O Open Market é uma das práticas mais usadas pela Política Monetária. Isso porque, pelo lado econômico, é a forma mais eficaz de manter o equilíbrio no mercado financeiro.
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