Como se preparar financeiramente para ter um filho? Veja 5 dicas!

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O planejamento financeiro para ter filhos ainda é muito negligenciado pelas famílias, mas ele é tão importante quanto o afeto e a responsabilidade de educar a criança. Afinal, são gastos altos e que se estenderão por anos.

Ter um filho envolve custos financeiros desde os primeiros meses de gravidez até o final da adolescência, no mínimo. 

Os custos mais imediatos incluem despesas médicas, como consultas pré-natais, ultrassonografias e o parto. Depois do nascimento, as despesas com fraldas, alimentos, roupas e equipamentos, como carrinho de bebê e berço, se acumulam.

À medida que a criança cresce, outras despesas surgem: gastos com escola, atividades extracurriculares, alimentação. Além disso, é preciso pensar no futuro dela, como a possibilidade de pagar uma faculdade ou formação técnica.

Dito isso, vamos conversar sobre como se planejar para todos esses custos. 

Quanto custa ter um filho?

O custo de um bebê no primeiro ano de vida pode variar amplamente, dependendo de vários fatores, como:

  • localização geográfica;
  • renda familiar;
  • escolhas de estilo de vida;
  • necessidades médicas do bebê. 

Por isso, o planejamento financeiro para ter filhos deve ser personalizado para cada pessoa, não existe uma receita de bolo.

Em residências com menor poder aquisitivo, por exemplo, as crianças costumam frequentar escola pública. Por outro lado, em famílias com mais renda é comum as crianças frequentarem escolas de alto padrão e também aulas extracurriculares. 

Outros gastos como convênio médico, serviços, cursos, viagens, etc, vão variar.

Ao Estadão, Ricardo Hiraki, sócio-diretor da fintech de educação financeira Plano, estimou que uma família com renda acima de R$15 mil nas cidades mais caras chegam a destinar de 20% a 30% do dinheiro para a criação dos filhos.

Nesse caso, o custo mensal pode ultrapassar R$4,5 mil. Se for considerado o investimento no filho desde o nascimento até os 18 anos de idade, a soma supera os R$650 mil.

Por outro lado, especialistas financeiros do Insper consultados pela Forbes em 2021, considerando os dados divulgados pelo IBGE, estimam que ter um filho pode custar entre R$400 mil e R$2 milhões dos 0 aos 18 anos.

O custo de R$400 mil durante 18 anos é estimado para famílias da classe C, enquanto calcula-se cerca de R$900 mil para famílias da classe B, e R$2 milhões para as de classe AB.

É importante considerar que os gastos, na maioria dos casos, serão mais altos nos primeiros anos de vida. Afinal, o bebê exige mais cuidados específicos e acompanhamento médico antes e depois de nascer. 

Isso pode variar caso a criança tenha necessidades especiais, por exemplo, ou se ela vai estudar numa escola pública ou particular, se a mensalidade será cara ou barata. 

Cada família é uma família, por isso é fundamental colocar na ponta do lápis conforme sua realidade.

imagem de três cofres personalizados com várias moedas espalhadas
Ter filhos pode consumir mais de 30% do orçamento familiar

5 passos para um planejamento financeiro antes de ter filhos

A única forma de saber quanto custa ter um filho com precisão, é colocando os gastos na ponta do lápis conforme a realidade da sua família. Antes da criança nascer, faça pesquisas e se prepare para todas as necessidades dela. 

A seguir, confira cinco dicas para montar um planejamento financeiro antes de ter filhos.

1. Coloque os gastos na ponta do lápis

Você não precisa calcular o custo dos primeiros 18 anos de vida do seu filho, até porque a inflação e as variações do mercado tornam esse cálculo muito completo. Porém, calcule todos os gastos pré-natais e do primeiro ano de vida. 

Pode parecer difícil, mas basta uma pesquisa no Google para iniciar o levantamento de custos. Algumas coisas que você precisa ter em mente são:

  • Mensalidade do convênio médico ou valor das consultas
  • Remédios
  • Exames
  • Fraldas
  • Enxoval
  • Móveis para o quartinho da criança

2. Elabore um planejamento familiar

Tendo todos os gastos anotados, é hora de realizar o planejamento propriamente. Ou seja, definir de onde virá o dinheiro para cada gasto, qual é o limite de gasto para cada coisa, o que será pago no crédito ou não. 

Neste momento, uma planilha financeira ou aplicativos de organização das finanças podem ser de grande ajuda. Só não esqueça que o orçamento do bebê precisa manter espaço para os gastos já existentes da família, é claro. 

3. Cortes e remaneje os gastos

É comum, ao decidirem ter um filho, que as famílias se deem conta de que isso talvez signifique mudar o estilo de vida. São tantos gastos que para a maioria das pessoas é impossível fazer isso sem abrir mão de outras coisas. 

Então, antes da criança nascer, comece a fazer uma faxina nas finanças: corte os supérfluos, diminua a frequência com que pedem delivery. Economizar será importante até para lidar com imprevistos. 

4. Crie uma reserva de emergência

Falando em imprevistos, se antes a família não tinha uma reserva de emergência, agora ela precisa ter. Uma criança já representa uma mudança enorme na realidade da família e, com isso, as chances de imprevistos dobram. 

Você não vai querer ver seu filho precisando de um remédio sem ter dinheiro para comprar, nem deseja que um desemprego, por exemplo, o coloque em situações difíceis. Então esteja preparado para o que vier. 

5. Faça a poupança da criança

Além da reserva de emergência, assim que o bebê nascer, faça uma poupança para o futuro dele. 

Lembra que falamos que é bem complicado calcular os custos dos primeiros 18 anos de vida? Pois é, então o melhor que você pode fazer é manter uma poupança para seu filho, garantindo que ele tenha o que precisar no futuro. 

Não estamos falando da tradicional caderneta, o dinheiro pode ser investido em aplicações melhores que poupança. O importante é ter essa quantia reservada para oportunidades futuras, como para pagar a faculdade ou outras necessidades. 

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