“Compliance, Ética e Transparência”. Talvez você já tenha se deparado com essa frase da Petrobras por aí ou slogans semelhantes de outras empresas.
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Porém, o primeiro termo pode causar estranhamento para quem não está familiarizado com estratégias de gestão: o que é compliance empresarial?
Muito mais que uma palavra bonita, este conceito tem uma importância gigantesca para as empresas. Isso porque ele se refere a uma série de boas práticas que resultam em processos mais transparentes e boa reputação, tanto externa quanto internamente.
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A 5ª edição da Pesquisa de Maturidade do Compliance no Brasil, divulgada pela consultoria KPMG em 2021, apontou que 75% dos executivos reforçam periodicamente que a governança e a cultura do compliance são essenciais para o sucesso da empresa.
Ou seja, dava para notar que os gestores estão dando importância para isso. Mas, afinal, o que realmente significa?
O que é compliance empresarial?
Compliance empresarial significa adotar e praticar, dentro dos processos da empresa, normas de conduta que visem respeitar a legislação, a transparência e a própria ética da empresa. Ou seja, o termo se refere à boas práticas de gestão a fim de evitar corrupção.
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Essa palavra deriva do verbo em inglês to comply. Na tradução livre, isso pode significar: cumprir, satisfazer, realizar. Mas o comply do qual deriva “compliance”, tem mais a ver com conformidade. Estar em conformidade com as leis.
Ou seja, uma empresa com compliance respeita as leis, anda em conformidade com as regras e normas sociais, tanto internas quanto internas.
É por isso que alguns administradores entendem compliance como um perfil ideal de empresa, um padrão básico de negócio. Em um mundo ideal, todas as empresas deveriam colocá-lo em prática.
Quando isso é feito, a empresa está moralmente em dia com a sociedade, com seus colaboradores e em consonância com suas obrigações legais – trabalhistas, financeiras, previdenciárias etc.
É por isso que em empresas que aplicam o compliance, entre as maiores preocupações estão: fraudes, gestão de terceiros e contratos, corrupção, lavagem de dinheiro, etc.
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Qual é a importância do compliance?
Além do objetivo óbvio de evitar a corrupção, a aplicação do compliance vai além disso. Ele também promove um maior envolvimento dos colaboradores, já que há mais transparência na gestão e isso beneficia a todos.
Fora o marketing. Empresas que aplicam esse tipo de estratégia em sua gestão e a seguem à risca, consequentemente constroem uma imagem da marca melhor perante a sociedade e isso é refletido até as vendas.
Portanto, os benefícios do compliance são vários:
- integridade empresarial
- reputação da marca e credibilidade
- menor risco de sofrer sanções legislativas
- engajamento e satisfação de colaboradores
- vantagem competitiva
- maior qualidade da atividade empresarial etc
Como aplicar essa estratégia na gestão?
De acordo com a pesquisa da KPMG, 85% dos respondentes afirmam que um dos maiores desafios é identificar, avaliar e monitorar os aspectos de compliance.
Porém, apenas 60% afirmaram ter um inventário regulatório estabelecido e monitorado. E 49% afirmou não ter um processo eficiente de due diligence para terceiros.
Uma das conclusões da pesquisa é que aplicação e a devida atenção ao compliance estão crescendo no Brasil. Mas ainda existem desafios para a efetiva aplicação desse tipo de estratégia nas gestões.
Isso, em parte, se deve à ausência de ações e políticas bem estabelecidas, que visam uma verdadeira prática do compliance. Alguns administradores apontam caminhos para aplicar essa estratégia na gestão:
- elaborar um código de conduta
- adotar um programa de Compliance claro
- conscientizar colaboradores
- identificar e corrigir condutas indesejadas
- promover ações afirmativas de incentivo
- criar canais de denúncia e de comunicação etc
De acordo com a KPMG, os dados das últimas pesquisas deixam um fato evidente: “o lucro caminha de mãos dadas com a responsabilidade e o propósito, sobretudo no que se refere aos aspectos socioambientais.”
E, dentre esses aspectos, está o compliance. O que nos faz remeter também aos pilares ESG, que se mostram cada vez mais importantes.
“As empresas precisam se adequar aos pilares ESG para poderem sobreviver. Embora o ESG ressalte, de forma inédita, a relevância socioambiental no âmbito das decisões dos investidores, ele também resulta do amadurecimento de uma série de princípios que já apareciam em códigos de conduta.”
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