
Pesquisa recente do C6 Bank/Ipec aponta que 69% dos brasileiros com acesso à internet afirmam que precisam entender melhor sobre o que é o open banking. Os mesmos ainda disseram que vão decidir se vão ou não compartilhar dados bancários.
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O levantamento aponta ainda que 33% dos entrevistados mostram-se interessados em compartilhar seus dados pessoais com instituições financeiras em troca de economia com tarifas e taxa de juros. Outros 43% ainda têm receio de autorizar o compartilhamento.
As mulheres e os entrevistados com mais de 55 anos são os grupos mais receosos. Entre elas, 46% responderam que não têm interesse em compartilhar seus dados com instituições financeiras.
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Na faixa de 55 anos ou mais, esse percentual é de 51%. Os consumidores entre 25 a 34 anos, por outro lado, são os mais propensos a compartilhar dados em troca de benefícios financeiros.
O que é open banking?
O Open Banking é uma tendência mundial. Ele consiste em um conjunto de regras e tecnologias definidas, que no país foram estipuladas pelo Banco Central.
Essas regras permitirão que dados, produtos e serviços financeiros dos clientes sejam compartilhados para além das fronteiras das instituições financeiras.
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Um dos princípios fundamentais do Open Banking é o controle das informações pelo próprio cliente. Portanto, ele vai ter a autonomia para decidir como, quando e com qual instituição participante deseja compartilhar os seus dados.
No Brasil, a jornada teve início no dia 1º de fevereiro de 2021. Nessa fase há a disponibilização dos dados entre as próprias instituições financeiras.
Elas deverão apresentar as informações de seus canais de atendimento (locais físicos e virtuais) e de seus produtos e serviços, incluindo as taxas e tarifas de cada produto e serviço ofertado.
+ Open Banking e banco digital: quais as diferenças?
Outras fases
Com início previsto para 15 de julho, a segunda fase do Open Banking permitirá que o consumidor possa compartilhar seus dados com instituições de sua escolha/preferência.
Ou seja, caso deseje, o consumidor poderá revogar o consentimento desse compartilhamento a qualquer momento.
Com data de implementação prevista para 30 de agosto, a fase três permite que os consumidores tenham acesso a serviços financeiros.
Tais quais pagamentos e encaminhamento de propostas de crédito. Tudo sem a necessidade de acessar os canais das instituições financeiras com as quais eles já têm relacionamento.
Por fim, a fase 4 visa a ampliação de dados, produtos e serviços. Ela tem implementação prevista para 15 de dezembro.
Esta fase prevê a inclusão de novos dados que poderão ser compartilhados. Além de novos produtos e serviços, tais como contratação de operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência privada.
Contudo, a tendência é que o Open Banking evolua para que mais dados, produtos e serviços sejam incorporados.
“Essas soluções também vão se traduzir em vantagens para os clientes, principalmente em redução de tarifa e spread, mas esses benefícios precisam de um tempo maior para se tornarem tangíveis para o consumidor”, afirma o head de produto e pessoa física do C6 Bank, Maxnaun Gutierrez.
Benefícios do Open Banking
O Open Banking tem como foco o aumento da praticidade do usuário. Mas existem outros tipos de benefícios que podemos encontrar. Entre eles temos:
1 – Eficiência
Imagina que você possui um aplicativo por onde controla todos os seus gastos mensais. Com o Open Banking você poderá conectar esse APP com o sistema do seu banco. Com isso você ganha muita eficiência no gerenciamento do seu patrimônio no dia a dia.
2 – Liberdade para o Cliente
Chega de toda aquela burocracia que existe quando você decide mudar de banco.
Todos os seus dados estão disponíveis no mercado, logo, não será necessária uma nova análise do seu perfil em processo de abertura de conta e concessão de crédito.
3 – Competição Entre as Instituições
Aos poucos o sistema bancário brasileiro tem se tornado mais competitivo com a entrada dos bancos digitais.
Com o surgimento do Open Banking, novos produtos podem surgir e junto com eles novas empresas que buscam facilitar e agregar valor ao seu cliente.

É seguro?
O ecossistema integrado do open banking foi desenvolvido para proporcionar um ambiente seguro aos usuários. Nesse contexto, as instituições participantes precisam cumprir uma série de requisitos que garantam a autenticidade, a proteção e o sigilo dos dados compartilhados.
Estão previstos mecanismos de acompanhamento e controle. Eles seguirão regras específicas para responsabilizar as empresas e seus dirigentes, em caso de irregularidades.
Também vale lembrar que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor no ano passado.
Ela prevê punições severas para quem utilizar informações dos usuários de maneira indevida, ou então para empresas que tiverem esse material exposto após uma falha na segurança.
Junto a isso, o Banco Central orienta que o fluxo de autorização para compartilhamento de dados siga outros protocolos já adotados pelas instituições. Entre eles estão senha, biometria ou reconhecimento facial.
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