Saiba como ganhar dinheiro jogando videogame

Ganhar dinheiro jogando videogame é o que muitos jovens estão fazendo em todo o mundo. Eles têm aproveitado que este é um mercado promissor e que movimenta bilhões anualmente.

Um relatório de 2019 da SuperData, especializada nas movimentações financeiras da indústria de games, revela números bem expressivos.

Por exemplo, que as plataformas mobile foram responsáveis pelo maior nível de arrecadação do mercado de games – faturando US$64,4 bilhões naquele ano.

Conteúdos relacionados a jogos em plataformas de vídeo, como Twitch, Mixer, Facebook e YouTube foram responsáveis pela arrecadação de US$6,5 bilhões. Assim como a de realidade virtual e aumentada, que movimentaram US$6,3 bilhões.

E essa realidade só tem aumentado nos últimos tempos. Ganhar dinheiro com games tem deixado de ser apenar um hobby.

Ganhar dinheiro jogando videogame já é uma realidade no Brasil

No Brasil, o mercado de games movimentou US$175,8 bilhões em 2021, cerca de R$5,6 bilhões. Os dados são da consultoria Newzoo.

É importante dizer que este montante chega a representar uma pequena queda de -1,1% se comparado a 2020. Entretanto, a projeção do desempenho para os próximos anos é de alta, que deve movimentar mais de US$200 bilhões em 2023.

Quem acha que a indústria de jogos online é uma exclusividade masculina está enganado. Dados da Comscore mostram que o público gamer atualmente é formado 51% por homens e 49% por mulheres, mostrando mais igualdade entre os gêneros dos jogadores.

Entre os que passam mais tempo online, homens e mulheres com mais de 45 e 35 anos, respectivamente, estão à frente dos mais jovens. Nesta faixa etária, o alcance é maior entre o sexo masculino com idade entre 15 e 24 anos.

A pesquisa “Mercado de games no digital”, elaborada pela Comscore, aponta que 61% dos brasileiros que ocupam cargos de direção ou alta direção também são gamers e 25% deles declararam possuir aparelhos de videogames.

Além disso, entre os jogadores que declararam ser os primeiros a adquirir novos equipamentos eletrônicos, 70% acessam a categoria de jogos on-line, mostrando um forte impulso por seu consumo.

Já entre as classes sociais, o estudo revela que a maioria dos usuários brasileiros de jogos eletrônicos está entre as classes AB (46%) e C (43%). Apenas 11% do público gamer se encontra na classe D.

Mercado de trabalho gamer em alta

Esses números se refletem ainda no mercado de trabalho e mostram que é possível ganhar dinheiro jogando videogame.

Segundo o 2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais (IBJD), o número de desenvolvedoras de jogos cresceu 164% de 2014 (quando foi feito o primeiro censo) até 2018. Saltaram de 142 para 375.

Essas companhias empregavam 2,7 mil pessoas, uma alta de 144% em relação a 2014.

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Boa parte dessas empresas está na região Sudeste. O destaque é o estado de São Paulo, com 91 desenvolvedoras de jogos digitais formalizadas e 27 não formalizadas.

No Rio de Janeiro, são 26 formalizadas e 14 não formalizadas. Em Minas Gerais, são 25 formalizadas e sete informais.

Campeonatos têm premiações altas

Os grandes eventos são grandes oportunidades para ganhar dinheiro jogando videogame. Neles, os jogadores profissionais que se destacam nas competições são cercados por multidões e bajulados como celebridades.

O League of Legends, maior e-sport do mundo, atrai 100 milhões de jogadores por mês. E os prêmios são generosos.

O time vencedor do campeonato mundial embolsa U$2,4 milhões. No ano passado, o adolescente americano Kyle Giersdorf, campeão mundial de Fortnite – outra febre entre os fãs dos games – ganhou US$3 milhões como prêmio.

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A possibilidade de receber remunerações generosas para jogar videogame, é claro, faz os olhos de muitos jovens brilharem.

De olho nesse mercado milionário, algumas empresas já apostam no setor, montando seus próprios clubes de esportes eletrônicos.

Descubra como é a rotina de um gamer profissional

Se você acha que um gamer profissional é só chegar em uma competição e jogar está muito enganado. Assim como qualquer atleta, os gamers participam de times patrocinados e, geralmente, eles passam o dia estudando e treinando novas técnicas.

Sim, esses profissionais precisam estudar e treinar os outros competidores, assim como qualquer outro esporte. Por conta disso, a procura por cursos de games no Brasil tem crescido ano após ano.

E existe até uma casa para eles, as Gaming Houses, que são para os jogadores que possuem uma rotina de oito a 12 horas de prática de jogos e de estudo com a orientação de um técnico. Além das análises das partidas dos adversários e discussões de estratégias.

Nessas casas os gamers profissionais contam com computadores de última geração conectados à internet, salas climatizadas, refeições planejadas por nutricionistas, entre outras vantagens.

E é claro que a saúde mental e física deles também é prioridade para os técnicos e times. Por esse motivo eles frequentam a academia e recebem atendimento psicológico.

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*Colaboração: Mateus Carvalho