Projeto quer restringir chaves PIX a CPF e CNPJ. Entenda!

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uma pessoa segurando o celular
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Uma nova proposta que está tramitando no Congresso Nacional quer restringir as opções de chave PIX. Pelo texto, o usuário passaria a poder cadastrar comente o CPF ou o CNPJ, no caso de pessoas jurídicas. 

Trata-se do Projeto de Lei 1989/22, de autoria do deputado Vicentinho (PT-SP). As informações são da Agência Câmara de Notícias. 

Atualmente, as pessoas também podem utilizar o número de celular e endereço eletrônico (e-mail) como chave PIX, além da chave aleatória que é gerada para cada transação e tem validade de minutos, e o QR Code. 

A única opção além de CPF e CNPJ que a proposta mantém, é o QR Code. Mas o texto ainda será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

Só então poderá virar lei, se aprovado também no Senado.

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Por que querem restringir a chave PIX a CPF e CNPJ?

O principal motivo para restringir as opções de chave PIX a apenas CPF e CNPJ é a segurança dos próprios usuários. A ideia é diminuir a incidência de golpes que usam dados como telefone e e-mail para serem aplicados. 

“A possibilidade de emprego de número de celular e de endereço eletrônico como chaves PIX tem facilitado a ocorrência de delitos e tem dificultado a identificação e punição dos criminosos”, justificou o deputado Vicentinho.

O parlamentar ainda argumenta que o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) são “dados permanentes que, teoricamente, tornam mais fácil a detecção do destino dos recursos”.

Se a proposta for para frente, pelo menos na forma em que foi apresentada em seu texto original, outra mudança seria a exclusão da chave aleatória, hoje possível para os pagamentos via PIX.

Este é o ponto mais controverso do PL, visto que a chave aleatória é uma das mais seguras e também a preferida dos brasileiros, segundo dados do Banco Central. No entanto, para o deputado, ela dificulta a identificação de remetentes e destinatários.

“Embora criada para oferecer maior segurança, permitindo que não se compartilhe dados pessoais, ela (chave aleatória) também pode ser utilizada para dificultar a identificação das partes da operação de transferência e a consequente apuração do delito”, defende.

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pessoa segurando um celular logado em um aplicativo de pix
PL poderá restringir chaves PIX para dar maior segurança a usuários

Qual é a melhor chave para cadastrar no PIX?

Atualmente, o usuário consegue usar uma das seguintes opções de chave PIX, seja ele pessoa física ou jurídica:

  • CPF ou CNPJ;
  • Número de celular (precisa ser brasileiro);
  • Endereço de e-mail;
  • Chave aleatória (sequência alfanumérica);
  • QR Code.

De acordo com o próprio Banco Central, o CPF e o CNPJ são realmente as chaves mais seguras dentre as opções. Mas isso não quer dizer que as demais apresentam grandes riscos, só são mais suscetíveis a possíveis golpes e enganos.

Acontece que o CPF (e o CNPJ, no caso de pessoas jurídicas) é um documento pessoal e intransferível, ou seja, ele nunca muda. Já um número de celular, por exemplo, pode ser alterado e a pessoa esquecer de mudar a chave no aplicativo do banco.

Por isso, em caso de mudança de dados que sejam sua chave PIX, é importante fazer a exclusão das chaves antigas e cadastrar as novas o quanto antes. Isso pode ser feito rapidamente pelo aplicativo do banco.

Cada cliente pode cadastrar até cinco chaves em uma conta bancária, mas não é possível registrar a mesma chave em mais de uma conta ou em bancos diferentes.

Chave preferida dos brasileiros é a aleatória

De acordo com dados do Banco Central do Brasil, a chave PIX preferida dos brasileiros é justamente a chave aleatória. O motivo, provavelmente, é que os usuários vêem nesta opção maior sentimento de segurança. 

A chave aleatória é realmente segura. No projeto de lei apresentado por Vicentinho, a justificativa de retirá-la é mais para maior facilidade de identificação das partes processos que necessitem identificá-los, como em ações envolvendo delitos. 

A chave aleatória é uma combinação de números e letras com prazo de validade bem curto. Ela é gerada na hora para a realização da transação e depois deixa de ser válida. Por isso, não é necessário cadastrá-la. 

Segundo o BC, 39,8% das chave PIX (mais de 190 milhões) são do tipo aleatórias. A segunda preferida é o CPF, seguida pelo número de celular e, por último, o endereço de e-mail. 

Mas, por enquanto, tudo permanece como está para o usuário. O PL ainda está tramitando na Câmara dos Deputados e só terá algum efeito se for sancionado depois de passar pelas duas casas do Congresso. 

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