A tabela regressiva dos investimentos de renda fixa tem grande importância no planejamento financeiro. Afinal, é ela que determina qual será o desconto sobre os rendimentos de algumas aplicações.
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Não sabe do que estamos falando? Acontece que muitos investimentos de renda fixa sofrem incidência de dois impostos: o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o Imposto de Renda (IR).
A tabela regressiva mostra qual será a alíquota de cada imposto aplicada no rendimento de um título, de acordo com o prazo no qual o dinheiro ficou investido. É chamada de regressiva, porque quanto mais tempo de aplicação, menor é a alíquota cobrada.
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É por isso que dizem que quanto mais tempo o dinheiro fica aplicado nesse tipo de investimento, maior é o rendimento. O desconto dos impostos não é aplicado sobre o valor total investido, mas sim sobre o rendimento no período.
Mas nem todos os investimentos de renda fixa sofrem essas tributações. Além disso, cada imposto tem suas próprias alíquotas, ou seja, sua própria tabela regressiva, como veremos ao longo deste artigo.
Quais investimentos da Renda Fixa são taxados?
Alguns investimentos de renda fixa sofrem incidência do Imposto de Renda e do IOF, como:
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- Tesouro Direto
- Certificados de Depósito Bancário (CDB)
- Letra Financeira (LF)
- Debêntures comuns
No entanto, o IOF só incide sobre o rendimento dessas aplicações se o resgate acontecer antes do 30º dia de aplicação. Ou seja, resgates após 30 dias sempre são isentos do IOF.
Quando o resgate acontece antes desse prazo, são aplicadas as alíquotas da tabela regressiva como veremos mais à frente.
Existem também investimentos que são isentos de Imposto de Renda, como a poupança, por exemplo, LCI, LCA, CRI e CRA.
Porém, é fundamental destacar que o simples fato de alguns investimentos serem tributados não os torna menos atraentes que os investimentos isentos de impostos. A poupança, por exemplo, mesmo sendo isenta ainda dá menos retorno que o Tesouro Direto.
Tabela regressiva da renda fixa
Quando se fala em tabela regressiva da renda fixa, na verdade podemos mencionar duas tabelas: a do Imposto de Renda e do IOF. Cada tributo tem suas próprias alíquotas, portanto são tabelas diferentes.
Tabela regressiva IR:
Prazo do investimento | Alíquota |
De 0 até 180 dias | 22,5% |
De 181 até 360 dias | 20% |
De 361 até 720 dias | 17,5% |
Acima de 721 dias | 15% |
Na prática, funciona assim: se uma pessoa investir no Tesouro Direto, por exemplo, por um prazo de 180 dias, 22,5% do rendimento terá desconto a título de IR. Esse percentual é aplicado somente sobre o rendimento do período e não sobre o total investido.
Se uma aplicação do mesmo tipo ficar aplicada por mais de 721 dias, o desconto será bem menor: 15% sobre o rendimento do período.
Tabela regressiva do IOF na renda fixa:
Dias | Alíquota | Dias | Alíquota |
1 | 96% | 16 | 46% |
2 | 93% | 17 | 43% |
3 | 90% | 18 | 40% |
4 | 86% | 19 | 36% |
5 | 83% | 20 | 33% |
6 | 80% | 21 | 30% |
7 | 76% | 22 | 26% |
8 | 73% | 23 | 23% |
9 | 70% | 24 | 20% |
10 | 66% | 25 | 16% |
11 | 63% | 26 | 13% |
12 | 60% | 27 | 10% |
13 | 56% | 28 | 6% |
14 | 53% | 29 | 3% |
15 | 50% | 30 | 0% |
A tabela regressiva do IOF é bem maior e a variação de alíquotas também é bem mais ampla, pois os percentuais diminuem a cada dia a mais de aplicação. O desconto chega a 96% se o dinheiro ficar só um dia aplicado, por exemplo.
Por outro lado, se o investidor esperar 30 dias para resgatar, não perderá nada de IOF. E se resgatar no 29º dia após a aplicação, o desconto será de apenas 3% sobre o rendimento.
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