Quem nunca sonhou em trabalhar com a criação de games que fizeram parte da infância? Esse sonho já é realidade e, inclusive, fonte de renda para muitos brasileiros. De acordo com uma pesquisa realizada pela escola ZION, é cada vez maior a procura por cursos de games no país.
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Somente no primeiro semestre de 2018, houve um aumento de 13% de vagas de estágios na área. Além disso, também foi registrado um crescimento de 73% de novas vagas de emprego para o setor desde 2015.
Com o atual cenário econômico do país, os brasileiros foram obrigados a buscar novas formas de ganhar dinheiro para ajudar ou até mesmo aumentar a renda familiar. Dessa forma, a procura por cursos de games no país também fez com que as pessoas acabassem mudando de profissão.
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Você deve estar se perguntando o que pode ter ocorrido para que o mercado de games aquecesse tanto, mesmo na crise, certo? De acordo com Rogério Félix, criador e coordenador da formação ZGames da rede ZION, o medo de que os games façam mal à saúde diminuiu nos últimos anos.
“Hoje temos pesquisas que apontam os benefícios que podemos ter. Isso se soubermos escolher bem o jogo e o tempo que vamos dedicar a ele.”
Cresce a procura por cursos de games no país
Segundo o Ministério da Educação (MEC), o número de pessoas que estão a procura de cursos profissionalizantes cresceu em quase 70%, de 2009 até 2017. Os principais motivos que levaram os brasileiros a buscarem esse tipo de formação são dois.
O primeiro é a curta duração da formação, enquanto o segundo é o baixo investimento. Este último é considerado importante devido ao número de desempregados e a crise econômica do Brasil. E a maioria dos que estão realizando a procura por cursos de games no país são os jovens.
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O crescimento não é somente no setor de games. O de entretenimento digital, que engloba cinema, design, publicidade e animação, também aumentou, chegando a bater o recorde de estágios e empregos. Por isso, também, o aumento na procura por cursos de games no país.
De acordo com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), somente no primeiro semestre deste ano, as vagas de estágio na área cresceram 13,4% no Brasil. Sendo assim, o número de oportunidades passou de 178.992 no mesmo período em 2017 para 203.062, este ano.
O Brasil tem, atualmente, 369.389 estagiários contratados com uma taxa de 44% de efetivação quando o estudante se forma. E o perfil da maioria desses alunos, em relação a nível de escolaridade é:
– Cursam o ensino superior (77,6%);
– Cursam o ensino médio (18,3%);
– Cursam curso técnico (3,5%) e;
– Cursam educação especial (0,6%).
No Brasil, as oportunidades estão concentradas no estado de São Paulo (62%), seguido de Santa Catarina (8%), Rio de Janeiro (6%), Rio Grande do Sul (5%) e Amazonas (3,5%). E o reaquecimento do setor tem como destaque a inclusão dos alunos das classes D e E.
Perfil de quem procura por cursos de games no país
O especialista Rogério Félix explica que para realizar um curso de games não é necessário ter um pré-requisito de conhecimento.
“Apenas solicitamos que sejam maiores de 12 anos de idade. Acreditamos que nessa faixa etária o aluno já tem conhecimentos de informática e interesse em conhecer o mercado.”
Além disso, o criador e coordenador da formação ZGames da rede ZION acrescenta que o perfil de quem procura por cursos de games no país são aqueles que gostam de jogos. São os que almejam trabalhar na área de entretenimento, por saberem do potencial que o mercado de games tem.
O e-games, competição internacional de eSports baseada em equipes nacionais, é uma das maiores influências e inspirações. E o Brasil está em 12º lugar na lista de Pro Players com mais dinheiro e premiados do mundo.
A China ocupa o primeiro lugar, seguida dos EUA, Coreia do Sul, Suécia, Dinamarca, Alemanha, Canadá, Rússia, Ucrânia, França e Reino Unido.
Em relação aos países da América Latina, o Brasil é o que está mais bem posicionado na lista de e-atletas consagrados com relação às premiações. Já o Chile aparece em 47º lugar, enquanto a Argentina está em 51º.
O Rio de Janeiro é um dos estados que vem apresentado um crescimento na procura por cursos de games no país. Como consequência, diversas escolas estão oferecendo cursos de entretenimento digital e qualificação profissional completa. Além de vagas de estágios no setor.
Na contramão do PIB em baixa
Com todos esses números, o mercado brasileiro de jogos eletrônicos está na contramão do PIB em baixa, devido os riscos políticos e as oscilações de câmbio.
Somente em 2017, o país tinha 66,3 milhões de jogadores, de acordo com dados divulgados pela Newzoo. Uma consequência disso foi que a movimentação de negócios foi em torno de US$1,3 bilhão.
Dessa forma, o Brasil já se tornou o 13º no ranking global e é o número 1 entre os latinoamericanos. De acordo com a pesquisa, somente este ano 75,7 milhões de gamers devem gerar US$ 1,5 bilhão em negócios.
De acordo com Rogério Félix, o mercado de games vem se destacando. Ele comenta que hoje, um desenvolvedor de games também atua em outras áreas, como por exemplo a gamificação, aplicativos, sistemas educacionais, entre outros.
O especialista ainda acrescenta que a tendência do mercado no momento é a realidade virtual e aumentada. E que ambas estão cada vez mais abrindo espaço no mercado.
Rogério explica que na formação de desenvolvedores de games da ZION, o aluno aprende a criar games. E o desenvolvimento desses jogos é tanto para plataformas, mobile, PC/Console, VR/Realidade aumentada, além de aprender a comercializar os produtos.
“Assim, após o quarto mês do curso de dois anos, os alunos já têm como comercializar seu jogo em plataformas como Google Play e Apple Store.”
Conheça jogos que ensinam a poupar e investir
Quem não gosta de aprender brincando que atire a primeira pedra. E na educação financeira não precisa ser diferente. Existem diversos jogos que ajudam a ensinar as crianças a pouparem e até mesmo investirem.
Quer saber quais são esses jogos que ensinam a poupar e a investir? O FinanceOne elaborou uma lista com os jogos que você pode usar para ensinar os seus filhos sobre finanças. Confira!