
A inflação não é novidade para os brasileiros. A cada ano, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é o índice de inflação oferecido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) alcança valores acima da meta estabelecida pelo governo.
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O que demonstra um péssimo trabalho por parte do governo em manter o poder de compra dos trabalhadores.
O problema do cálculo do IPCA é que o índice abraça um universo enorme de regiões e cidades de realidades muito distintas, principalmente considerando que o Brasil é um país enorme.
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Desta forma o IPCA demonstra somente uma média de aumento de preços, porém a inflação da vida real pode ser ainda maior.
O que causa uma alta inflação?
A influência da pandemia desde 2020 e mais recentemente dos conflitos na Ucrânia no aumento dos preços também é enorme, e vem afetando todo o mundo.
O monstro da inflação que já era muito conhecido por nós brasileiros, agora também assusta o velho continente e os nossos vizinhos norte-americanos. Mas não só os países ricos vêm sofrendo conosco, a inflação virou um problema global.
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Uma das maiores causas da inflação é a impressão demasiada de dinheiro. Para se ter uma ideia: 40% dos dólares em circulação foram impressos nos últimos dois anos, o que pela lei da oferta e demanda, corrói em 40% o valor de cada dólar, isto somente nos últimos dois anos. Um absurdo considerando a criação da moeda em há mais de 200 anos, em 1792.
Os auxílios governamentais oferecidos durante a pandemia ajudaram os trabalhadores no início do problema, mas as consequências da impressão demasiada de dinheiro são desastrosas e acabam por prejudicar ainda mais os trabalhadores. Infelizmente não existe dinheiro gratuito!
Qual o grande problema do aumento dos preços?
A resposta para esta pergunta está na própria pergunta, o aumento de preço não é agradável para ninguém, ninguém gosta de ver seu dinheiro valendo menos e de ter menos acesso a itens de consumo ou até de necessidade básica.
Porém, o problema da inflação vai além de não atendermos nossas necessidades, a inflação atinge a ricos e a classe trabalhadora de formas completamente distintas – assim como os impostos.
Vamos diferenciar ricos entre aqueles que não possuem passivos financeiros como dívidas, empréstimos e financiamentos, e a classe trabalhadora àqueles que vivem mês a mês com seus salários e suam a camisa para conseguir guardar um pouco de dinheiro, ou seja, mais de 90% da população global.
Os ricos se incomodam com a inflação, é claro, pois possuem ativos que ganharão valor através da inflação. Estes ativos podem ser ações, investimentos em imóveis, e com a inflação nos patamares que está, até veículos usados. Portanto a vida do rico é afetada pela inflação sim, no entanto, não transforma a sua condição social.
Para a classe trabalhadora, os itens básicos de sustento acabam custando mais, e normalmente os aumentos nos rendimentos não acompanham essas variações nos preços, o que empobrece o trabalhador a cada mês.

Só há uma via para se proteger da inflação
Não tem jeito, quem escolher viver somente dos rendimentos mensais, está fadado a perder o poder de compra e empobrecer com o tempo. Só há um caminho para se proteger da inflação: investindo em ativos que serão corrigidos de acordo com ela ou superarão estes ganhos.
Comprar moedas fortes como o dólar e o euro já não basta, pois, o poder de compra também vem sendo perdido nestas moedas. O ouro também é um ativo tradicionalmente conhecido como ativo de proteção de valor, porém se olharmos nas últimas décadas, o ouro vem perdendo para a inflação.
Dentre as criptomoedas, o Bitcoin e o Ethereum vêm demonstrando uma alta crescente perante todas as moedas do mundo. Além disso o Bitcoin já nasceu protegido de inflação, a quantidade de Bitcoins é limitada e jamais serão impressas ou criadas novas moedas.
Já o Ethereum, com a atualização 2.0 também se tornará deflacionário, com uma quantidade limitada de moedas disponível no mercado. E aí, você já utiliza as criptomoedas para se proteger da inflação?
Conheça Renato Carvalho, colunista do FinanceOne
Com vasto conhecimento sobre o mercado de moedas digitais, Renato Carvalho é colunista do FinanceOne. Semanalmente, ele traz informações importantes sobre criptomoedas. Fique de olho!
Renato é administrador com experiência como executivo do setor de educação internacional e empresas de consultoria empresarial e auditoria “BIG 4”.
Investidor de renda variável desde sua adolescência, produz conteúdo de educação financeira, mostrando o que faz com o seu próprio dinheiro “skin in the game”. Especialista em criptoativos e negócios disruptivos.
É Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Université Libre de Bruxelles (Bélgica) e mestre em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
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