Qual o impacto econômico da morte da rainha Elizabeth? O que esperar do mercado?

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A morte da rainha Elizabeth II marca o início de uma nova era para o Reino Unido. Contudo, é repleta de incerteza econômica e amortecimento do sentimento nacional.

A rainha – cujo reinado de 70 anos abrangeu as consequências da Segunda Guerra Mundial, o declínio do vasto império britânico, a votação do Brexit em 2016 e uma pandemia global – será sucedida por seu filho mais velho, que foi proclamado rei Charles III horas após sua morte.

Os primeiros impactos econômicos foram percebidos logo em seguida. A principal foi a queda da cotação da libra esterlina em relação ao dólar e ao euro. A libra esterlina caiu 0,3%, a US$1,1506. Chegou a US$1,1516 após a notícia. Já o euro subiu 0,1% em relação à libra.

Especialistas, no entanto, dizem que a morte da rainha Elizabeth não foi a causa e não terá impactos na moeda local. Afinal, seu cargo é muito mais simbólico do que executivo e a libra já estava sendo negociada em baixa.

Principalmente, após os comentários agressivos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, compensando as políticas britânicas divulgadas pela nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, que anunciou que vai reduzir os custos crescentes de energia.

Cortejo fúnebre custará bilhões de libras

O cortejo fúnebre da rainha Elizabeth inevitavelmente levará o Reino Unido a um frenesi que custará bilhões de libras à economia britânica.

Aliado a isso, empresas fecharão quando a nação estiver de luto, novas moedas serão impressas, os passaportes serão alterados, os trajes militares precisarão ser reformados e o hino nacional será alterado como resultado.

Para se ter ideia, todas as moedas do Reino Unido apresentam o retrato da rainha, que serão substituídas pelo retrato do rei.

O jornal britânico The Guardian relata que existem cerca de 4,5 bilhões de notas bancárias em circulação com o retrato da rainha e que levaria pelo menos dois anos para que o rei aparecesse nelas.

Vale lembrar ainda que a rainha também aparece em algumas notas e moedas no Canadá e em outras comunidades. Entretanto, o status de novos retratos não são claro nesses países.

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Selos e bandeiras também terão que mudar

Semelhante ao dinheiro, a rainha é apresentada em selos, que em breve apresentarão o rei. Caixas de correio em todo o Reino Unido possuem a cifra EIIR, que é de Elizabeth. Portanto, quando novos forem criados, eles terão a cifra do rei.

Bandeiras em todo o país em delegacias de polícia, prédios do governo e outros locais que tenham a cifra da rainha precisarão ser substituídas. O novo logotipo, juntamente com as cores, não foram anunciados.

Também é possível que a bandeira real, aquela que voa em um prédio sempre que o chefe da família real estiver na residência, possa mudar. Outra bandeira que pode mudar é a bandeira das cores da rainha.

Por fim, além do filho mais velho de Elizabeth II, agora conhecido como Rei Charles III, vários títulos da Família Real também mudam. Sua esposa, Camilla Parker Bowles, agora é a rainha consorte.

O príncipe William e Kate Middleton, que foram duque e duquesa de Cambridge, agora são duque e duquesa da Cornwall e Cambridge.

E, embora o príncipe Harry e Meghan Markle tenham deixado a família real, há uma chance de seus filhos, Archie e Lilibet, receberem os títulos de príncipe e princesa.

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Rainha Elizabeth II morre aos 96 anos

Após morte da rainha Elizabeth, Reino Unido vive risco de recessão

Antes mesmo da morte da rainha Elizabeth, o país já enfrentava riscos de recessão. A agência Goldman Sachs alertou recentemente que o Reino Unido poderia entrar em recessão no quarto trimestre deste ano, ecoando previsões anteriores do Banco da Inglaterra.

Os britânicos estão agora se preparando para um inverno de dificuldades tanto para as famílias quanto para as empresas.

Para evitar isso, Truss, a nova primeira-ministra, começou a delinear seus planos para combater a crise do custo de vida no Reino Unido, revelando um amplo pacote de estímulo projetado para ajudar os britânicos com contas de energia, que dispararam após a guerra da Rússia na Ucrânia.

Todavia, isso ocorre depois que uma petição para boicotar as contas de energia começou a ganhar força no Reino Unido.

Efeitos da crise

O Tesouro diz que o pacote, que deve custar mais de £100 bilhões, reduzirá o pico de inflação em 4-5 pontos percentuais. Mas os economistas alertaram que a medida pode complicar a já gigantesca tarefa do Banco da Inglaterra de conter os preços recordes, estimulando os gastos com bens e salários.

O banco central do Reino Unido apresentou seu maior aumento de juros em 27 anos no mês passado, elevando o índice de referência para 1,75%, em uma tentativa de reduzir a inflação, que atualmente é a mais alta entre os países do G-7, em 10,1%.

Os investidores esperavam um aumento de mais 50 pontos base na próxima reunião do BoE, mas alguns agora dizem que será forçado a aumentar as taxas mais rapidamente.

Fatos que desafiam não apenas Truss, mas também o rei Charles, os dois novos líderes britânicos, cujo papel será reunir o sentimento público durante um período de crise.

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