
Os últimos meses não têm sido nada fácil para os brasileiros. Todo dia é um aumento diferente, seja nos combustíveis ou nos alimentos, até mesmo da cesta básica. Mas isso não acontece só no Brasil, e sim no mundo inteiro. E o que as pessoas ficam se perguntando é: quando a inflação vai diminuir?
Segundo o Boletim Focus do Banco Central (BC), a projeção que era de 5,91% agora passou para 5,92% e deve fechar o ano de 2022 neste patamar.
Lembrando que a inflação oficial é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Vale lembrar, inclusive, que essa previsão está acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional do BC, que é de 2% a 5%, assim como a projeção do mercado também está acima para o ano de 2023.
Vale ressaltar que, apesar da crise que o Brasil está passando, o país não é o pior do mundo quando comparado a inflação de outros países, como Estados Unidos e os da Europa.
Os Estados Unidos, por exemplo, têm a maior inflação dos últimos 40 anos. A Inglaterra também está em crise por conta da inflação, sendo a pior nos últimos 10 anos no país.
Essas informações foram dadas pelo assessor de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, em entrevista para o programa Brasil em Pauta, da TV Brasil.
Após fechar o ano com 10,06%, será que a inflação vai diminuir?
A pergunta de milhões “será que a inflação vai diminuir no Brasil” é real e frequente. Mas antes de responder esta pergunta é preciso olhar para o final do ano de 2021 e o começo de 2022 e ver o valor que a inflação fechou o ano.
Para quem não sabe, a inflação oficial ficou em 10,06%, o que foi bem alta em relação ao que era esperado e o próprio governo havia colocado como meta: até 5,25%. Porém, o índice ainda ficou abaixo do registrado em 2016, de acordo com Adolfo Sachsida.

É importante frisar que, na época, o valor registrado foi de 10,76%.
Copom alerta para gastos públicos em 2023
O BC voltou a alertar para o aumento de gastos públicos e a incerteza sobre a trajetória para as contas públicas a partir de 2023.
Por meio da chamada PEC Kamikaze, o governo concedeu uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição presidencial.
No segundo turno, tanto Jair Bolsonaro quando o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, fizeram promessas com impacto nas contas, como correção da tabela do Imposto de Renda, ampliação de gastos sociais e elevação real do salário mínimo.
“O Comitê avalia que o aumento de gastos de forma permanente e a incerteza sobre sua trajetória a partir do próximo ano podem elevar os prêmios de risco do país e as expectativas de inflação à medida que pressionem a demanda agregada e piorem as expectativas sobre a trajetória fiscal”, informou o comunicado do Copom.
Com isso, o Banco Central declarou que o aumento nos gastos públicos pode afetar a inflação. Um dos exemplos é a expansão maior do nível de atividade e no preço de ativos, como o aumento do dólar.
Inflação vai diminuir? Veja o que pode afetar!
Os questionamentos sobre a previsão da inflação diminuir ocorrem a todo momento. Afinal, ela impacta em muitos aspectos do nosso cotidiano.
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Por isso, é importante saber alguns fatores que podem influenciar a inflação para o próximo ano. Veja algumas opções:
- o aumento da Taxa Selic;
- a variação da taxa de câmbio;
- as variações de oferta e demanda;
- as quedas/elevações do preço das commodities;
- a retomada das atividades no pós-pandemia; e
- o período eleitoral.
Esses pontos são apenas alguns dos fatores que podem fazer a inflação diminuir ou aumentar, segundo a maneira como elas serão impostas e desenvolvidas.
Muita gente não entende como a retomada das atividades após a crise causada pela pandemia influencia na inflação. O que ocorre é o fato de um aumento rápido do consumo, após muitos lockdowns e momentos críticos. Isso contribui para o aumento dos preços.
Inflação diminuir influencia os investimentos?
A inflação diminuir ou aumentar em 2023 influenciará em diversos aspectos, inclusive os investimentos. Isso porque ela impacta os preços dos bens, mas também os preços dos ativos no mercado.
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Afinal, é na inflação que o valor da moeda se baseia.
Logo, ela pode impactar diretamente a vários investimentos, desde os mais simples como a poupança até os mais modernos como as criptomoedas.
Ela também afeta os fundos imobiliários, as ações da Bolsa de Valores (B3) e os títulos de crédito – sejam eles públicos ou privados.
Por isso é muito importante estar atento a como o seu investimento reage no quesito rentabilidade. Isso porque conforme o resultado que ele tenha, em períodos de inflação alta você pode perder dinheiro.
Quer saber mais? Continue a sua leitura e veja como se proteger da inflação investindo em criptomoedas.
*Colaboração Mateus Carvalho