Economizar com alimentação pode gerar um alívio no seu bolso no fim do mês. Isso porque mesmo com a inflação estabilizada, esse tipo de gasto continua pesando, e muito, no orçamento. O motivo muitas vezes é simples: as famílias conseguem manter os gastos com as contas básicas da casa em ordem, mas saem da linha quando o assunto é a alimentação.
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Para muita gente, comer fora de casa todos os dias é parte da rotina. Algumas pessoas optam pelo quilo da esquina por não terem tempo de passar em casa para almoçar. Outras por não se darem muito bem na cozinha ou por acharem mais barato e menos trabalhoso comer em restaurantes.
No entanto, almoçar fora de casa está 3,64% mais caro em relação ao ano passado. A constatação é da Associação Brasileira das Empresas de Benefício ao Trabalhador (ABBT). De acordo com pesquisa, o valor médio das refeições no Brasil é de R$34,14. No mês, são R$751.
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O sudeste foi a região que apresentou os preços mais elevados, R$34,49. O índice teve variação superior ao da inflação registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, de 2,95%. Porém, similar ao do segmento “alimentação fora de casa”, que teve variação positiva de 3,83%. Por outro lado, também não está fácil economizar no supermercado.
O preço de almoçar fora no Brasil
A cidade que apresentou o valor mais elevado de refeição foi Florianópolis, em Santa Catarina, com preço médio de almoço registrado em R$40,85. Em sequência, aparecem os municípios de Niterói (RJ), com R$39,88, Aracaju (SE), R$39,43, e Rio de Janeiro (RJ), R$38,97. O valor registrado em São Paulo (SP) é similar ao da média nacional: R$34,49. Campo Grande (MS) registrou o menor valor dentre as cidades pesquisadas, R$26,23.
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As cidades mais caras (preço médio da refeição)
1ª Florianópolis (SC) – R$ 40,85
2ª Niterói (RJ) – R$ 39,88
3ª Aracaju (SE)- R$ 39,43
4ª Rio de Janeiro (RJ) – R$ 39,97
5ª Vila Velha (ES) – R$ 38,82
As cidades mais baratas (preço médio da refeição)
1ª Nilópolis (RJ) – R$ 28,08
2ª Diadema (SP) – R$ 27,24
3ª São José dos Campos (SP) – R$ 27,19
4ª São José dos Pinhais (PR) – R$ 26,43
5ª Campo Grande (MT) – R$ 26,23
Dicas para economizar com alimentação
Fazer o vale-refeição (VR) durar até o final do mês tem sido uma missão cada vez mais difícil, afinal, comer fora de casa está mais caro. O resultado? O VR nunca chega até a última semana do mês.
Ter que tirar dinheiro do próprio bolso para se alimentar no trabalho é um baque e tanto para o orçamento. Se você quiser economizar com alimentação, fique de olho nessas dicas!
Primeira coisa é saber quanto você pode gastar por dia. Por exemplo, se você recebe R$ 400 de vale-refeição e trabalha por 20 dias no mês, deve gastar até R$ 20/dia para que o benefício dure o mês inteiro. Use aplicativos que mostram o seu saldo. Eles ajudam nesta estratégia de economizar com alimentação.
Escolha dos restaurantes
Procure quais estabelecimentos da região do seu trabalho praticam preços dentro do valor diário da recarga do seu VR. Normalmente, restaurantes mais afastados dos centros comerciais e escritórios cobram menos no valor do quilo.
Tente ainda almoçar mais cedo, antes do meio-dia, ou espere até depois das 14h. Muitos restaurantes têm preços diferenciados em horários menos movimentados. Participe também dos que possuem programas de fidelidade.
A escolha do tipo de restaurante depende da quantidade de comida que você coloca no prato. Confira qual a melhor opção para você:
– À la carte – esses estabelecimentos costumam ser mais caros para quem come pouco.
– Coma à vontade – caso você seja bom de garfo, prefira esse esquema. Neles, você paga um valor fixo e se esbalda no buffet.
– Buffet por quilo – para economizar, vale escolher o bom e velho quilo. Você vai pagar apenas pela quantidade de gramas que colocar no prato.
– Prato feito “PF” – essas refeições chamam atenção pela qualidade e quantidade. Muitas incluem feijão, arroz, batata frita e ao menos uma opção de carne.
– Delivery – é provável que algum empreendedor venda marmita perto do seu trabalho. Alguns restaurantes também fazem esse serviço. Pechinche descontos “pague 1, leve 2” ou divida o prato com algum colega. Procure também promoções em aplicativos de delivery.
Equilibre os “extras”
Sexta-feira chegou ou é dia do aniversário do colega de trabalho. Seja qual for o motivo, se o gasto com o almoço superar a média calculada no início, compense o excesso nos demais dias.
Sobremesas e bebidas – se você aprecia beber algo enquanto come e comer sobremesa depois do almoço, saiba que estes hábitos podem ser os culpados por seu vale-refeição não durar até o fim do mês.
Cuidado com colegas gastões – socializar é importante, mas as ostentações podem diminuir ainda mais a vida útil dos créditos de seu vale-refeição. Não há nada de errado em, sempre que necessário, recusar educadamente o convite e dizer que irá comer em outro lugar. Não gaste mais do que deve para impressionar os outros.
Gastos fora do trabalho – usar o VR naquele lanche de sábado não é um erro. No entanto, é preciso ter em mente que isso deixará menos créditos para você gastar com o almoço durante os dias de semana.
Estabeleça o dia da marmita
Seja motivado pela busca por uma vida mais saudável ou para poupar o vale-refeição, muita gente tem redescoberto nas marmitas uma alternativa barata para economizar com alimentação.
Levar marmita para o trabalho é também uma boa forma de aproveitar o que sobra de outras refeições, evitando o desperdício.
Se a sua saúde depende também do que come e da forma como os alimentos são preparados, levar marmita para o trabalho é um hábito saudável.
Outro benefício é fazer do intervalo de almoço um momento de descanso. Imagina almoçar e ainda dar uma volta ou fazer outros afazeres antes do regresso ao trabalho?
É possível, se levar a marmita, almoçando num curto espaço de tempo. Reúna suas colegas e combine alguns dias para todas levarem uma quentinha. Assim, você não abre mão de socializar e, de quebra, propõe uma brincadeira que fará com que todas economizem.
Atenção à maneira de cozinhar
Existem outras formas de economizar com alimentação. Como, por exemplo, sua forma de cozinhar! Por isso, evite desperdício no que diz respeito ao uso de gás, água e eletricidade.
Atitudes simples como ligar o forno somente na hora necessária, não deixar a água da torneira aberta e evitar abrir a geladeira por muitas vezes seguidas podem significar uma grande diferença nos seus gastos totais. São medidas pequenas como estas que aliviam o orçamento final.