Após o colapso da criptomoeda Luna, investidores aprovam criação de Luna 2.0, da rede Terra. Mas será que vale a pena apostar no novo produto?
Antes de chegarmos a resposta, vale lembrar que aconteceu com a Luna, uma das altcoins (criptomoedas alternativas ao Bitcoin) mais promissores ultimamente.
Durante muito tempo, toda essa dinâmica da Terra funcionou muito bem. Além de todo destaque de valorização em 2021, a criptomoeda vinha com uma performance normal durante este ano, com oscilações naturais para um ativo digital.
Para se ter ideia, a Luna chegou a valer US$118 em determinado momento, algo em torno de R$600 a depender da cotação do dólar considerada na conversão.
Isso lhe conferiu uma capitalização de mercado de nada menos que US$27 bilhões. Novamente convertendo, isso daria mais de R$135 bilhões.
No entanto, em apenas sete dias, a Luna entrou em colapso. No dia 6 de maio, a moeda chegou a estar precificada em R$399,75. Seis dias depois, no entanto, o mesmo ativo estava cotado abaixo de R$0,01.
+ Por que o projeto Terra (LUNA) falhou? É o fim do mercado cripto e do Bitcoin?
Qual o motivo da queda da Luna?
Especialistas do mercado de criptomoedas afirmam que foram dois fatores em conjunto que destruíram o resultado da Terra. O primeiro deles foi uma emissão exagerada de Luna com o objetivo de manter a paridade com o dólar.
Contudo, ao mesmo tempo, houve uma forte pressão vendedora do ativo, com investidores se desfazendo das suas posições.
Em parte, esse movimento se deu pelo pânico no mercado: ao ver o preço caindo, muitos proprietários da Terra optaram por vender o ativo antes que ela caísse ainda mais.
Esse cenário acabou por destruir o preço da criptomoeda. Afinal, com o excesso de Lunas no mercado (oferta elevada) e poucos investidores interessados em comprá-la (demanda), o efeito natural é de desvalorização. Foi exatamente o que aconteceu.
Depois disso, a comunidade Terra se movimentou e aprovou a criação de uma nova versão da criptomoeda Luna, chamada Luna 2.0.
Com a mudança, a blockchain se propõe a criar uma nova cadeia Terra, sem a stablecoin algorítmica UST, que causou o colapso da rede duas semanas atrás.
Vela a pena investir na Luna 2.0?
Para muitos, a criação da Luna 2.0 pode ser visto como um processo já conhecido no mercado. Um ativo decreta falência e depois aparece um novo token e fingir que nada aconteceu com o antigo.
Talvez por isso, no dia 28 de maio, dia de lançamento do novo blockchain do Terra, ele começou a ser negociado a US$18. No enntnato, o resultado foi uma queda livre que fez com que o preço caísse quase 75% na área de US$ 6.
Vale destacar ainda que algumas exchanges de criptomoedas conhecidas estão dando uma chance ao novo blockchain Terra, outras plataformas da indústria de criptomoedas são mais cautelosas.
Aliado a isso, antes de investir na Luna 2.0, vale lembrar que o judiciário sul-coreano está ocupado investigando detalhadamente o colapso do ecossistema Terra.
Por isso, especialistas recomendam uma parcela de no máximo 5% do seu portfólio em criptomoedas e ativos digitais.
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