A Caixa Econômica Federal inaugurou, na última sexta-feira (10), no Rio de Janeiro, o primeiro laboratório de inovação social do programa Mulheres de Favela, como parte das celebrações da Semana da Mulher.
De acordo com o banco, o laboratório tem como objetivo ser um espaço de pesquisa, capacitação e formação prática para as moradoras, além de promover rodas de escuta.
As mulheres participantes receberão apoio e treinamento para iniciar ou expandir seus negócios e alcançar a independência financeira.
O programa receberá um investimento inicial de R$16,6 milhões do Fundo Socioambiental Caixa.
O laboratório no Rio de Janeiro ocorrerá até 23 de abril, seguido por edições em Salvador a partir de 14 de abril e em São Paulo a partir de 13 de maio.
Para se inscrever, basta acessar o site do programa, escolher o tipo de oficina desejada ou a trilha virtual e clicar em “inscreva-se”. É necessário fornecer informações básicas, como nome, número de WhatsApp, CPF e e-mail.
Programa Mulheres de Favela oferece oficinas e capacitação
O laboratório de inovação social do programa Mulheres de Favela oferece diversas oficinas que abordam:
- empreendedorismo
- educação financeira
- precificação
Há ainda uma incubadora de negócios, serviços de formalização de empresas, orientação contábil e produtos bancários.
Durante o período de funcionamento dos laboratórios, as mulheres podem escolher até três cursos de qualificação profissional.
Uma das principais iniciativas de capacitação é a oficina de upcycling, que se concentra na economia circular e ensina as participantes a transformar resíduos e materiais recicláveis em produtos comercializáveis.
Há também oficinas de maquiagem, manicure, tranças e design de sobrancelhas.
Além disso, no espaço de atendimento da Caixa, serão realizadas ações de educação financeira, orientação sobre o uso do Caixa Tem e outros serviços relacionados ao banco, como FGTS, habitação e benefícios sociais.
Ainda será disponibilizado um Espaço Kids, para as crianças, onde serão realizadas atividades enquanto as mães ou responsáveis participam do laboratório.
Iniciativa deverá atender mais de 1,5 mil mulheres
Segundo a Agência Brasil, o programa Mulheres de Favela desenvolveu-se pela empresa Impact Hub, que também será responsável por realizar pesquisas e capacitações.
A expectativa é capacitar 300 mulheres em cada laboratório, cada um com período de formação prática de 45 dias. Enquanto isso, outras 1.500 participarão de oficinas online e outras atividades.
A Central Única das Favelas (Cufa) é uma parceira do banco no programa.
Através dessa cooperação, a Caixa busca aprofundar seu conhecimento sobre a realidade local e as necessidades da população para implantar estratégias de impacto social. Mulheres e crianças são o principal alvo.
“Essa é a luta que a Cufa tem empreendido, de poder produzir a aproximação da favela com o poder público e realizar políticas que durem”, disse o presidente da Cufa, Preto Zezé, no evento de lançamento do programa.
A presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, reforçou que a ideia é garantir a emancipação das mulheres no empreendedorismo.
“O poder da justiça social, dos programas sociais de um governo comprometido com a população é capaz de mudar vidas. A força da Caixa se une à potência da favela e das mulheres”, disse a executiva.
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