Dia Nacional da Economia Solidária: entenda o que é e como funciona

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Grupo de pessoas com as mãos umas sobre as outras
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Em 14 de dezembro é comemorado o Dia Nacional da Economia Solidária. Mas você sabe o que isso significa? Como ela funciona?

Esse movimento é baseado na solidariedade, igualdade e autogestão. Mas não se trata apenas de um conceito distante, ele já mobiliza aproximadamente R$12 bilhões no Brasil. 

Além disso, existem mais de 20 mil empreendimentos desse tipo cadastrados. Os dados são da Incubadora de Empreendimentos Sociais e Solidários da Universidade Federal de Ouro Preto (Incop). 

A economia solidária está transformando o modo como muitas empresas pensam seus produtos, serviços e processos. Mas, principalmente, seu posicionamento diante da sociedade em transformação.

Continue lendo para entender melhor o tema!

O que é Economia Solidária?

Todas as iniciativas de desenvolvimento social e econômico de forma conjunta podem ser consideradas Economia Solidária.

Esse termo se refere a um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar produtos e serviços. As principais características são:

  • Cooperação, interesses e objetivos comuns, união dos esforços entre os membros;
  • Autogestão, ou seja, todos os membros são como sócios (falamos mais sobre isso a seguir)
  • Caráter de solidariedade em todos os níveis, desde a justa distribuição dos resultados alcançados, até a preocupação com o bem estar dos trabalhadores e consumidores

Muitos consideram essa economia uma proposta inovadora para o futuro. 

Afinal, é uma alternativa de geração de trabalho e renda a favor da inclusão social. Justamente o que o mundo precisa e é por isso que está cada vez mais popular.

E esse movimento tem crescido de forma rápida, não apenas na Europa e no Brasil, mas também em diversos outros países.

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Confira exemplos

Falar em Economia Solidária pode parecer utópico e um pouco difícil de entender como isso acontece na prática, como movimenta dinheiro. 

No dia a dia, podemos encontrar esse tipo de economia na forma de alguns segmentos como:

  • Associações
  • Cooperativas
  • Empresas Autogestionárias
  • Grupos de Produção
  • Clubes de Troca
  • Grupos Informais etc

Podem ser empreendimentos de qualquer tipo, desde atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo até consumo solidário.

Alguns exemplos de economia solidária são: usinas de reciclagem, os centros de tecnologia, empreendimentos de artesanato local, empreendimentos  que visam o desenvolvimento local etc.

Ilustração com pilhas de moedas com brotos de folhas em cima
Economia Solidária já movimenta R$12 bilhões no Brasil

O que são empreendimentos econômicos solidários?

Todas as formas concretas de manifestação da Economia Solidária são chamadas de empreendimentos econômicos solidários (EESs). 

Geralmente, o seu capital é constituído por cotas, distribuídas igualmente entre os membros. Ou seja, todos são sócios do empreendimento.

Por isso se diz que são empreendimentos de autogestão. Afinal, todos os que trabalham são donos e todos trabalham. Não é uma relação de patrão e empregados como em empresas tradicionais.

Existem empreendimentos solidários de várias áreas econômicas. Em geral, são associações ou cooperativas agropecuárias, industriais, de transporte, artesanato, educação escolar, hotelaria, ecovilas e outras iniciativas.

Como é a Economia Solidária no Brasil?

Como mencionado no início do artigo, no Brasil, a Economia Solidária já movimenta mais de R$12 bilhões ao ano e tem mais de 20 mil empreendimentos cadastrados.

Em 2020, inclusive, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou uma proposta de emenda à Constituição que inclui esse tipo de economia entre os princípios da ordem econômica nacional.

Esse foi um passo fundamental para o movimento que se torne efetivamente uma política de Estado e contribua para a redução de desigualdades e exploração. 

Quais são as vantagens da economia solidária?

Você já descobriu que a economia solidária é uma forma nova de empreender. Não visando lucros ou colocação no mercado, mas sim o desenvolvimento socioeconômico como um todo. 

Mas é importante destacar as vantagens que a aplicação desse movimento pode trazer não apenas para as comunidades onde ele está inserido, mas para a economia e o país como um todo:

  • organização aberta e democrática
  • ausência da relação patrão-empregado
  • preservação de valores culturais e solidariedade
  • cooperação sem hierarquia entre os membros
  • maior participação social dos membros
  • inclusão social
  • sustentabilidade
  • incentivo ao comércio e consumo locais, entre outros benefícios

“A economia solidária é uma alternativa inovadora na geração de trabalho e na inclusão social, na forma de uma corrente do bem que integra quem produz, quem vende, quem troca e quem compra. Seus princípios são autogestão, democracia, solidariedade, cooperação, respeito à natureza, comércio justo e consumo solidário.”

Senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Agência Senado

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2 COMENTÁRIOS

  1. Artigo super explicativo! Me ajudou muito na pesquisa e esclareceu várias dúvidas… Obrigada por sua contribuição!

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