O primeiro trimestre do ano foi marcado por euforia e desânimo dentro do mercado de cripto ativos. Entretanto, o ativo passou a sofrer quedas recorrentes após comentários de Elon Musk e sanções do mercado, como a regulamentação da China.
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Em março, o Bitcoin superou os US$63 mil e no Brasil era cotado um pouco acima de R$362 mil, seu recorde de valorização desde que foi criado em 2008.
Na ocasião, o CEO da Tesla revelou que a empresa passará a não aceitar mais Bitcoins como forma de pagamento para seus famosos veículos elétricos. Resultado: o preço do Bitcoin caiu 5%.
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Além disso, ele também afirmou que sua economia seria baseada em Dogecoin, a “moeda piada” que surgiu em 2013. O que fez o cripto aumentar em 30% seu valor no mercado.
Entretanto, em maio, Elon Musk voltou atrás em relação ao Bitcoin. Ele afirmou que sua empresa poderá voltar a receber o pagamento com a moeda digital caso haja o uso de energia limpa na mineração.
“Estamos preocupados com o rápido aumento do uso de combustíveis fósseis para mineração e transações de Bitcoin, especialmente carvão, que tem as piores emissões de qualquer combustível”, disse Musk em seu Twitter.
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A influência de Elon Musk
Elon Musk é, atualmente, o homem mais rico do mundo. Essa informação é veiculada pelo novo ranking da Forbes. Aos 50 anos, o bilionário acumula uma riqueza equivalente a US$ 219 bilhões (R$ 1 trilhão).
O seu trabalho na Tesla e SpaceX alcança níveis mais relevantes a cada ano, revolucionando o transporte extra e terrestre. Dessa maneira, Musk se constitui como uma figura de autoridade e um empresário de sucesso, tornando as suas ações amplamente impactantes no mercado financeiro.
Inclusive, o seu efeito foi visto em uma recente compra que o bilionário fez. Ao negociar 10% do Twitter, as ações da empresa dispararam consideravelmente, em uma crescente de quase 21% em poucos dias. Dessa maneira, é possível ver o quanto uma decisão financeira de personalidades como Elon Musk impactam o mercado.
Para especialista, Elon Musk manipula o Bitcoin?
Um dos pontos que mais tem chamado a atenção de especialistas e do mercado cripto é o poder de influência que Elon Musk no setor. Suas declarações conseguiram surtir grande impacto numa criptomoeda que possui quase US$1 trilhão em capitalização.
O economista Fernando Ulrich, autor do livro “Bitcoin: a moeda na era digital” postou em seu Twitter os reais problemas ambientais que a Tesla deveria considerar.
A postagem diz: “A fábrica da Tesla de Musk na China opera com energia gerada por usina a carvão. Combatendo a mudança climática destruindo o meio ambiente. Gênio.”
Já o diretor da Binance no Brasil, Ricardo da Ros, indica que por mais que questões relacionadas ao meio ambiente tenham sido as justificativas de Musk sobre o recuo da Tesla, outras questões não mencionadas devem ter influenciado sua decisão.
Entretanto, o grupo Anonymous foi mais longe. Em vídeo publicado no YouTube, o grupo ameaçam Elon Musk devido suas tuitadas sobre o Bitcoin.
O Anonymous fala ainda sobre a Tesla de Elon Musk está poluindo seriamente o país tratando seus funcionários como escravos.
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Como fica a moeda digital?
O analista de operações financeiras da BlueBenx, Wilton Gomes, reforça que o ativo precisa ser avaliado em três esferas de comparação.
“Em um contexto geral do mercado, nós temos três tendências de análise que precisam ser consideradas na hora de avaliar a oscilação de um ativo. Essas tendências são chamadas de primárias, secundárias e terciárias”, explica Gomes.
Para o especialista, no caso de uma tendência primária, a comparação da movimentação de um ativo é feita a longo prazo, o que considera um período de tempo de um a quatro anos.
A tendência secundária, segundo Gomes, vislumbra uma visão de médio prazo, de um mês até um ano. Já a tendência terciária, o analista observa movimentos curtos que acontecem diariamente, como os recentes.
“Na análise primária, o Bitcoin caminha em uma tendência de alta. Como estrategistas, olhamos como o mercado tem se comportado dentro dessas três perspectivas. Sempre começamos com o movimento terciário, analisando as notícias e eventos diários e depois fazemos um comparativo com as análises secundárias e terciárias”, complementa o analista.
Sobre o que pode acontecer com o Bitcoin nos próximos dias, Wilton lembra que existem pontos favoráveis para o crescimento.
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