
A Europa vive uma onda de cancelamento dos voos desde sábado passado, dia 2 de julho. O caos aéreo é motivado pela greve de duas categorias: trabalhadores das companhias Ryanair e EasyJet, na Espanha, e da SAS, na Dinamarca, e dos bombeiros que atuam em aeroportos da França.
Os funcionários das empresas espanholas cruzaram os braços para exigir melhores salários e condições de trabalho.
O sindicato espanhol diz que o pessoal da Ryanair planejou paralisações em três períodos de quatro dias: de 12 a 15 de julho, de 18 a 21 de julho e de 25 a 28 de julho nos dez aeroportos espanhóis em que a empresa irlandesa opera.
Já os trabalhadores da EasyJet anunciaram greves durante os três primeiros fins de semana de julho para exigir melhorias nas suas condições de trabalho e que estas estejam de acordo com as de outras companhias aéreas europeias.
As mesmas exigências são exigidas pelos bombeiros franceses. Os sindicatos franceses, a greve no aeroporto Charles de Gaulle continuará nos dias 9 e 10 de julho, ocasião que começam as férias escolares de verão na França.
Fato que levará a um aumento no tráfego de passageiros nas estações ferroviárias e nos aeroportos.
Essa movimentação fez com que os aeroportos do Reino Unido e da Holanda também tivessem dificuldades para lidar com o aumento do tráfego.
Na Alemanha, o problema tem sido agravado pela falta de pessoal disponível nos aeroportos e no quadro de funcionários da empresa Lufthansa.
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Coronavírus ainda causa transtornos na Europa
O setor aéreo da Europa tem enfrentado um caos neste verão de retomada pós-pandemia, período de final do ano letivo no continente, com uma onda de cancelamento dos voos. Mas o que a Covid tem a ver com isso?
A crise imposta pela pandemia de covid-19 forçou milhares de demissões no setor. Além de intervenções estatais e processos de recuperação judicial para que as companhias aéreas pudessem sobreviver.
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Isso fez com que, até hoje, os passageiros dos aeroportos do continente ainda enfrentem os transtornos causados pela falta de pessoal.
Afinal, o número de contratações para suprir a demanda então reprimida não está acompanhando o ritmo e, por isso, centenas de voos estão sendo cancelados e até mesmo o acesso aos terminais está sofrendo restrições.
Para se ter ideia, Schiphol (AMS), o principal da Holanda, cerca de 15% de sua capacidade deixará de passar por ali por conta da falta de mão de obra.
Aliado a isso, os conflitos na Ucrânia e o fechamento do espaço aéreo da Rússia resultam na mudança de rotas de voos para o sudeste asiático e para países como Austrália e Japão. Com os desvios, os custos das viagens aumentam, fazendo com que a operacionalidade seja repensada.

EUA também vive onda de cancelamento dos voos
A Europa não sofre sozinha com o cancelamento dos voos. Os Estados Unidos também tiveram problemas e os motivos são diversos.
Milhares de voos nos Estados Unidos já foram cancelados no final de junho devido a uma tempestade de neve e fortes ventos que afetam a costa leste do país. O fenômeno é particularmente intenso no nordeste do país e atinge as regiões de Nova York e Boston, antes de seguir curso pelo Atlântico.
Aliado a isso, a implementação da tecnologia 5G perto de aeroportos nos Estados Unidos está exigindo diversas adequações por parte das companhias aéreas.
As empresas aéreas dizem ter dúvidas sobre a segurança das aeronaves com a nova tecnologia, que poderia interferir no funcionamento dos aviões. Por conta disso, voos foram cancelados no país, segundo a FlightAware, empresa de dados de aviação.
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