
Um token de renda fixa é um ativo digital que representa um ativo real, como títulos de dívida que pagam juros, por exemplo. Esses tokens possibilitam o acesso aos benefícios da renda fixa por meio de uma plataforma blockchain.
Ao contrário das criptomoedas em geral, que são altamente voláteis e especulativas, os tokens de renda fixa oferecem mais estabilidade e previsibilidade aos investidores.
Geralmente, são emitidos com um prazo e taxa de juros definidos, semelhante a um título público. Esses ativos também são conhecidos como renda fixa tokenizada ou criptomoedas de renda fixa.
+ Bradesco faz tokenização com crédito bancário! Você sabe como isso funciona?
Como funcionam os tokens de renda fixa?
Assim como outras criptomoedas, esses ativos são emitidos em blockchain, com a diferença de serem lastreados em investimentos do mercado tradicional.
Esses investimentos podem ser títulos, como já mencionado, recebíveis, precatórios, consórcios e até energia. Portanto, a rentabilidade fica baseada nesses ativos.
Isso faz com que o ativo digital tenha características parecidas com a de produtos de renda fixa. Ou seja, não oferecerão ganhos extraordinários, mas terão mais garantia de retorno conforme a taxa pré-fixada, mais seguros.
De acordo com informações do Infomoney, tokens do tipo podem ter um retorno de 17% a 19% ao ano, ou cerca de 1,5% ao mês.
Os tokens de renda fixa funcionam em contratos inteligentes e possuem regras de pagamento gravadas na blockchain. Portanto, informações podem ser consultadas publicamente.
Ativos têm atraído a atenção de investidores
Os tokens de renda fixa estão atraindo cada vez mais investidores. Um dos principais motivos é o fato de que possibilitam levar ao varejo os produtos que normalmente estão disponíveis apenas para investidores qualificados.
Os investidores em geral, não possuem acesso a esses ativos, porque normalmente são restritos aos Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC).
Isso é possível graças à tokenização, tecnologia que permite que ativos “do mundo real” sejam transformados em ativos digitais e fragmentados em partes para facilitar a sua negociação.
A tokenização tem crescido bastante no Brasil, especialmente de 2022 para cá, em parte graças aos sandboxes regulatórios organizados pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Um relatório da gestora VanEck com previsões para 2023 aponta o Brasil como potencial líder dos esforços de tokenização para este ano. E a tendência é que isso cresça, visto o interesse de instituições financeiras na tecnologia e dos investidores por tokens mais seguros.

Vale a pena investir em tokens de renda fixa?
Os ativos digitais de renda fixa são mais acessíveis, oferecem muito menos risco que as criptomoedas normais e ainda possuem retornos positivos. No entanto, é importante para o investidor saber que esse mercado também tem seus contras.
Uma desvantagem é a própria falta de regulamentação do setor de criptomoedas em muitos países, o que deixa os investidores vulneráveis a riscos fiscais. Além disso, a incidência de golpes envolvendo tokens de renda fixa ainda é considerável.
Cabe destacar ainda que o próprio setor ainda é um pouco nebuloso para pessoas leigas, que ainda não sabem como investir em criptomoedas e isso pode ser uma barreira em termos de acessibilidade.
Mas as vantagens também são variadas, a começar pelo custo menor. A tecnologia blockchain permite processos automatizados que resultam em barateamento da aplicação, sem necessidade de um intermediário, o que não acontece com títulos públicos, por exemplo.
Outro ponto é que esses tokens são negociáveis em mercados secundários, o que implica em maior liquidez. Mas tudo isso sem perder a previsibilidade das taxas prefixadas. A transparência das transações registradas em blockchain também é uma vantagem.
E você? O que acha desta tendência? Investiria em tokens de renda fixa? Então compartilhe sua opinião nos comentários!