Até o terceiro trimestre de 2019, o agronegócio empregou 8,5 milhões de pessoas no Brasil. Número aferido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O Produto Interno Bruto (PIB) do setor cresceu 1,15% de janeiro a outubro do ano passado. Os dados são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O segmento de insumos foi o principal responsável pela alta em dez meses em 2019. Ele teve uma expansão de 7,19%.
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Também houve crescimento nos serviços (2,88%) e na agroindústria (2,76%). O setor primário (dentro da porteira) foi o único a ter queda (-4,96%) dentro da cadeia produtiva global do agronegócio.
E os jovens são responsáveis por boa parte desses números. Afinal, as novas gerações trazem técnicas modernas para o campo e contribuem para o crescimento do setor.
Startups atraem jovens para o agronegócio
Uma revolução tecnológica já pode ser constatada no agronegócio brasileiro. Atualmente, estima-se que o Brasil possui mais de 1.100 pequenas empresas dedicadas a oferecer soluções em tecnologia e financeiras ao setor.
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De acordo com o Ministério da Agricultura, cerca de 70% delas está no Sudeste do país. Boa parte se dedica à:
- tecnologia da informação;
- sistemas de gestão de fazendas;
- plataformas de marketplace e vendas;
- biotecnologia;
- alimentos e fertilizantes.
5G deve impulsionar ainda mais o setor
Atualmente, os agricultores já têm acesso a tecnologias de geoposicionamento, varredura de solo, gerenciamento de dados e IoT.
Contudo, o uso do 5G nas áreas remotas do Brasil representa uma oportunidade para aumentar a produtividade do agronegócio. Ou seja, mais empregos para o setor.
Isso porque, de acordo com o último Censo Agropecuário, de 2017, mais de 70% das propriedades rurais não possuem conexão. E a tendência da agricultura é produzir mais com menos.
“O 5G, no campo, só vai chegar antes de 2025 se tiver uma demanda de mercado muito forte. Nossa visão hoje é que isso acontece somente em 2028”, diz o professor Luciano Leonel Mendes, coordena a pesquisa no Centro de Referência em Radiocomunicação do Inatel.
Essa tecnologia vai melhorar ainda mais a técnica de coleta e a análise de um grande volume de dados para detectar problemas. O que é primordial para construir soluções, otimizando a produção.
Afinal, a produção mundial de alimentos deve aumentar em 70% nos próximos 40 anos para suprir toda a população que será, segundo projeções da ONU, de nove bilhões de pessoas em 2050. O Brasil terá um papel relevante nessa produção.
Dicas para arrumar emprego no agronegócio
Veja abaixo algumas orientações para arrumar emprego no agronegócio e construir uma carreira de sucesso:
1 – Invista na sua formação
O diploma de nível superior já não é suficiente para se destacar no mercado de trabalho. O profissional deve dar continuidade aos estudos, com um MBA ou mestrado profissional.
Aliás, vale a pena escolher um curso de pós-graduação que contemple uma das seguintes áreas: tecnologia, inovação ou sustentabilidade.
Os profissionais que se graduaram em Ciências Agrárias geralmente entendem a parte técnica, mas não compreendem assuntos relacionados à economia e gestão.
Por outro lado, quem estuda Administração ou Economia não sabe nada de agro. É nesse contexto que um curso de pós-graduação faz toda a diferença, pois ele ajuda a nivelar os conhecimentos.
2 – Considere os avanços tecnológicos
As empresas que atuam no agronegócio estão interessadas em contratar profissionais alinhados às novas tecnologias.
Quem tem condições de oferecer soluções inteligentes para aumentar a produção e reduzir custos sai na frente na disputa por oportunidades de trabalho.
O profissional do agronegócio não pode se limitar aos métodos rudimentares de produção. Ele precisa conhecer os avanços da área, além de se tornar mais ágil e conectado.
De repente uma pós-graduação na área de tecnologia da informação (TI) pode ser um diferencial no processo seletivo.
3 – Desenvolva a capacidade de análise de dados
Quem possui capacidade analítica também tem boas chances de encontrar um emprego no campo. O setor necessita de pessoas capazes de trabalhar com dados e projeções.
Nesse caso, cursos de especialização nas áreas de Estatística, Matemática, Contabilidade e Física podem fazer a diferença no momento da contratação.
4 – Preocupe-se com a sustentabilidade
Se um pilar do agronegócio é a tecnologia, o outro é a sustentabilidade.
As empresas estão cada vez mais preocupadas em reduzir os impactos no meio ambiente e buscam profissionais que tenham um preparo para lidar com esse desafio.
A ideia é desenvolver técnicas sustentáveis sem afetar tanto a produtividade.
5 – Busque experiências
As empresas valorizam a pós-graduação no currículo, mas isso não é tudo. O profissional interessado em ocupar uma vaga de emprego no agronegócio deve buscar experiências e dar um “plus” no currículo.
Um curso no exterior ou mesmo a participação em um programa de estágio ampliam as chances no mercado.