
Uma das principais críticas às criptomoedas, principalmente ao Bitcoin, é o impacto ecológico negativo. Mas e se fosse criada uma criptomoeda ecológica? Esse era o propósito da Chia Coin.
Lançada em maio do ano passado, a Chia ficou mundialmente conhecida por não utilizar GPUs para processar e validar transações. Por isso foi considerada mais amigável ao meio ambiente, já que demanda menos energia.
A nova tecnologia foi criada pela empresa Chia Network, fundada em 2017 com foco justamente na redução das implicações ambientais da mineração de moedas digitais.
Inclusive, um dos sócios da companhia é Bram Cohen, o cara que inventou o sistema de compartilhamento de arquivos ponto a ponto BitTorrent.
Embora a ideia seja atrativa em um primeiro momento, a Chia não teve tanto sucesso. Quer saber mais sobre ela? Então continue lendo o artigo!
Por que a Chia é uma cripto ecológica?
As preocupações ambientais sempre foram uma grande questão na geração de criptos, como o próprio BTC.
Acontece que esse processo utiliza uma força computacional (por meio de processadores e placas de vídeos potentes) que demanda muita energia para realizar as transações.
É aí que entra a Chia Coin, com a proposta de um processo de mineração que utiliza uma parte do hardware dos computadores que não necessita de tanta energia.
Ao invés dos GPUs, a cripto pode ser minerada com HDs e SDDs, a parte responsável pela memória dos computadores. Ou seja, pode ser minerada até em notebooks.
Assim como outras moedas digitais, a Chia é executada em um sistema blockchain. A principal diferença é o método: ao invés do Prof of Work, usa prova de espaço e tempo para verificar transações, que é mais eficiente energeticamente.

Como minerar Chia Coin?
Para minerar Chia Coin é necessário baixar a plataforma de transação blockchain chamada Mainnet, no site da rede. Como não consome muita energia, é possível ligar o computador e utilizá-lo para outras tarefas.
Mas há um “porém”. Em pouco tempo a memória estará cheia e será necessário o uso de um SSD ou HD extra.
É aí que começam os problemas da Chia. A criptomoeda acabou causando falhas em escala em dispositivos de armazenamento utilizados para a mineração.
Acontece que esses dispositivos possuem um limite de dados que podem ser gravados sem que afete a sua vida útil. Mas a mineração excedeu esse limite, o que resultou em diversos SSDs descartados em cerca de 40 dias de uso.
No longo prazo, a mineração acabou não se sustentando tão bem. Alguns fabricantes buscaram formas de tornar as peças mais resistentes, como a marca taiwanesa TeamGroup.
A empresa chegou a anunciar um disco SSD que aguenta maior quantidade de terabytes regravados e ainda com 12 anos de garantia. Mas ainda assim a cripto não foi muito para frente.
Quanto vale a Chia Coin? Vale a pena?
A Chia Coin já chegou a US$1,7 mil, mas em apenas três meses recuou para US$220. Hoje está em aproximadamente US$80 (ou seja, cerca de R$427). Com isso, muitos mineradores foram abandonando o processo.
A ideia de mineração verde chamou a atenção da mídia no mundo inteiro, principalmente por ser a primeira experiência “ecológica” nessa atividade. Porém, não decolou.
Depois do boom inicial, a moeda digital caiu bastante e os mineradores acabam dando preferência para outras plataformas.
Além disso, um estudo de julho do ano passado da empresa Backblaze já indicava que a mineração da Chia não seria tão lucrativa quanto se poderia pensar.
Os mineradores poderiam conseguir 250 mil dólares em uma semana com 150 PetaBytes de espaço em disco. Mas o montante gerado a partir da décima sexta semana seria de zero.
Gostou do conteúdo? Então confira também: Como minerar Bitcoin? Confira o guia completo!
Só gostaria de entender de onde tiraram que a Chia é um criptoativo da China. Só porque tem 4 letras iguais? Leu em algum lugar e colocou no título do artigo? Deveriam corrigir isso aí.
Olá, Zargo! Tudo bem?
A fonte da informação é o Portal BTC, da Uol. Vamos checar se houve equívoco. Obrigado pelo feedback!