Mais uma vez o Brasil atingiu a maior taxa anual de famílias endividadas, agora no mês de outubro. Essa informação é de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Mas quais seriam as principais causas da inadimplência no Brasil?
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Antes de falarmos disso, é importante que você saiba que já são 30,3% a proporção de famílias com contas atrasadas. Esse número representa um aumento de 0,3 ponto porcentual na comparação mensal e de 4,6 p.p. na relação com igual período de 2021.
O estudo ainda mostrou que também ocorreu um aumento no percentual de famílias que afirmaram ter dívidas a vencer. Para se ter uma ideia, a proporção de endividados chegou a 79,2% em outubro.
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No mesmo período do ano passado, esse número era de 74,6%. Mas quando comparamos com o mês de setembro deste ano, houve uma queda de 0,1 ponto.
É claro que existem diversos fatores que estão contribuindo para a inadimplência no Brasil crescer de forma desenfreada. Principalmente após a crise causada pela pandemia do Coronavírus em 2020 e 2021.
O desemprego, descontrole financeiro, menor renda familiar. Tais fatores podem levar a contas em atraso e juros altos.
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O “nome sujo”, constando em cadastro de restrição de crédito, como o SPC, pode representar prejuízos. Como a eliminação em uma seleção de emprego, a vaga em um concurso público ou abertura de uma conta corrente.
A inadimplência no Brasil pode acontecer tanto em pessoas físicas quanto jurídicas. E pior: esse pode ser um círculo vicioso e que muitos não veem esperanças.
Quais são as causas da inadimplência no Brasil?
É bem provável que você já tenha em mente alguns fatores que estejam causando a inadimplência no Brasil. Talvez você mesmo esteja inserido em uma das causas que iremos citar abaixo.
Desemprego
O desemprego pode ser considerado a principal e mais comum causa da inadimplência dos brasileiros. E em um cenário em que o número de pessoas sem emprego só aumenta, as dívidas crescem na mesma proporção.
Os juros altos e a inflação prejudicaram alguns setores altamente financiados. O que gera, com o passar do tempo, uma massa de empresas devedoras aos bancos ou fornecedores.
As instituições financeiras, por sua vez, restringem o crédito e comprometem o mercado ainda mais.
Menor renda familiar
Se uma pessoa na família perde o emprego, consequentemente, a renda familiar diminui. E mesmo com recursos reduzidos ou salários em atraso, as contas permanecem.
A solução para muitos é priorizar alguns pagamentos e deixar por último os que, na teoria, podem ser renegociados.
Caso as dificuldades financeiras se aprofundem, é provável que o devedor se perca em meio a tantas contas para serem pagas tardiamente.
A depender do credor, são necessários apenas dois meses para que o nome entre na lista dos inadimplentes.
+ Inadimplência e endividamento: entenda quais são as diferenças
Mesmo quem conseguiu um emprego e realocação no mercado pode ter aceitado receber menos para não continuar parado.
Em consequência, a redução da renda familiar é vista em todas as regiões do país. Milhões de reais, por exemplo, deixaram de entrar nos orçamentos das famílias.
Descontrole financeiro
A falta de controle financeiro também é uma das causas para “sujar o nome” de um devedor. Nas empresas de telefonia, por exemplo, essa negativação pode ocorrer em 90 dias sem pagamento.
Já no setor financeiro, apenas 45 dias em atraso levam a uma pendência no CPF.
Dessa forma, é possível perceber que um descuido na vida financeira pode representar o início da inadimplência.
Ter as contas no vermelho pode sim ser resultado de fatores alheios à vontade do indivíduo, como o desemprego.
No entanto, há casos em que pode ser consequência dos hábitos familiares.
A recomendação, portanto, é ter um controle maior dos gastos. Como uma planilha com o quanto pode gastar, além de estabelecer uma reserva de emergência.
Dessa forma, ter um dinheirinho guardado pode salvar essas situações no vermelho.
Acúmulo de parcelamentos
Você costuma fazer muitas compras e parcelar? Saiba que a fatura do seu cartão de crédito chega e ela pode vir com o valor alto, mesmo que as parcelas sejam pequenas. É que de parcela em parcela, isso se torna um valor.
Essa é uma causa que tem origem na falta de controle, o item anterior desta lista.
Com isso, você pode acabar tendo dificuldades de pagar o valor da fatura do seu cartão e tendo que parcelá-lo. E nem precisamos lembrar que o parcelamento costuma cobrar juros altos.
Quantas dessas causas já afetaram suas finanças? Conte aqui nos comentários!
*Colaboração: Juliana Favorito