
De acordo com fontes da Reuters, a Walt Disney Co. vai implementar uma nova onda de demissões em massa. A medida afetará milhares de trabalhadores a partir desta segunda-feira, 24.
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Bob Iger, CEO da Disney, já havia anunciado anteriormente que a empresa estava planejando cortar 7 mil empregos, no total. Os desligamentos ocorrem em três partes, sendo a primeira rodada de demissões aquela ocorrida em março.
Agora, em abril, ocorre a segunda e maior rodada de demissões, totalizando já mais de 4 mil empregos perdidos. A terceira está prevista para ocorrer antes do início do verão (que começa em junho nos Estados Unidos), para atingir a meta de eliminação de 7 mil empregos.
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Iger comunicou aos funcionários por meio de um memorando obtido pela CNN em março.
“A difícil realidade de muitos colegas e amigos deixando a Disney não é algo que consideramos levianamente. Em momentos difíceis, devemos sempre fazer o que for necessário para garantir que a Disney possa continuar oferecendo entretenimento excepcional para o público e convidados em todo o mundo – agora e no futuro.” Bob Iger, CEO da Disney
O que está por trás da demissão em massa na Disney?
O objetivo das demissões em massa na Disney é o corte de custos. O corte dos 7 mil empregos deverá gerar uma economia de US$5,5 bilhões.
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A companhia está buscando simplificar suas operações para lidar com a crise atual na indústria de mídia e entretenimento. Afinal, não apenas a casa do Mickey está passando por turbulências.
O mercado de entretenimento ficou abalado com o crescimento exponencial dos serviços de streaming. Mesmo as gigantes do setor de mídia perderam bilhões de dólares ao lançarem suas plataformas, inicialmente para concorrer com a Netflix e, depois, outros serviços.
Isso fez com que esse setor de mercado se remodelasse esse processo ainda está em andamento. Várias empresas começaram a controlar seus gastos quando a Netflix registrou sua primeira perda de assinantes em uma década no início de 2022.
Agora, lucratividade importa mais que o crescimento de assinantes.
O plano de demissão da Disney foi anunciado em fevereiro, juntamente com uma reorganização que visava retornar a tomada de decisões aos seus executivos criativos e criar uma abordagem mais simplificada para seus negócios.
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Demissões não devem afetar a linha de frente
A Disney planeja fazer cortes em seus segmentos de negócios, incluindo Disney Entertainment, ESPN e Disney Parks e Experiences and Products. Porém, fontes afirmam que isso não afetará os trabalhadores da linha de frente
Ou seja, aqueles que trabalham nos parques e resorts, por exemplo, com atendimento ao público, não fazem parte das ondas de demissão em massa.
Antes dos desligamentos, a empresa empregava cerca de 220 mil pessoas em todo o mundo, segundo dados de outubro. Desse total, aproximadamente 166 mil eram nos Estados Unidos.
Portanto, a redução de 7 mil empregos representa uma perda de cerca de 3% da força de trabalho global.
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Em março, a Disney começou a notificar os funcionários afetados pelas reduções na força de trabalho. Os co-presidentes da Disney Entertainment, Alan Bergman e Dana Walden, disseram em um memorando que suas equipes de liderança sênior estão trabalhando para definir o futuro da organização
“E nossa maior prioridade é fazer isso direito, em vez de fazê-lo rapidamente. (…) Reconhecemos que foi um período de incerteza e agradecemos a todos pela compreensão e paciência”, disseram.
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