A procura pela mineração de criptomoedas ficou em alta após a valorização das moedas digitais. Porém, engana-se quem acredita que esse processo resume-se a descobrir ou fabricar novas moedas.
É um conjunto de ações para validar e processar as transações de uma moeda digital localizada na cadeia de blocos – blockchain. Em resumo, mineração de criptomoedas é a tarefa de encontrar a chave que criptografa os blocos, chamadas de “hash”.
Isso porque esses blocos atuam como um livro de registros, onde cada transação é registrada de forma cronológica e linear. E toda vez que um hash é encontrado por um minerador, por exemplo, ele informa na rede.
Assim, outros mineradores passam a trabalhar hash do próximo bloco. No caso do Bitcoin, por exemplo, toda vez que um minerador encontra um bloco válido, ele é recompensado com 12,5 Bitcoins.
Contudo, este trabalho requer esforço e custo computacional. Isso garante a complexidade para escrever novos blocos de transações no registro, evitando que um cibercriminoso possa gerar um bloco falso e o adicione à rede ou que modifique um bloco existente.
Vale lembrar, no entanto, que nem todas as criptomoedas funcionam da mesma maneira. A seguir, veja quais são os tipos de mineração.
Os 4 tipos de mineração de criptomoedas
1. Mineração com CPU
As versões iniciais do software do Bitcoin permitiam aos usuários utilizarem suas próprias CPUs para minerar. Atualmente esse tipo de mineração é inviável.
Isso porque um computador de última geração pode computar 20 milhões de hashes por segundo (MH/s). Com essa velocidade seriam necessários centenas de milhares de anos em média, para encontrar um bloco nos dias atuais.
2. Mineração com GPU
Essa opção é drasticamente mais rápida e mais eficiente que a mineração com CPU. Placas gráficas de alto desempenho calculam algo em torno de 200 milhões de hashes por segundo (MH/s).
Mesmo assim ainda seriam necessários mais de 300 anos em média para encontrar um bloco.
3. Mineração profissional
Ela é realizada por data centers. Países como a Georgia, Estados Unidos e a Islândia têm se tornado destinos populares para instalações de grandes centros de mineração de Bitcoin.
Ao escolher onde instalar um centro de mineração, existem três fatores a serem considerados:
– clima;
– custo da eletricidade;
– posição na rede Bitcoin.
Desta forma, é preciso um clima frio para resfriar o equipamento de forma a diminuir os custos de refrigeração.
4. Mineração em nuvem
A mineração de Bitcoin em nuvens permite que as pessoas possam ganhar moedas sem hardware de mineração, sem software de mineração e sem gastos com eletricidade.
Também chamada de Bitcoin Cloud Mining, a tecnologia permite que você alugue o serviço de mineração de empresas que possuem os equipamentos necessários para minerar a criptomoeda.
É permitido fazer mineração de criptomoedas?
O Brasil não é um país que proíbe expressamente as moedas virtuais, como ocorre em outros lugares. No entanto, não possui uma regulamentação específica sobre elas.
Mesmo inexistindo regulamentação, a Receita Federal, no guia sobre a Declaração de Renda da Pessoa Física de 2017, divulgou que as moedas virtuais, ainda que não sejam consideradas moeda nos termos do marco regulatório, devem ser relatadas.
O órgão diz que elas devem constar como outros bens na Ficha de Bens e Direitos na declaração do imposto de renda. Isso porque elas seriam equiparadas a um ativo financeiro.
O que é uma pool de mineração?
Você dificilmente vai conseguir fazer mineração de criptomoedas em casa. Por isso, escolha uma pool que realize essa tarefa para você.
Uma pool é uma espécie de cooperativa. A empresa fornece um serviço que consegue unir os esforços de diversos mineradores na tarefa de encontrar os blocos. Portanto, aumenta suas possibilidades de ganho.
Ao encontrar um bloco, a pool faz uma distribuição da recompensa, proporcional à participação de cada membro. Porém, a maioria delas encontra-se no exterior.
Quais são os melhores pools de mineração?
1. AntPool
Originária da China, essa pool é mantida pela BitMain. Ela já minera cerca de 15% dos blocos em carteiras Bitcoins.
2. DiscusFish/F2Pool
Também com sede na China, essa pool faz, hoje em dia, a mineração de aproximadamente 12% dos blocos existentes.
3. BitFury Pool
A mineração desse também é de 12% dos blocos espalhados por aí, com a diferença de que essa mineração acontece em três centros de processamento de dados espalhados pela República da Geórgia.
Porém, trata-se de um pool privado, não tendo como se juntar a ele (pelo menos, por enquanto).
4. BTCC
Terceira maior casa de câmbio de Bitcoins da China. Sua área de mineração alcança cerca de 7% do total de blocos.
5. ViaBTC
Essa pool é relativamente nova. No entanto, já mostra ótimos resultados de mineração. Ela lançou uma nova exchange, permitindo a comercialização de Bitcoin e Ethereum para usuários na China e mundo.
Japão e Islândia são os novos paraísos das criptomoedas
O Japão está, rapidamente, se tornando um centro global para empresas de blockchain e Bitcoin. Grandes locais começaram a entrar no setor, com alguns deles operando corretoras de criptomoedas.
Entre essas empresas estão a Rakuten, Line, SBI, DMM e GMO Internet.
No entanto, uma pequena nação europeia também está começando a assumir um lugar de destaque no mercado: a Islândia. O país, por exemplo, começou a usar mais eletricidade no processo de mineração do que para abastecer todas as suas residências.
Uma das maiores vantagens da Islândia é a facilidade de gerar energia. Por ter uma grande quantidade de vulcões em sua área, a geração de energia fica mais fácil e, consequentemente, mais barata. Isso tem atraído muitas pessoas a criarem grupos de mineração no país.
Já na América do Sul, o destaque fica para o Paraguai. O país vizinho atrai cada vez mais brasileiros com seu projetos e incentivos na área de mineração de criptomoedas.
O que achou do nosso texto sobre a mineração de criptomoedas? Bom? Continue visitando o nosso site e leia agora mesmo: “qual valor mínimo para investir em Bitcoin e outras criptomoedas” para ficar ainda mais por dentro do assunto!
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