
O Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) é uma boa opção de investimento em renda fixa.
Anúncios
Ao aplicar em um CRI, o investidor ajuda a financiar o mercado imobiliário, antecipando os créditos que o setor receberá. Em troca, o CRI representa a promessa de um pagamento futuro.
E como funciona? É fácil! Em geral, uma incorporadora que possui um empreendimento em construção vende as unidades antes da finalização da obra.
Anúncios
No entanto, essa construtora não espera o pagamento da totalidade das parcelas dos compradores.
A empresa se antecipa e contrata uma securitizadora, que é a empresa responsável por transformar as dívidas em títulos de crédito, nos quais os investidores podem aplicar seu capital.
A partir daí, a incorporadora receberá recursos sem ter que esperar o vencimento das parcelas.
Anúncios
Já quem investe em um CRI recebe uma rentabilidade do valor aplicado de acordo com um prazo pré-determinado, como também é o caso em outros produtos de renda fixa.
O pagamento pode acontecer tanto no vencimento da aplicação quanto periodicamente, de acordo com a especificação do título.
+ Tesouro Direto: saiba qual a melhor opção para você
Como funciona o Certificado de Recebíveis Imobiliários?
Além de serem títulos aplicados à renda fixa relacionada ao setor imobiliário, o Certificado de Recebíveis Imobiliários ainda possui prazos de vencimento longos: cerca de 3 a 5 anos.
Essa característica é inerente ao CRI porque as documentações desses empreendimentos possuem um período que corresponde a prazos mais longos.
Por exemplo as papeladas da construção de um prédio comercial. Os papéis, por conseguinte, possuem baixa liquidez.
Por esse motivo é fundamental que você entenda o seguinte: esse tipo de aplicação não é recomendado para quem deseja obter retornos financeiros rápidos ou rendimentos de alta lucratividade em um curto período de tempo.
Rentabilidade
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários, no que diz respeito à rentabilidade, são padronizados de acordo com os demais investimentos em renda fixa. Ou seja, podem apresentar previsões de quanto renderá o capital investido por você.
Veja abaixo os modelos de remuneração do CRI:
1- Pré-fixada
Nesse modelo, a taxa de juros é bloqueada no momento em que você compra. Dessa forma, o investidor consegue dizer a porcentagem de rentabilidade que o seu investimento terá até o ano de vencimento.
2 – Pós-fixada
O modelo pós-fixado vincula a rentabilidade a um indicador, como o CDI. Por esse motivo, quando o indicador muda, o retorno da aplicação também é modificado – podendo variar para mais ou para menos.
Os CRIs que estão vinculados a índices como o IPCA também possuem rendimento pós-fixado. A diferença é que nesse modo as parcelas são divididas da seguinte forma:
- Parcela de Remuneração pré-fixada: uma taxa mínima de rendimento.
- Remuneração pós-fixada: vinculada ao índice.
- Imposto de Renda: os CRIs são isentos de Imposto de Renda. Por isso, o valor da rentabilidade é igual ao valor líquido que retorna do seu investimento.
+ Fundos imobiliários: veja quais os tipos e como investir
Como comprar um CRI?
A compra de um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) pode ser feita através de duas modalidades: um fundo de CRI ou direto. Descubra como aqui:
Compra direta
Através da corretora de sua preferência, você tem acesso a diversos títulos à venda no mercado. Com base nos seus conhecimentos e interesses, a compra dos papéis pode ser feita diretamente e online.
Esse tipo de modalidade por atender algumas preferências é recomendada para quem deseja ter domínio da própria carteira de CRI e prefere escolher a empresa específica que deseja investir, além de não ver as flutuações no valor.
Através de um fundo
Diversas opções de Certificados de Recebíveis Imobiliários estão disponíveis na plataforma da sua corretora para aquisição direta, com rentabilidade e prazos diferentes.
Contudo, se você é um investidor inicial, os Fundos de CRI são mais desejáveis. Ao invés de realizar a compra direta, um fundo o seu investimento possibilita a compra dos melhores papéis disponíveis.
Isso acaba sendo uma maneira de realizar a gestão da sua carteira com apoio de especialistas que alocam seu dinheiro nas oportunidades mais recomendadas.
Os fundos de CRI são negociados na bolsa de valores, portanto as flutuações podem ser acompanhadas minuto a minuto pelo investidor.
A rentabilidade das duas modalidades depende do momento, então é necessário avaliar caso a caso para decidir qual paga mais.

Vantagens e riscos de investir em CRI
O primeiro benefício já é o potencial de retorno. Por exemplo, em comparação com títulos públicos, os certificados de recebíveis podem pagar mais, considerando o mesmo período de aplicação.
Outra vantagem é a isenção do Imposto de Renda. Enquanto títulos do Tesouro e Certificados de Depósito Bancário (CDBs) têm IR, por exemplo, os CRIs não são tributáveis.
Esses certificados são aplicações com um risco um pouco maior que outras opções de renda fixa, permitindo aumentar a diversificação e o retorno médio.
Em contrapartida, existem alguns riscos nessas opções de investimento. Uma desvantagem é o fato de que CRIs não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Esse fundo devolve até R$250 mil por investidor caso uma instituição que emite papéis como LCIs e LCAs, ou até CDBs e poupança, caso tenham problemas financeiros.
Você gostou deste texto e ele foi relevante para você? Então siga o FinanceOne nas redes sociais e esteja sempre atualizado sobre o mercado financeiro. Estamos no Facebook, Instagram e Linkedin.